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Tiago Gonçalves na Selecção Nacional Sub-15

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Ter, 08/11/2016 - 15:39


A chamada à equipa das quinas aconteceu numa altura em que o guarda-redes de apenas 14 anos recupera de uma lesão no joelho. Tiago Gonçalves teve um trauma meniscal e dentro de uma semana deverá estar apto. Apesar da lesão compareceu no estágio da equipa da selecção.

Jogo equilibrado

Ter, 08/11/2016 - 15:29


O GDB alinhou com Ricardo Pires, Gonçalo Abrunhosa, Marco Romão, Adriano, Tiago Fernandes, Leo, Ruben Costa, Alexandre e Tomás. Jogaram ainda David, Tiago Araújo, Ricardo Martins, Pereira, Eduardo, André e Francisco.

Pontaria dos estudantes reprova no exame em mirandês

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Ter, 08/11/2016 - 15:24


A primeira mão da pré-eliminatória da Taça da A.F.Bragança, realizada no domingo, nada decidiu no sintético do IPB. Estudantes Africanos e Mirandês empataram a duas bolas numa partida em que os locais foram perdulários no ataque e em muitos momentos do jogo um pouco apáticos.

Bagaço é aguardente

Ter, 08/11/2016 - 10:40


Olá familiazinha! já está a decorrer o mês de Novembro, mês das almas, das castanhas e dos magustos, das águardentes, cujo tema vamos desenvolver nesta página e segundo aconselha o »Seringador», o que se deve semear neste mês é alface, beterraba, cebola, couve-galega, nabiças de grelo, nabo redondo, rabanetes, ervilhas, favas e salsa. Também se faz a sementeira de todo o género de grãos que servem para pão, como, trigo, centeio, cevada e outros. Plantam-se couves (lombarda, repolhos, tronchuda, flor e brócolos), cerejeiras, pessegueiros, macieiras e pereiras.

NÓS TRASMONTANOS, SEFARDITAS E MARRANOS - Henrique Rodrigues Gabriel (c. 1671 – antes de 1740)

A família Gabriel, de Bragança, começa com o curtidor Henrique Rodrigues e sua mulher Brites Fernandes. (1) Tiveram 3 filhos, mercadores de profissão e 2 filhas, ambas casadas com curtidores. Entre os netos (e foram muitos) predominavam os fabricantes de seda, letrados e rendeiros e também um padre. (2) E esta é a norma entre os marranos de Trás-os-Montes, já que os pais sempre procuram para os filhos uma profissão mais digna, do ponto de vista social.
Um dos filhos foi batizado com o nome de António Rodrigues Gabriel mas ficou mais conhecido pela alcunha de Cachicão. Casou em primeiras núpcias, com Luísa Nunes que lhe deu dois filhos e faleceu nova. Da segunda mulher, Isabel Rodrigues, (3) teria o Cachicão prole mais numerosa.
Um dos filhos de António Cachicão e Luísa Nunes chamou-se Henrique Rodrigues Gabriel e é o nosso biografado de hoje. Nasceu em Bragança, por 1671 e nesta cidade viveu, com exceção de um curto período em que foi para Madrid em viagem de negócios de seu pai e antes de casar com Beatriz Nunes de Castro. (4)
Definir a sua profissão é mais complicado, pois “pegava a tudo”. Assim o encontramos como rendeiro da comenda de Santiago de Coelhoso. Interessante: para a cobrança das rendas da comenda estabeleceu uma parceria com Henrique Novais da Costa que era rendeiro da comenda de S. Pedro dos Sarracenos. Os mesmos homens faziam o trabalho conjunto, certamente com menos despesa e mais lucro.
Pelo ano de 1708 tinha o réu uns 500 alqueires de cereal na tulha. E sendo assentistas na província de Trás-os-Montes os irmãos José e Manuel da Costa Vila Real, estes lhe tomaram o dito cereal para alimento das tropas. E correndo nesse ano o alqueire a 400 réis, eles só lho pagaram no ano seguinte e a um preço muito inferior.
Encontramo-lo também como mercador e de produtos os mais diversos. Em certa ocasião, um tal Jorge Pessanha, morador na cidade do Porto, ter-lhe-á encomendado uma parelha de mulas. E, uma vez que ele ia ao Porto levar as mulas, combinou com um tio paterno que ali morava e “comerciava por grosso” que lhe arranjasse umas caixas de açúcar para vender em Bragança. Pensava pagar o açúcar com o dinheiro das mulas. Porém, o dito comprador não gostou das mulas (ou do preço) e não ficou com elas. Como não tinha dinheiro para pagar o açúcar... voltou de mãos a abanar pois o tio José Rodrigues Gabriel não lho deu fiado... (5)
Porém, o tio não seria o único fornecedor de açúcar, pois que, na sua relação de bens, ficou registada uma dívida de 200 mil réis ao mercador portuense Manuel Álvares Fernandes, procedida de fornecimentos daquele produto. Tal como ficou registada a dívida de 82 mil 320 réis a Belchior Rios, da cidade de Guimarães que lhe forneceu “caixas de doce para vender”.
Mas a profissão de que ele se orgulhava era a de alferes da companhia de ordenanças da cidade de Bragança. E deste ponto de vista, pensamos que o seu processo é deveras importante e deve ser tido em conta pelos estudiosos da sociedade brigantina daqueles anos e da vida “policial” da cidade. É que, sendo o policiamento feito por “quadrilheiros” das “ordenanças”, uma das responsabilidades do alferes Gabriel era assegurar a manutenção de um posto de sentinela no “Principal”. E tanto quanto parece, as guardas eram feitas por gente da nação.
Deveremos concluir que, sendo a rua Direita maioritariamente habitada por hebreus, também a estes competia estar de sentinela nesta parte da cidade, enquanto a tropa regular vigiava a “vila” e o castelo?
Certamente que o posto de alferes lhe dava autoridade e prestígio social, a ponto de ele ter mandado fazer uma pera de prata para encimar a haste da “bandeira de alferes” ao ourives António Mendes. (6) Mas também lhe trazia aborrecimentos e desavenças. Como foi o caso de José Henriques Mendes, aliás, Moisés Mendes Pereira (7) que “fugia e largava o posto de vigia e ele o foi buscar a casa, de onde fugiu e se acoitou no hospital real”.
A outros que abandonavam o posto, ele os mandava prender e com Afonso de Valença, o caso foi mais sério. Este era sargento da mesma companhia e, possivelmente, aspirava subir ao posto de alferes, ocupado por aquele. Para o conseguir, precisava que fosse demitido, o que apenas estaria nas mãos do Governador militar. Assim, o Valença terá ido meter intrigas e empenhos ao Governador dizendo que o alferes Gabriel não conseguia gente para assegurar o serviço de sentinela da praça, que muitas vezes ficava abandonado. Resultou daí que os dois andaram às cutiladas e Afonso de Valença foi parar à prisão.
Porém, o dever das ordenanças não se limitava à ocupação do posto de vigia e guarda da cidade. Eles eram também soldados e tinham de estar preparados. Até por que as invasões castelhanas de 1710 estavam ainda bem vivas na memória de todos. Daí que o principal trabalho do alferes de ordenanças seria o recrutamento e treino dos ordenanças que, embora voluntários (à força), não deixavam de ser soldados. E muitos se queixavam que Gabriel os metia de soldados para se vingar. Por vezes, os mancebos escapavam ao recrutamento oferecendo cavalos para o serviço da tropa.
A fama das sedas de Bragança corria mundo e o mercador Gabriel não podia alhear-se de negócio tão rentável. Não sabemos se tinha produção própria de sirgo ou se compraria a seda em bruto. Sabemos é que ele a mandava tecer e debanar e muitas vezes se queixava que lhe roubavam nas teias de seda ou lhas deixavam “sujas de goma” ou “cheias de azeite” o que gerava frequentes queixas e inimizades. A dois desses tecelões lançaria em cara o argumento final: - Se queriam mais roubar que fossem à serra Morena!
Obviamente que todas estas e outras muitas inimizades surgidas com os seus correligionários (todos eles igualmente presos pela inquisição e seus denunciantes prováveis) foram bem aproveitadas por Henrique Gabriel para se defender das culpas de judaísmo que lhe imputavam as quase 3 dezenas de testemunhas, quando se viu encarcerado nas masmorras da inquisição de Coimbra onde deu entrada em 19 de Novembro de 1714 e onde permaneceu quase 4 anos.
Tal como aproveitou o facto de Pedro Rodrigues Carvalho, seu companheiro de cárcere, lhe ter partido o cântaro da água, para o nomear como inimigo capital e desvalorizar o seu testemunho. E a inimizade ter-se-á agravado quando o mesmo companheiro lhe deu com “uma ratoeira de cepo” na testa “e sem dúvida o matava se a ratoeira não quebrara”.
Para além da desvalorização das culpas que lhe imputavam, mostrando que elas eram fruto de vinganças mesquinhas e não do amor à verdade e à religião católica, Henrique Rodrigues Gabriel conseguiu que 4 padres de Bragança, entre eles o rev. António de Távora, prestassem testemunhos muito abonatórios da sua cristandade, perante o comissário Dr. Manuel Camelo de Morais. Acabou, assim, por ser condenado em pena relativamente leve: cárcere e hábito a arbítrio dos inquisidores.

NOTAS E BIBLIOGRAFIA:
1-ANTT, inq. Coimbra, pº 4902, de Brites Fernandes.
2-IDEM, inq. Lisboa, pº 2894, pe Francisco Mendes Gabriel.
3-Ficando viúva, Isabel Rodrigues entrou para o convento de Santa Clara em 1699.
4-IDEM, inq. Coimbra, pº 10487, de Henrique Rodrigues Gabriel; pº 7832, Beatriz Nunes de Castro.
5-IDEM, inq. Lisboa, pº 11679, de José Rodrigues Gabriel. Vivendo no Porto, foi apresentar-se voluntariamente na inquisição de Lisboa onde contou que, quando foi a Roma buscar a bula papal para poder casar com uma prima carnal, passou por Livorno onde permaneceu algum tempo. Ali, em casa de Gabriel de Medina, fez-se circuncidar, pois aquele lhe disse que “para viver com perfeição na lei de Moisés” deveria circuncidar-se. Sobre Gabriel de Medina, ver: ANDRADE e GUIMARÃES – A Tormenta dos Mogadouro na Inquisição de Lisboa, ed. Vega, Lisboa, 2009.
6-IDEM, inq. Coimbra, pº 180, de António Mendes.
7-IDEM, inq. Lisboa, pº 4939, de Moisés Mendes Pereira.

Por António Júlio Andrade / Maria Fernanda Guimarães

Este Novembro de todos os Santos

Neste mês de Novembro repetimos as emoções, como se um chamamento vindo da eternidade nos obrigasse a revisitar temas banais, mas, que para nós, são duma infinda importância.
Há pouco chegamos a casa, acendemos a lareira, amiga de mil Invernos. A ruralidade do nosso espaço aldeão é profanada pelo espavento dum computador onde demoradamente escrevemos pedaços de vida, coisas sem importância, ou então, intervenções que em nada mudarão o mundo, mas que pelo menos nos devolvem o sonho de podermos tornar a humanidade um pouco melhor e mais fraterna.
   E nós aqui estamos, à volta com este mês de Novembro, mergulhando na intimidade das nossas recordações, efémeras, vindas dum passado onde a morte era tão-somente um acontecimento que tinha lugar na casa dos outros e levava os idosos para um céu feito de algodão em rama e coisas doces. Um dia, a gata branca foi triturada pela camioneta do correio e pela primeira vez sentimos a morte como um acontecimento injusto e tremendamente trágico. Crescemos e a morte entrou várias vezes em nossa casa deixando este frio de Novembro à beira do escano onde o pai construía mundos no contar de contas fantásticas, mas que terminavam sempre em paz e em beleza. 
Este ano, no dia de todos os Santos, bem cedo, para evitar o choro teatralizado, com frases ouvidas desde sempre e nos chocam, fomos visitar os nossos Santos que repousam em campa rasa no cemitério Bragançano. Os cemitérios são tragicamente taciturnos e o de Bragança encheu desmesuradamente. Um novo cemitério foi construído, igual a quase todos os cemitérios portugueses. Sem dúvida que todos os cemitérios são profundamente tristes, mas poderiam ser mais humanizados, como um jardim, com muita relva, com árvores, com bancos para os vivos repousarem na proximidade e na companhia daqueles que partiram e somente nos deixaram esta solidão enorme.
Continuamos esta romagem a Novembro pelas terras da Lombada onde ainda se acende o magnífico lume de Todos os Santos. Reza-se pelos mortos, o sino toca a finados e no entretém da longa vigia assam-se sardinhas, ou na sua ausência, o frango caseiro e tudo pela alma daqueles que Deus já lá tem.
E já agora, descendo um pouco à terra dos vivos, ouvimos dizer que o Primeiro-ministro, em breve, visitará o Nordeste. Uma boa notícia, pois a sua ausência, por estas terras, já se nota, passado um ano no cargo.
Também o Partido Socialista inaugurou uma nova sede, abandonando o histórico mas decrépito edifício, da Rua Abílio Beça que timidamente ostentou na fachada, durante muitos anos, uma singela placa de acrílico com o logotipo do Partido Socialista. Pois, o PS, abriu uma nova sede, ainda bem, era urgente que tal acontecesse, os tempos mudaram, as dinâmicas são outras. Mas essa sede, na linha dessa nova dinâmica, ostenta uma nova e imponente imagem de marqueting, com uma publicidade partidária bem visível, talvez para contrair algum pessimismo que a crise veio para ficar.
E assim, depois desta duas breves notas, regressamos ao tema da morte que seria tão-somente o absurdo se as Religiões não nos conferissem o dom da fé e a aceitação da transcendência que devolve a dignidade à tragédia do fim.
Mas esta é a nossa contradição, a morte só é verdadeiramente trágica se andar por perto e muitas vezes esquecemos, como por exemplo na Síria, que a morte entrou em quase todas as casas, dizimou famílias inteiras, semeou o caos e a dor. 
E pronto, o lume apagou-se, John Donne está por perto com este recado que nos causa um enorme desassossego: “Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.”