Bomba abala Sendim

O objecto foi descoberto cerca das 8 horas da passada sexta feira, por um popular que, àquela hora, passava no local e informou a GNR do sucedido.
O explosivo encontrava-se na parte de trás de um palco que estava montado na praça da vila, local que, de imediato, foi fechado às pessoas.
Recorde-se que esta zona de Sendim é das mais movimentadas, já que é ali que estão instalados alguns cafés e uma unidade bancária.
Segundo o major Sá Pires, da GNR, o objecto explosivo tinha 17 centímetros e, ao que tudo indica, pode ser uma granada de morteiro de 60 milímetros, um engenho muito utilizado pelos militares durante a Guerra Colonial. Apesar da bomba “não constituir ameaça aparente”, a GNR enviou para o local uma equipa de desactivação de engenhos explosivos, que acabou por remover o objecto.
A equipa da Guarda, que se deslocou de Vila Real, começou as manobras de desactivação da granada cerca das 15 horas. Segundo fonte das forças de segurança, o objecto foi neutralizado, pois apresentava carga detonante.

Aparato policial

O aparato dos agentes da autoridade no local foi significativo, situação que chamou a atenção de quem por ali passava.
Em declarações ao Jornal NORDESTE, alguns populares acharam “o facto estranho”, já que, na noite anterior, a praça tinha sido palco de um arraial tradicional. “Com tanta gente na praça e até tão tarde, como é que aquilo foi ali parar?”, interrogava-se um dos residentes, sem querer revelar o nome.
Ao longo de todo o dia não se falava de outra coisa e dividiam-se as opiniões sobre a origem do explosivo. Alguns populares alegavam que a bomba foi ali colocada para alguém se livrar dela, enquanto outros diziam que a granada foi trazida por algum ex-combatente da Guerra Colonial.
O engenho estava algo enferrujado e com a base danificada, situação que levou a GNR a não conseguir avançar com a origem da munição, pois o número de série estava imperceptível.