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Sorteio Taça Distrital

Ter, 23/11/2021 - 16:19


Esta fase da competição conta com as quatro equipas que tinham ficado isentas da primeira fase da prova – G.D. Bragança, Carção, Argozelo e F.C. Carrazeda – mais a quatro apuradas na primeira eliminatória – Rebordelo, F.C. Vinhais, Vimioso e G.D. Sendim.

Forças Armadas: o espelho do Regime

Dizia-se, noutros tempos, que as Forças Armada eram o espelho da Nação. Havia muito de verdade nessa conhecida asserção porquanto todos os jovens com idade para tanto, independentemente da sua naturalidade ou condição social, eram ajuramentados para servir militarmente Portugal. Graciosamente, note-se. Eram o melhor que a Nação tinha, que a representava com fidelidade e por isso a Nação neles se revia e dessa forma muito os valorizava. Presentemente não é bem assim. As Forças Armadas são, bem pelo contrário, o espelho em que se reflectem as piores malformações do Regime, as decisões mais gravosas de governos sucessivos, com destaque para o chefiado pelo primeiro-ministro António Costa. Governo que foi malfadado pela Geringonça, como se sabe e que tem envolvido as Forças Armadas num chorrilho de escândalos tão desprestigiantes quanto injustos. Geringonça que faliu na forma, mas não no conteúdo, já que a sua ideologia, chamemos-lhe “gerigoncianismo”, uma caldeirada de comunismo, capitalismo e oportunismo, de que o próprio António Costa é ideólogo principal, continua a condicionar negativamente a vida política, económica e social. E militar, como é óbvio. Aos sucessivos escândalos que têm rebentado no seio das Forças Armadas na vigência formal da Geringonça, com destaque para o assalto aos paióis de Tancos, que continua por esclarecer, se é que algum dia o será, mesmo depois das habituais bocas do Comandante Supremo que as comanda por megafone a partir das varandas do palácio de Belém, acaba de se juntar um outro ainda de maior amplitude e gravidade já que não se confina ao mundo menor da NATO e tem forte repercussão internacional. Escândalo que, quer os senhores do “establishment” queiram quer não, afecta gravosamente não apenas as Forças Armadas mas o Estado no seu todo. Como era de esperar, agora no caso dos diamantes que municiam as armas dos combatentes da Operação Miríade, como no assalto aos paióis de Tancos, nenhum digníssimo governante assumiu a sua responsabilidade e se demitiu. Quando muito aceitaram, seraficamente, o digno papel de ignorantes, a começar pelo Presidente da República e pelo primeiro-ministro. Escovaram a água do capote como soe dizer-se. A verdade, porém, é que na Operação Miríade como no assalto de Tancos, a culpa é de todos. Desde alto a baixo e daqui para cima. É do soldado que comete o crime, do sargento que não controla o soldado, do comandante de pelotão que não conhece os homens que comanda, do coronel que não prepara e treina devidamente os militares que envia para o campo de batalha, do ministro que não acerta uma no cravo, do primeiro-ministro que mais uma vez dá provas de não ser capaz de coordenar eficazmente o governo e do próprio comandante supremo que o finge ser para português ver. Abre-se aqui, todavia, uma outra memória do antigamente quando se dizia que que “as Forças Armadas são um mal necessário”. Máxima atribuída ao ditador Salazar mas que julgo ter sido empregue noutros tempos e espaços e por muitas outras personalidades. Ideia que não deixa de ter sentido, dependendo, muito embora, do contexto e da intencionalidade com que é proferida. Males desnecessários, porém, não faltam no Regime e no Estado português. No espírito do“gerigoncianismo” as Forças Armados são, isso sim, um mal desnecessário. A abater, portanto. Poi isso o governo de António Costa as tem reduzido a uns tantos generais com os peitos enfeitados de condecorações para ornamentar tribunas cerimoniais e a grupos de mercenários, sem alma nem pátria, como agora se viu na República Centro Africana. E que o próprio Comandante Supremo confirma quando afirma publicamente que se trata de forças da ONU e não de Portugal. Mercenários, sem dúvida. Governo que só ainda não enxovalhou ainda mais as Forças Armadas porque sabe que há milhares de portugueses vivos que não se coíbem de manifestar os seu orgulho de terem militado no Exército mais humano da História que no extinto Ultramar rasgou estradas, ergueu escolas e hospitais, tratou, curou, ensinou a ler e a escrever e matou a fome a milhares de infelizes, em simultâneo com o cumprimento das missões de combate. Que promoveu a paz e harmonia interétnicas e corrigiu os desmandos prevalecentes do colonialismo ancestral. E que jamais deixarão de evocar e de honrar os muitos camaradas, brancos e negros, que tombaram no campo de batalha ou de lá saíram fisicamente diminuídos. Sem esquecer que face à miséria que grassa pelo Mundo, em África em particular e Angola em especial, a descolonização criminosa foi uma grande perda para a Humanidade. É por demais evidente que o “gerigoncianismo” de António Costa está apostado em converter o Estado-Nação num Estado Novo de Negação da História. Do passado e do futuro. Começando por destruir o que de mais essencial uma Nação possui-as suas Forças Armadas, enquanto alfobre de virtudes cívicas e de garante da integridade e independência nacionais. E da própria democracia. Quem semeia ventos colhe tempestades. 

A Bandeira, a TAP e a CP

Ao mesmo tempo que sabia que os anunciados investimentos na ferrovia não só estavam atrasados como muitos deles já não teriam lugar no Portugal 2020 e têm a sua execução no Portugal 2030 dependente de nova avaliação porque o chumbo do Orçamento impediu o saneamento financeiro da CP, igualmente era público que, para além dos milhares de milhões já injetados na TAP, iriam ser disponibilizados mais cento e cinquenta milhões na transportadora que cancelava vários voos (com os enormes custos associados) e anunciava que seguiria o exemplo das operadoras de low-cost com quem concorre. Não é fácil entender esta dualidade de uso dos dinheiros públicos que, como é sabido, se sustentam dos impostos dos cidadãos. Os impostos, para além da afirmação da soberania, servem para financiar obras e atividades comuns, de utilidade pública, que não seria possível levar a bom termo exclusivamente com a contribuição voluntária de cada um e sobretudo para permitirem a redistribuição de riqueza exigindo mais a quem mais tem, para benefício de quem tem menos e pode menos. Ora, o que acontece com estas duas empresas públicas, está nos antípodas desta função de correção das desigualdades da sociedade. Os utentes da CP são, efetivamente, os desfavorecidos e foram estes os mais prejudicados com o encerramento das várias linhas, no século passado. Como os impostos são progressivos, os investimentos na ferrovia cumprem a nobre missão de apoio aos mais necessitados com maior contributo dos mais abastados. Já a TAP transporta sobretudo os que têm mais recursos e, como apesar das contribuições estatais, apresenta prejuízos pagos com os impostos de todos, favorece quem mais tem com o suporte, mesmo que menor, de quem tem menos e nada beneficia com isso. As justificações que são dadas para tão injusta discriminação, não convencem, por não resistirem a uma análise fria e racional. A TAP tem de ser uma empresa de bandeira. Não vejo porquê. A atividade exportadora passa, cada vez mais, pelos portos marítimos onde os barcos que aí operam o fazem sob os mais diversos estandartes sem que isso constitua qualquer óbice à sua atividade normal. É verdade que as aeronaves levam as cores nacionais na cauda mas são pouco visíveis pois o acesso aos aeroportos é limitado e, quando em voo, não se enxergam. Mais visíveis são os camiões que cruzam as rodovias europeias e não se conhece nenhum empenho especial, do Governo, no apoio às rodoviárias. A TAP é uma grande empresa exportadora. Exporta porque vende muitos bilhetes a cidadãos estrangeiros. Mas também importa porque compra, nos locais para onde voa, muitas das matérias e serviços que suportam a sua atividade. Como dá prejuízo, é bem possível que o que compra fora de portas seja superior ao que vende. Não é líquido que tenha um contributo positivo para a balança de pagamentos. É preciso proteger os empregos da TAP. Mas a injeção de avultados recursos foi acompanhada por uma considerável redução do número de trabalhadores. Também aqui foram os mais humildes os mais fustigados. O que a TAP não fizer, outra empresa o fará e não pode, por razões económicas, dispensar funcionários e fornecedores lusitanos no que for competitivo. O mesmo não se passa com a CP que, sendo mais ecológica, não se restringe a Porto, Lisboa e Faro, antes leva o desenvolvimento a todo o país, integrando o interior, desfavorecido, distante e desertificado.