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Vendavais - Despedidas e desejos

Toda a separação é uma despedida ainda que temporária e quando queremos bem deixamos sempre um desejo na esperança de que se concretize. Mas nem sempre nos despedimos de uma pessoa mais ou menos chegada, mas o desejo, esse sempre fica no ar.
O ano que agora acaba talvez não tenha deixado a vontade de pronunciarmos muitos desejos para repetir, mas como nem tudo foi mau, algumas coisas gostaríamos que se repetissem dentro de algum tempo, outras, enfim, nem é bom falar delas.
Despedimo-nos de 2016 com a pompa e circunstância a que já estamos habituados e desejamos que o Ano Novo traga sempre o que mais falta nos faz, a nós e ao mundo. Desejamos paz, amor, saúde e felicidade. Alguns ainda desejam dinheiro, esse que tem andado tão arredio das bolsas de muitos portugueses, mas apesar do que se diz, esse é um desejo que ficará mesmo só como desejo. Os aumentos que estão anunciados e que entram agora em vigor vão levar muito dos pequenos aumentos que se apregoaram. Não se pode dar tudo, nem dar o que se não tem!
Mas o ano que passou trouxe muitos desgostos para todo o mundo. Foi demasiado cáustico. As mortes que se contabilizaram foram demasiadas e imerecidas. As catástrofes que se verificaram um pouco por todo o mundo deixaram rasto de miséria e morte como se fosse necessário carimbar o ano com um selo tão caro. Os tremores de terra que abanaram o planeta desde a América do Sul até à Europa e deixaram uma marca terrível na Itália, destruíram casas e sonhos e mataram quem não estava à espera que tamanha crueldade os atingisse. Os que ficaram de pé, despediram-se dos entes mais queridos e desejaram que nunca mais se repetissem estes arrepios que o planeta tem, como se quisesse avisar-nos de algo que não vai bem.
A Europa foi o grande alvo de ataques levados a cabo por gente que não sabe o que quer, não pensa pela sua cabeça e não age por vontade própria. De França à Alemanha, passando por outras localidades, as bombas estoiraram, destruíram e mataram em nome de algo que não se entende, não se percebe e não sei mesmo se existirá. Mata-se por matar como se daí resultasse uma satisfação enorme e a resolução de muitos problemas que possivelmente nem têm. O islamismo não defende este tipo de crimes e muitos não entendem por que se mata em nome do Islão. Porquê? Não têm outra justificação nem defesa. Se um dia Alá aparecesse à frente desses grupos, certamente que veriam o erro e talvez se arrependessem e arrepiassem caminho na malvadez que os envolve. Como se pode envolver uma rapariga de 9 anos com bombas e enviá-la para o meio de uma multidão para que se faça rebentar, matando uma dúzias à sua volta? Como se pode ser tão cruel? Que mentalidade retorcida deu a volta à cabeça desta rapariga? Que medos lhe incutiram? Esta nem teve tempo de se despedir e não deixou certamente nenhum desejo futuro.
Mas ao bater as doze badaladas todos nos despedimos do ano velho e desejámos paz para o ano novo. Ao despedirmo-nos de 2016 e talvez só porque era uma despedida, foi acordado o cessar-fogo na Síria, não sem antes milhares de sírios saírem da sua cidade e das suas casas, as que ainda se conservam de pé, e abandonarem o seu país por culpa dos que ainda acreditam que ao morrer vão ter ao seu dispor sete virgens num campo de leite e mel. Como é possível matar tantos milhares de pessoas, destruir uma enorme cidade que tantos anos levou a construir, derrubar uma civilização marcante para a História da humanidade em nome de … nada? Os desejos dos que destroem não serão nunca os mesmos dos que não querem essa destruição.
Por cá, mais terra a terra teremos de ser e, os desejos além da saúde e paz que todos queremos, sempre vamos acrescentando que não queremos voltar a ver por aqui os tais três reis que nada trouxeram para pagar a dívida que ainda perdura. Despedimo-nos deles e do ano que acabou e desejamos que não voltem. Enfim, haja saúde! Feliz Ano Novo.

FELIZ ANO NOVO

O notável, esfusiante, e até luxurioso escritor brasileiro Rubem Fonseca escreveu um livro de contos cujo título é o desta crónica. Ele nasceu em Juiz de Fora (Minas Gerais) filho de transmontanos, também escreve roteiros ou guiões para filmes, tendo recebido ao longo da sua fulgurante gesta literária fruto de anacromáticas giestas (romance, conto, novela, ensaio) inúmeros prémios, entre les o Camões no ano de 2003.
Não vou tecer considerações acerca de nunca (ao que sei) ter sido convidado a lavar os olhos, inebriar o nariz, afagar o palato durante alguns dias nas terras de onde o pai e mãe nasceram e viveram até rumarem para o Brasil, outros bem menos talentosos e conhecidos internacionalmente o têm sido, mas asseguro quão feliz tenho sido a ler as suas obras, melhor dito, na companhia de confrades (raros) o prazer redobra quando as releio.
Ora, o inventor, interventor e transgressor Rubem Fonseca se comove no descrever o Natal, em Feliz Ano Novo transmite-nos o contraste violento da passagem do ano finito para o alvorecer de novo ano onde se cruza o erotismo, o luxo, a marginalidade, a alegria, o choro, a abertura sonhadora, o abstruso desfecho da noite profanada pelo imprevisto do choque entre o limpo e o sujo, o perfume e o odor infecto, a obscena de sucção de quem nunca tinha provado tais e tantas iguarias.
Considerei refazer episódios de passagens de ano ocorridas no Clube de Bragança nos anos agora encerrados nos programas radiofónicos cujo descritor principal é a palavra Nostalgia, seria um pedaço de passado no presente, desisti pois de passado têm muito os leitores, de futuro todos temos pouco embora no meu caso concreto apresento propostas e trabalhos relativos ao futuro a troco de compensações pecuniárias.
Eu gostava de saber se os leitores apreciam as referências passadistas, as anotações ao presente, os «juízos» sobre o futuro que vou publicando, o respeito a eles devido obriga-me a pedir-lhe caso o entendam fazer-me chegar as suas opiniões porque as da minha lavra de sulcos irregulares leem-nas quinzena a quinzena. Mesmo só um comentário já será presente antecipadamente agradecido.
Entenda-se o pedido dentro do espírito da frontalidade transmontana, não o faço no sentido de assegurar boa reputação, mesmo no auge da labuta política nunca esfalfei o coração atrás de simpatias, antes pelo contrário, interessa-me isso sim auscultar todos quantos dispõem de tempo e paciência para lerem os opinadores os quais muitas vezes pinoteiam a essa mesma paciência.
O Mundo escancara portas e janelas a todo o momento, a curiosidade dos interessados é imediatamente satisfeita através da Internet, no entanto, errarei se colocar a ênfase no aparente ser tal escancarar, a toda a hora verificamos os dislates da propaganda, a imagem retocada de homens e mulheres a esconder pústulas materiais e morais, os discursos laudatórios relativos a gente sáfia, incompetente, capaz de todas as tropelias na procura de réditos sem custo de nenhuma espécie.
Ora, os leitores lembram-se de um senhor austríaco de nascimento chamado Karl Popper, o filósofo morreu em 1984, porém os seus livros continuam por aí, neles estão contidos avisos sobre as grandezas e misérias da sociedade aberta, e no futuro terá uma forma ainda mais aberta? Ou mais fechada? Completamente cerrada, parecendo aberta?
E, se o Ano Novo está a dar vagidos as interrogações relativas ao acima afirmado vão ganhando vetustez ano após ano levando à construção de obras de vários matizes impregnadas de incertezas e receios.
Acredito na possibilidade de gente bem pensante achar despropositado expender este género de dúvidas no NORDESTE INFORMATIVO, não me inquieta a possibilidade do despropósito, a notação elitista favorece a propagação do ruído informativo ofuscador da reflexão, sendo saliente o papel da imprensa regional no favorecimento da tão necessária reflexão porque cada número do jornal aguenta-se sobre a mesa de cada casa até à chegada de nova edição.
Secundando o parecer futurista (não o de Marinetti) do meu amigo Alexandre Manuel antigo jornalista, ora professor no ISCTE, os órgãos de comunicação social regionais além de desempenharem ingentes tarefas de «provedores» dos pobres, dos humilhados e ofendidos, podem e devem ser instrumentos de afirmação da cidadania democrática de primeira plana.
As nuvens carregadas prenunciam-se no horizonte neste Inverno de sol florido, aos leitores desejo Ano Novo repleto de prosperidades, ao Nordeste Informativo auguro Feliz Ano Novo recheado de alacridade para gáudio de todos nós. Ao seu Director peço a continuação da oferta de editoriais de espírito acutilante como até agora na defesa da sua Dama, a nossa, o Nordeste Transmontano. Não sou pobre no pedir, pois para mal basta assim cantava uma canadiana nos anos oitenta. Não é a Diana do Elvis.

Proteja-se do frio, cuide da sua saúde

Em situações de frio intenso são produzidas alterações no organismo que facilitam o aparecimento de doenças como a gripe e outras infeções respiratórias, bem como o agravamento das doenças crónicas, nomeadamente cardíacas e respiratórias.
De forma indireta, o frio pode também causar acidentes rodoviários, quedas devido ao gelo, incêndios e intoxicações por monóxido de carbono devido ao uso incorreto ou mau funcionamento de lareiras ou de outros sistemas de aquecimento. 

Novo ano com 365 dias para viver

Ter, 03/01/2017 - 09:46


Olá familiazinha, estamos a estrear o novo ano de 2017. Em cada ano que se inicia só temos algumas certezas: que o início do ano é dia 1 de Janeiro, o Carnaval numa terça e o Natal dia 25 de Dezembro entre outras. Mas também é cheio de incógnitas, nunca tendo a certeza de sair e voltar a entrar em nossas casas. Um acidente, um problema grave de saúde nosso ou de familiares pode alterar por completo a nossa vida. Por isso mesmo ao entrar cada ano o maior desejo das pessoas é bom ano cheio de saúde e paz.
 

À espera de milagres

Ter, 03/01/2017 - 09:45


As mudanças de ano, neste calendário do papa Gregório, são sempre marcadas por votos pios de prosperidade e felicidade, conceitos difusos que servem para que qualquer pobre de Cristo sinta um frémito fugaz de optimismo, para logo voltar à dolorosa via do absurdo, que Camus ou Kafka trouxeram, acutilante, à superfície do nosso quotidiano.
 

Assembleia Municipal de Bragança aprova orçamento de 38,5 milhões de euros para 2017

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Qua, 28/12/2016 - 17:31


Foi aprovado em Assembleia Municipal o orçamento de 38,5 milhões de euros para 2017 para a autarquia de Bragança, o que traduz um crescimento de 6 por cento em relação a este ano.

Orquestra Fervença de Bragança realizou terceiro grande concerto

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Qua, 28/12/2016 - 17:21


Uma orquestra de criação colaborativa, um reportório construído com a contribuição de todos os músicos, um espectáculo com instrumentos feitos a partir de objectos do dia-a-dia, foi a proposta para mais um concerto da Orquestra Fervença, que teve lugar a 22 de Dezembro.