Ameaça mora no Porto

PUB.

Ter, 08/08/2006 - 14:32


Os investimentos efectuados na melhoria de condições no Aeroporto Francisco Sá Carneiro não jogam a favor da expansão do aeródromo de Bragança.

Após as obras de ampliação e modernização, as orientações estratégicas da infra-estrutura portuense passam por aumentar a captação de tráfego na região Norte e Galiza para converter esta unidade no aeroporto líder do Noroeste Peninsular.
Apesar das atenções se voltarem para a rede de aeroportos, o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, considera que há espaço para a evolução do aeródromo bragançano. “É inquestionável o seu papel no ordenamento do território, fixação da população e apoio à actividade empresarial, até porque é o que está mais afastado de Lisboa e Porto abrange uma área de influência mais significativa ao nível transfronteiriço”, salienta o edil.
Na óptica do autarca, a aposta que o Governo pretende fazer nas infra-estruturas com importância numa perspectiva de ordenamento do território pode beneficiar Bragança. “Vai de encontro à nossa pretensão em conseguir um pequeno aeroporto regional, de modo a assegurar voos com capacidade superior à actual, já que temos o aeródromo do País que reúne melhores condições em termos de serviço público”, recorda o responsável.

Novo alargamento da pista

Na tentativa de melhorar o sistema de segurança, comunicações e operações, a CMB está a preparar a revisão do Plano Director do Aeródromo, que também prevê o reforço das condições de embarque e desembarque e um novo alargamento da pista. “São medidas com algum grau de prioridade, a implementar a curto/médio prazo”, revela Jorge Nunes.
O aeródromo de Bragança consta numa rota de serviço público e está posicionado a 178 quilómetros do Porto e a 155 quilómetros de Valladolid. Em termos de investimento, a Câmara Municipal aumentou recentemente a pista para 1.700 metros e instalou uma estação automática meteorológica.
Para efeitos de tráfego aéreo encontra-se presente um AITA e está prevista a instalação de um VOR DME (equipamento de aproximação de navegação aérea).
Em termos de planos para o futuro, a empresa Aerocondor continua a apostar nos voos Paris-Agen-Bragança e prepara-se para abrir as portas ao mercado espanhol.