Selecção distrital de seniores inicia esta sexta-feira a participação na Taça das Regiões
Qui, 27/01/2022 - 14:35
Contagem decrescente para o pontapé de saída da fase zonal da Taça das Regiões da UEFA, uma prova para selecções amadoras.
Qui, 27/01/2022 - 14:35
Contagem decrescente para o pontapé de saída da fase zonal da Taça das Regiões da UEFA, uma prova para selecções amadoras.
Ter, 25/01/2022 - 22:23
A Copa Gallaecia vai ser recuperada.
Ter, 25/01/2022 - 15:52
Paulo Afonso, Nuno Magalhães, Diogo Correia e Martim Conde representam o Clube Amador de Mirandela (CAMIR) no Campeonato Nacional da 3ª Divisão de Xadrez.
Ter, 25/01/2022 - 12:19
Alheira é Mirandela e, por isso, esta é a fileira que faz girar a economia deste concelho. Apesar de a crise económica, provocada pela pandemia, ter provocado fortes constrangimentos às empresas, este sector parece não ter sido tão prejudicado.
Ter, 25/01/2022 - 12:10
Saúde, telecomunicações, ligações rodoviárias e ferro- viárias, descentralização de competências, assim como a venda das seis barragens transmontanas foram al- guns dos temas em desta- que num debate promovido pela Rádio Brigantia e pelo Jornal Nordeste, entre al- guns candidatos a deputa- dos pe
Ter, 25/01/2022 - 11:58
O candidato a primeiro-ministro recebeu o apoio de muitos militantes e simpatizantes na praça da Sé, depois de ter passado pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
Ter, 25/01/2022 - 11:54
O líder do PSD, acompanhado pelo candidato pelo distrito, fez uma arruada pela cidade. No café Chave d’Ouro, Adão Silva aproveitou para transmitir a Rui Rio os problemas que estão afectar o distrito, nomeadamente a falta de obstetras no hospital de Bragança.
Ter, 25/01/2022 - 11:51
Em 2021, nasceram 385 bebés na maternidade de Bragança, menos 52 que no ano anterior, no entanto foram registados no distrito 513 testes do pezinho, o que significa que os bebés da região estão a nascer noutras maternidades fora distrito, nomeadamente em Vila Real.
O meu professor de português, latim e grego, o insigne e proficiente Dr. Mário da Conceição (um verdadeiro anjo na terra), um certo dia, na informalidade de uma conversa entre amigos, confessou-me que, muitas vezes, aquando da correcção dos testes, ficava na dúvida - modéstia sua, ele era demasiado competente para as ter - acerca do correcto escrever de certas palavras na língua de Camões, dado o número elevado de alunos que as grafavam erradamente. Ao contrário do que possa parecer, a metáfora do soldado que marcha com o passo trocado, em relação aos seus “camaradas” de Companhia, está longe de provar que a maioria, mesmo que absoluta, tem sempre razão, porquanto, na “parada rodoviária”, à qual pertenço há 40 anos, sinto que não estou a marchar na mesma direcção que os demais – o que me leva à pergunta retórica: Afinal, o que se ensina nas escolas de condução?! Sendo por demais sabido que a generalidade dos portugueses tem uma certa propensão para subverter as regras, sejam elas quais forem ( “está- lhes no sangue”, como diz a minha querida mãe), vou referir apenas aquelas que dizem respeito ao exercício da condução, nomeadamente o comportamento nas rotundas, deixando para uma outra ocasião condutas que revelam o caráter dos seus autores, como, por exemplo, a ocupação de dois ou três lugares de estacionamento por uma viatura ( tenho o registo fotográfico dum sujeito que, no parque de estacionamento do Modelo, estacionou o carro, ocupando 4 lugares, sendo que um deles era destinado a deficientes) ou o estacionamento em contramão. Para os mais desatentos, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) promoveu, em 2014, a última actualização ao Código da Estrada, sendo aqui contemplada a regra de circulação nas rotundas. Com o seu quê de polémica e controvérsia, por gerar uma certa confusão, esta regra, com mais ou menos dificuldade, lá foi sendo assimilada pelos condutores, até que hoje, com alguns acidentes pelo meio, e salvo raras excepções, já não constitui obstáculo para ninguém. O mais grave é que, grosso modo, mais de 90% da “Companhia” não conhece o preceito mais básica do Código da Estrada, a Regra da Direita. Pois, para aqueles que ignoram a dita, por, estou convencido, terem estudado a matéria, recorrendo a um livro com algumas páginas rasgadas, vou relembrar, suportando-me apenas na memória: tem sempre prioridade, não havendo sinalização em contrário, os veículos que se apresentem pela direita. Esta regra é também quebrada, segundo os manuais, aquando da presença de veículos prioritários, ou quando a autoridade policial, por razões atendíveis, dá ordem de paragem. Pelo que tenho constatado, esses tais 90% dos condutores fazem confusão entre “circular na rotunda” (um pleonasmo inevitável) com “entrar na rotunda”. E a diferença não pode ser mais clara: quem circula na rotunda tem, sem quaisquer excepções, sempre prioridade em relação a quem nela quer entrar. Quem entra na rotunda, pela mão esquerda, é obrigado a ceder passagem àqueles que, acedendo à mesma, se apresenta pela direita. Vou só citar dois casos paradigmáticos na nossa cidade: 1 – Querendo tomar a direcção do Liceu, da Escola Industrial ou dos Bombeiros, no sentido ascendente, temos duas hipóteses, ambas a confluir na rotunda do Centro Comercial: quem vem do Bairro da Estação, passando pela antiga escola primária que lhe dá o nome; e quem vem, desde a Avenida João da Cruz, passando junto à Casa dos Juízes. O que acontece, mas sempre: os segundos, que se apresentam, à entrada da rotunda, pela esquerda, nunca param para deixar passar os primeiros, que estão pela direita – sendo que o único sinal existente, para os dois, é o de aproximação de rotunda. 2 – No acesso à rotunda junto ao ISLA, designada de “penso higiénico” (nunca percebi a razão pela qual os entendidos acham que aquela configuração geométrica é uma rotunda!), quem se dirige para o centro da cidade, fá-lo através das seguintes vias: a que, desde a Avenida Sá Carneiro, passa pelo Eixo Atlântico; e a que, vindo da Rotunda do Emigrante, passa ao lado da vivenda do Senhor Ribeiro, ex funcionário da Câmara Municipal. Aqui passa-se o mesmo que no exemplo anterior. Ou seja, o primeiro, que, à entrada da “rotunda”, se apresenta pela esquerda, passa, sem se dignar olhar para quem vem da direita. Como adepto da linguagem da pedagogia, lanço aqui o desafio ao Senhor Comandante Distrital da Polícia de Segurança Pública de Bragança, Superintentente José Neto, pessoa de trato fácil e moralmente bem formada, de promover uma accão de sensibilização junto dos condutores que não sabem a regra elementar do Código da Estrada. Estou certo que o fará. Se assim for, muitos impropérios, gestos obscenos e confrontos físicos se evitarão no futuro, porque não há nada pior do que um ignorante sem humildade.
António Pires
Fábula fascinante, o livro de 1945 do inglês george orwell “animal farm”, título por cá curiosamente traduzido por “o triunfo dos porcos”. Na sequência de um motim em que o malvado senhor jones, o dono e explorador de uma quinta, levou um pontapé no traseiro, os animais que lá havia começaram a idealizar um futuro de prosperidade e satisfação onde ninguém mais viveria à custa de ninguém e a amizade geral reinaria forever sob o lema “os animais são todos iguais”. Claro está, mesmo um espaço rearrumado e alumiado por nova filosofia precisa de comando, de forma que alguém teria que gerir aquilo. Podiam perfeitamente ter sido os matchos, os tchibos, qualquer outra classe irracional a assumi- -la, mas em última análise, por se acreditar tratar- -se dos mais finos, vingou a ideia de que caberia aos porcos a grande responsabilidade. E assim foi. “Animal farm” relata, numa alegoria irónica e pessimista, aquilo em que no fundo têm dado as revoluções políticas dos últimos duzentos e trinta anos. Não vou contar a história, é mais interessante lê-la. Avanço apenas para aguçar o apetite do leitor uns pozinhos da parte final, anos após o tumulto, numa altura em que os suínos, tendo açambarcado os poderes que antes cabiam à família jones, prosperavam já em número, regalias, isenções, privilégios e adiposidade. Quanto às restantes alimárias, bom, manipuladas, exploradas e subjugadas como sempre. E como sempre imoladas por último no açougue, só que agora em prol da ceva dos laregos. Mormente nos dias em que se comemorava a insurreição, nunca estes deixavam de entoar hossanas agora quase vazios de sentido à liberdade e à fraternidade, ao mesmo tempo que instavam a outra bicheza a vociferar palavras de ordem onde abundavam os “morte aos jones”, “não à exploração”, ”jonismo nunca mais” que os tinham embrutecido desde o início. Aliás, juravam a pés juntos estar ali já instaurada a igualdade, embora esta fosse bastante mais óbvia pela loja dos cerdos adentro, que já com essa ferrada tinham mudado o lema inicial para “alguns animais são mais iguais do que outros”. A frase ficou no ouvido do público porque o erro gramatical que contém mostra outro mais grave: achar que um dia será possível a humanos não viverem à custa de humanos. Atente-se neste quadrilátero com vista sobre o atlântico e reveja-se a história do último meio século. Quem não for capaz de encontrar semelhanças entre ele e a herdade do orwell, e não entender que também aqui os grunhos se assenhorearam de praticamente tudo, é porque se inclui no número dos narcotizados, talvez por efeito do gás nauseabundo que as pocilgas exalam, se bem que o esterco que foram produzindo se acumule hoje por todos os recantos cá do sítio. Com o que arrebanharam pelas manjedouras da fazenda, exibem fartas queixadas pendentes, arrastam toucinhos de palmo, rebentam com tanto unto, não se aguentam de cevados. E nós também não os aguentarmos, anda tudo pelos cabelos de recos. Calha bem que estamos em tempo de matanças. O que há de mais por aí são bichos ávidos de lhes ocupar o lugar à borda das pias. Não serão melhores que eles e mal cheirem as biandas o seu primeiro pensamento será a autoengorda. Se há alguma coisa em que os animais se possam considerar iguais é na inclinação para meter a unha no que não é deles. Mas enquanto o pau vai e vem folgam as costas. Morte aos javardos! Animem-se os perus, apoiem-se os bois, encorajem-se os gansos, dê-se uma mão aos carneiros, acreditem-se os galos, consinta-se até na fraqueza de uma oportunidade aos burros! O banco tosco de freixo foi lavado das aranheiras ganhas desde a última função, refulgem as navalhas aguçadas na pedra ali ao lado. Aprontem-se os caçoulos onde recolher o sangue que vai jorrar. Tenham-se à mão os caldeiros onde as tripas irão ser lavadas ao ribeiro. Arregacem-se as mangas, prenda-se firme a corda ao focinho dos cotchinos, puxe-se quanto se possa fazendo orelhas moucas aos seus grunhidos estridentes, estendam-se bem ao comprido, amarrem-se-lhes firmemente os volumosos presuntos e enterre-se o ferro bem fundo mesmo junto à base interna de uma das patas dianteiras, o trajeto mais curto até ao coração. Aproveitem-se as fressuras para um apetitoso refogado à moda antiga, empurre-se o lauto almoço com pinga da boa e brinde-se ao fim da era desta raça. Não haja pena deles.