Rota da Castanha sem sinalização

Este projecto, desenvolvido pela CoraNE - Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, através de fundos comunitários do programa LEADER II, foi iniciado em 1999, para promover a castanha como produto turístico, em parceria com várias regiões de Espanha, França e Itália.
No entanto, passados cinco anos, a Rota da Castanha ainda passa despercebida aos turistas que visitam esta região, dado que ainda não foram colocadas placas a sinalizar os percursos, nem foram criados desdobráveis informativos.
Na vizinha Espanha, pelo contrário, os trilhos do castanheiro e da castanha estão devidamente assinalados, para dinamizar o turismo nas zonas caracterizadas pela elevada produção de castanha.
Segundo o coordenador da CoraNE, Leonel Vaz, esta acção não foi desenvolvida no âmbito daquele projecto, porque a verba disponibilizada pelo LEADER II foi insuficiente para concretizar todas as actividades que estavam previstas para a “Estrada Europeia da Castanha”.

Gastronomia valoriza castanha

“Não é obrigatório que todos os países envolvidos no projecto façam as mesmas coisas. Como o dinheiro não chegou para tudo, a CoraNE não participou na sinalização da Rota da Castanha. Foi uma opção que tivemos que tomar”, acrescentou o responsável.
Para dar continuidade à definição dos percursos, que foram elaborados aquando daquele projecto turístico europeu, a CoraNE já apresentou duas candidaturas ao programa Operação Norte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN), que contemplam a sinalização da Rota da Castanha na Terra Fria.
Neste momento, os projectos denominados “Terras D´ Ouro” e “Terra Fria Novos Rumos” aguardam a aprovação da CCDRN (ver caixa).
No que se refere ao circuito turístico da castanha, o percurso abrange a zona Norte dos concelhos de Bragança e Vinhais e vai dar continuidade à rota de Espanha, na zona da aldeia da Moimenta.
A par do projecto da Rota da Castanha, a CoraNE vai realizar, já no próximo ano, um concurso gastronómico dedicado às diferentes aplicações deste fruto na culinária.
Neste certame, financiado pelo programa LEADER +, a região transmontana vai cooperar com a Itália, com vista à divulgação e inovação da utilização da castanha na gastronomia.
“Com este concurso pretendemos conhecer novas receitas para a utilização da castanha. A comercialização é um processo complicado e a única forma de valorizar o produto é através da divulgação das diversas aplicações”, concluiu Leonel Vaz.