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Pão, circo e socialismo (q.b.)

O Orçamento do Estado para 2022, que o Governo apresentou na Assembleia da República em 11 de Outubro, será votado, na generalidade, já no próximo dia 27, mas tem a votação final global agendada apenas para 25 Novembro. Tempo mais que suficiente, portanto, para o primeiro-ministro António Costa fazer valer as suas competências de domador de feras, dentro e fora do circo de São Bento. São Bento que é isso mesmo: uma tenda em que assentou arraiais a companhia circense Geringonça, que há seis anos dá pão, circo e socialismo (q.b.), ao povo português. Com muitos e variados números de ilusionismo, malabarismo e engolidores de sapos, agora abrilhantados com mágicos pozinhos de perlimpimpim polvilhados pela generosa bazuca bruxelense. Circo que muito tem divertido e distraído a maioria dos portugueses dos reais problemas do país, como convém aos talentosos artistas governamentais. Circo que nesta temporada pós Covid tem o seu número mais arrojado com o temerário primeiro-ministro a meter a cabeça nas mandíbulas escancaradas do feroz leão PCP e do sinistro leopardo BE, enquanto o dócil PAN exibe as habilidades dos seus cãezinhos amestrados. Tudo com o rufar de tambores anunciadores de uma eventual crise política que silenciam os ecos da sistémica crise económica e social que é bem mais grave e persistente. Quanto à bicharada de direita, que o afortunado domador António Costa remeteu para as galerias, tem-se limitado a piar baixinho, desafinada, à espera que a barraca abane. Não é de todo improvável que, quer o leão PCP, quer o leopardo BE, ou os dois em simultâneo, se vejam compelidos a fechar desastradamente as mandíbulas. Porém, se o fizerem, não será com o intuito de decepar o domador mas apenas para salvar as suas próprias cabeças. BE e PCP que, confrontados com a total e universal falência prática do marxismo puro e duro, procuram sobreviver com recurso à demagogia primária que não belisca o mais débil capitalismo, sequer, e nada de visível acrescenta à nação que trabalha. Ou será que já aprenderam que só mesmo a democracia é revolucionária?! Certo é que, se tal acontecer, apagar-se-ão definitivamente os holofotes da Geringonça, o que não significa, contudo, que o domador Costa não sobreviva. Bem pelo contrário! O mais provável até será o espetáculo de São Bento prosseguir sob a sua batuta, por algum tempo mais, embora com renovada companhia. Mais se evidenciará, contudo, outra competência deste prócere político também conhecido como mestre de sacudir a água do capote: o de saco de box, tanta a pancada que irá levar, de todos os lados. O mote até já foi dado por três conhecidas personalidades do mais alto gabarito, nada mais nada menos que Marcelo de Sousa, presidente da República em exercício, Cavaco Silva e Ramalho Eanes, dois ex-presidentes da mesma República, que recentemente vieram a público bater-lhe forte e feio. Não o fizeram por razões de cacaracá, o que só lhes ficaria mal, até porque sempre deram provas de se baterem por causas do mais alto interesse nacional, talvez com excepção de Marcelo de Sousa que, por tudo e por nada, opina sobre questões de lana caprina. As matérias tratadas por tão ilustres figuras são, de facto, altamente relevantes, porque estão intimamente ligadas à sobrevivência da Democracia e ao futuro da Nação. Foram pancadas certeiras e demolidoras que teriam provocado a imediata queda do primeiro-ministro, ou de alguém por ele, se houvesse vergonha e moralidade na política portuguesa. Tanto assim é que Marcelo de Sousa, a propósito da exoneração do Chefe de Estado-Maior da Armada, não se limitou aos palpites habituais. Puxou dos galões pela primeira vez e deu dois murros na mesa, o que fez com que António Costa de pronto metesse o rabo entre as pernas e arrepiasse caminho. Por sua vez, Ramalho Eanes, que em matérias do foro militar sabe bem do que fala e tem reconhecida autoridade, verberou, com o seu timbre peculiar, a mais que evidente tentativa de politização das Forças Armadas e mesmo a sua eventual partidarização o que, no seu avisado entendimento, poderia ser facilitada pela ambição e falta de carácter de alguns militares, como tão tristemente aconteceu no PREC, de mão memória. Já Cavaco Silva, por mais handicaps que lhe possam apontar, num extenso artigo publicado no Jornal Expresso limitou- -se a evidenciar preocupações partilhadas pelos economistas mais categorizados. Um discurso que ficaria melhor, é certo, na boca de Rui Rio, o principal líder da oposição que, lamentavelmente, continua a desaguar em mares que ainda nenhum navegador descobriu. Desgraçadamente, como bem se vê, a barca lusitana continua a navegar à vela e à vista do próximo naufrágio e os portugueses a sobreviver com o socialismo (q.b.), o circo e o pão recheado de impostos que o diabo do Regime amassou. Vale de Salgueiro, 21 de Outubro de 2021

SMALL IS BEAUTIFUL

“Small is beautiful” é o título de uma exposição patente, até 15 de janeiro de 2022, na rue de Turenne, em Paris, onde, em 900 m2, distribuídos por dois andares, vinte artistas internacionais apresentam 126 miniaturas e fotografias. Os organizadores retomaram um slogan que, no dealbar do último quartel do século XX, agitou as teorias de gestão e foi o “leitmotiv” dos gurus que anunciavam o fim da era dos grandes conglomerados. Era, aliás, uma prática recorrente nas restruturações a que as grandes empresas se viram obrigadas a fazer, para, na sequência da crise energética de 1973, racionalizarem os excessivos gastos fixos e exageradas despesas de estrutura. Passou a ser regra geral quase dogma, assistir ao desmembramento de todo e qualquer gigante industrial sempre que via a sua sustentabilidade ameaçada pela descida crescente da sua rentabilidade. A pesada e desmesurada estrutura era, num ápice, substituída por várias empresas pequenas, ágeis e muito flexíveis permitindo toda a espécie de alterações e inovações para garantir rapidez, personalização e adaptação rápida às flutuações do Mercado que começava, já nessa altura, a mostrar sinais de variabilidade, mudança e evolução. É verdade que o uso de plataformas digitais e o poder da internacionalização, voltaram a trazer, grandes empresas e gigantes económicos à escala mundial. Mas, trouxeram consigo os problemas graves conhecidos e que exigem soluções complexas e nem sempre eficazes. Mas ficou o conceito que, como muito bem viram os parisienses, se coaduna com o bom senso comum e a observação empírica da realidade em que nos movimentamos. Tudo quanto é pequeno tem o seu encanto e, principalmente, as suas virtudes. Porque, na maior parte das vezes, a acumulação de coisas boas não resulta num bem maior, bem, pelo contrário, traduz-se em algo mau e até mesmo perverso. Beber um copo, dois ou três de um bom vinho, sabe bem e é bom. Beber em demasia, por melhor que seja o néctar, causa desconforto e faz mal. Um medicamento sendo útil e eficaz, na dose certa, será mau e até fatal se exagerada a sua toma. É sabido que até o veneno, tomado em quantidades minúsculas não só é tolerado como acaba por induzir, no organismo, reações imunitárias. O mesmo se passa com algumas “soluções ambientais” de produção de energia. Aparecem por aí, projetos “verdes” que advogam instalações exageradas de painéis solares, que nos são apresentadas como excelentes porque o aproveitamento da energia do sol é bom e sustentável. Pois é, mas não em doses excessivas e concentradas. Essas, não podem ser amigas do ambiente pois a primeira coisa que fazem é... a descaracterização da paisagem, um dos melhores recursos que ainda nos resta. O aproveitamento da energia do sol, tal como a do vento, deve ser feito no respeito pela natureza pois só assim cumpre com rigor os princípios em nome dos quais se baseia para fazer valer a sua mais valia. A verdadeira solução foto-voltaica, para a nossa terra, não passa pela instalação de parques “industrializados” de painéis, para fornecimento de megawatts para a rede nacional mas pelo recurso de unidades individuais, instaladas em telhados ou pequenos anexos para consumo próprio. A produção global pode ser a mesma (ou até maior) mas a economia para cada um cresce e, sobretudo, preserva-se a paisagem. Mas essa é, obviamente, uma solução que exige competência, compreensão, dedicação e muito trabalho. Coisa a que muitos dos decisores políticos estão muito pouco habituados!

Um mundo maior do que imaginamos

Não me apetece ir pesquisar à Internet para vos explicar direito uma coisa de que me lembrei agora. A Teoria das Cordas, que, num resumo muito resumido e sem grandes precisão, acrescenta mais mundo ao nosso mundo, com mais dimensões e coisas assim. Isto entra ali algures no domínio da Física Quântica, que teima em dividir ainda mais as coisas pequenas e afirma que, é verdade, há muito mais para além daquilo que, de alguma maneira, conseguimos ver. Desculpem, caros leitores. Sou da área das Letras e acho que acabei de explicar o pouco que sei de forma demasiado lírica. Por isso, a conter incorrecções, encarem como poesia prosaica, uma definição abstracta da vida.  Isto para dizer que, se calhar, andamos a ver o mundo com palas. Provavelmente é isto o que acontece. Só que, como achamos sempre que nada nos escapa, lá ficamos, enganadinhos mas felizes, com a ideia que o mundo é só o que está à nossa frente.  Estamos a falar de um campo espiritual? Também, se quiserem. Mas, não era esse o objectivo. O que na verdade queria dizer é que podem acontecer coisas fantásticas todos os dias, a todas as horas. Só que, como não vemos o mundo todo, esses detalhes fogem-nos. Falando em mundo, sem fugir ao tema, mas de outro ângulo, a acreditar nas teorias (há teorias para tudo. Eu própria tenho várias), haverá a possibilidade de existirem mundos paralelos, onde nós também estamos. Uma versão de nós, estilo gémeo, sei lá. E nesses outros locais, temos experiências que aqui, neste «plano» escolhemos não ter. Se calhar foi confuso, mas está ligado, algures, à dita Quântica. Bom, então, quer dizer que temos a oportunidade de viver noutras realidades com o contrário das nossas decisões na, chamemos-lhe, vida real. Se escolhemos dizer «sim», algures saberemos como seria se tivéssemos dito «não». Isto não me conforta. Não poder ver o mundo todo, não o percepcionar totalmente e sabê-lo tão grande que só nos resta que seja partido. Porque simplesmente é tudo demasiado grande e complexo para ser absorvido num trago. E é angustiante viver com a clara noção que algo, em algum momento, me vai passar completamente ao lado. Porque, é assim mesmo, o mundo é tão complexo.  No outro dia, sentada nas muralhas de um castelo, a pensar, claro está, na vida, uma senhora cantava Rui Veloso, a plenos pulmões. Como que se estivesse num mundo à parte. “Mesmo sabendo que não gostavas... “. Talvez numa outra realidade estivesse a cantar death metal. Talvez outra fosse eu que estivesse a cantar. Talvez numa outra hipótese, nem existisse música, de todo.  Talvez o que nos reste seja viver e testar a realidade que temos, da melhor forma possível.

Fazer aguardente ainda é tradição nas nossas terras

Ter, 26/10/2021 - 09:23


É já no próximo domingo de madrugada que entramos no horário de Inverno, pois toca atrasar os relógios uma hora, o que faz com que lá para as cinco da tarde já seja noite. Em contrapartida amanhece mais cedo, o que vem mesmo a calhar para ir para o ginásio dos soutos a fazer flexões com os quadris na apanha da castanha. Agora o tempo já arrefeceu, as temperaturas baixaram e muita gente já tem a lenha em casa, para a fábrica da transformação de madeira em cinza, aquecendo assim o lar. Agora é a época dos marmelos, há que fazer a marmelada.

Como prevenir quedas no dia-a-dia

Quem está em risco de sofrer uma queda?
Existe um maior risco de queda se:
• Tiver mais de 65 anos;
• Caiu uma vez no último ano;
• Não costuma praticar atividade física;
• Toma vários medicamentos;
• Não vê bem;
• Desequilibra-se com alguma frequência.

Onde acontecem a maior parte das quedas?
A maior parte das quedas acontecem em casa. Por isso, é importante olhar à volta e analisar os principais obstáculos que podem originar quedas.

A ilusão do 5G

Ter, 26/10/2021 - 09:16


O que é afinal o famoso 5G?
 A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes tem vindo a reclamar que o projecto-piloto de instalação do 5G comece pela região. Os Autarcas reivindicam o mesmo, mas, talvez, devêssemos perceber o que é que nós queremos concretamente.