A Feira das Colheitas de Vilar Seco

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Ter, 12/11/2019 - 10:16


Olá gente boa e amiga.

Nesta altura fala-se sempre no Verão de S. Martinho, mas este ano o Verão fez muitas horas extras durante o Outono e, por isso, já se sente bem o frio, o que não impede que muitas pessoas, logo ao romper do dia, agarrem nas suas cestas e se dirijam aos ginásios ao ar livre, praticar o desporto ‘lombo de gato’. Em acto de brincadeira, a nossa tia Marcelina, de Coelhoso (Bragança), disse-nos que “para apanhar castanhas não há pai p’rá Rita”, pois ela apanha castanhas “às mãos ambas”.

A azeitona também já começa a dar que fazer às nossas gentes, pois já é tempo das azeitonas e alcaparras para conserva.

Como Novembro também é o mês das almas, temos tido muitas participações de pessoas que relembram os seus entes queridos que já partiram. Esta também é a altura do cair da folha e em que se anunciam mais falecimentos por toda a região.

Nesta semana soubemos que o membro mais forte da nossa família é o tio Carlos da Grua, de Grijó (Bragança), emigrado na Suíça, pois enquanto falava em directo para o programa de rádio, levantou 8500 quilos com um só dedo. Às vezes conseguimos momentos de rádio únicos, como foi o caso do tio Acácio, de Alfaião (Bragança), que tocou em directo do Barreiro o tema “A Casinha de Um Pobre” e, logo de seguida, o tio António Cavalheiro, de Vilarandelo (Valpaços), cantou o mesmo fado, na perfeição.

Mais um casal que chegou à etapa das bodas de ouro matrimoniais, desta feita o tio Aniceto Pires e a tia Maria Cândida, de Samil (Bragança). Que Deus os continue a unir e que dure sempre o pão da boda.

Quem festejou o seu aniversário connosco foram Cândida Baptista (76), de Carvela (Chaves); Maria do Carmo (83), de Paredes (Bragança); Laurite Meirinhos (46) e a sua prima Arlete Torrão, com a mesma idade, ambas de S. Martinho (Miranda do Douro); Fernanda Machado (61), de Bragança; Ana Rita (23), de Bragança; Elizabete (44), de Grijó (Bragança); Fátima Fernandes (58), de Coelhoso (Bragança) e Hélder Tomeno (47), de Bragança. Que continuem por muitos anos a festejar o seu aniversário connosco.

E agora vamos à Feira das Colheitas a Vilar Seco (Vimioso).

 

No Domingo passado, pela primeira vez, estivemos com o Especial Domingão do Bom Dia Tio João, em directo de Vilar Seco (Vimioso), na Feira das Colheitas. Foi um programa muito participado, com a presença da tia Maria da Glória, a nossa pastora poeta e do tio Ismael, com o seu acordeão e cordas vocais, que animaram a manhã.

Além de vários produtos da terra à venda na feira, também houve lugar para outras actividades, como nos conta o presidente da junta de freguesia de Vilar Seco, Manuel João. “A caminhada com burros surge de uma parceria da junta com a AEPGA – Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino, que tem como objectivo a protecção e promoção do burro mirandês, logo faz todo o sentido uma caminhada pelo campo com burro e o devido almoço para todos os participantes, num lameiro. Este evento também serve para atrair pessoas dos grandes centros urbanos a visitar-nos, tentando superar em cada ano o número de participantes inscritos, que este ano rondaram as 100 pessoas, das zonas do Porto e Braga e sem quaisquer raízes familiares que as liguem a Vilar Seco.

Surge também na feira a cestaria, devido à nossa lenda dos ‘escrinhos’ tendo como objectivo recordar o passado, pois os naturais desta freguesia são conhecidos por ‘escrinheiros’, do que muito nos orgulhamos. Tivemos também uma Oficina de Escrinhos, actividade que realizámos quatro ou cinco vezes por ano e que é bastante participada por pessoas de fora.

Para além dos ‘escrinhos’, também estiveram presentes na Feira das Colheitas deste ano, uma cesteira de Águas Vivas (Miranda do Douro) e um cesteiro de São Martinho de Angueira (Miranda do Douro), assim como um barbeiro, para aparar a barba à moda antiga, um sapateiro e um albardeiro a fazer ‘casacos’ para os burrinhos.

Além destas actividades ao vivo, realizou-se também a segunda prova de vinhos, com a presença de dois enólogos, tendo como objectivo a valorização das vinhas e do vinho desta região, feito de uma forma sábia e tradicional, onde estiveram presentes onze vinhos (quatro de Vilar Seco, um de Avelanoso, um de Caçarelhos, um de Uva, um de São Pedro da Silva – Miranda do Douro, um de Tó – Mogadouro e um de Prado Gatão – Miranda do Douro)”.

Ficámos com vontade de voltar a estar presentes para o ano em Vilar Seco, a promover este evento. Parabéns a todos os ‘escrinheiros’.