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Mogadouro perde em Matosinhos e prepara-se para o play-off de manutenção

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Ter, 06/02/2018 - 17:37


A formação treinada por Artur Pereira não foi feliz na deslocação a Matosinhos na jornada 17, penúltima, da fase regular da série B do Campeonato Nacional da 2ª Divisão de Futsal.

Pioneiros de Bragança e Santo Cristo na final do play-off do distrital de futsal feminino

Ter, 06/02/2018 - 17:34


A formação brigantina venceu, no sábado, o Futsal Mirandela por 3-7 no segundo jogo das meias-finais, depois do 5-0 conseguido no primeiro encontro.
Ana Sabina, que bisou, Nady, que também apontou dois golos, Soares, Patrícia e Pietra marcaram para os Pioneiros de Bragança.

Raul Ferreira homenageado pela Federação de Motociclismo de Portugal

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Ter, 06/02/2018 - 17:32


Foi com surpresa que Raul Ferreira recebeu o Diploma de Mérito do Motociclista. O impulsionador do motocross no distrito de Bragança foi distinguido, no sábado, na Gala dos Campeões 2017 da Federação de Motociclismo de Portugal, realizada no Casino do Estoril.

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Antes de se dirigir ao Centro de  Saúde,  ligue  primeiro  para  o SNS 24, através do  número  808  24  24  24.

No alto do cabeço a Sr.ª da Cabeça

Ter, 06/02/2018 - 10:37


Olá familiazinha!
Aí está o mês mais pequerruchinho do ano. Os dias começam a aumentar a olhos vistos e celebra-se a luz que cresce, pois como diz o povo “em Fevereiro entra o sol em qualquer ribeiro”. No dia 2 de Fevereiro festejou-se a N.ª Sr.ª das Candeias, da Luz, da Candelária, da Purificação ou ainda N.ª Sr.ª da Cabeça, como é chamada aqui bem perto de nós, na aldeia de Nogueira. “Se na Senhora das Candeias estiver a rir, está o Inverno para vir; se estiver a chorar está o Inverno a passar”, ou seja, como este ano esteve um dia de sol, é sinal que o Inverno ainda está para durar.
Foram alguns os tios que me recordaram que fez dois anos, no passado dia 1 de Fevereiro, que fui operado às cordas vocais e mudei a minha voz, com a bênção de S. Brás, advogado da garganta, que se festejou no dia 3.
Os tios e tias do mundo agrícola têm-me dito que andam na poda e plantação de árvores de fruto e também a semear
couves para transplantar. No sábado, dia 3, fizeram as bodas matrimoniais os tios Francisco e Helena Pinto, da Ermida.
Na última semana festejaram o seu aniversário o tio Pedro (67), da Vila Chã da Braciosa (Miranda do Douro), o tio Ramiro (78), de Mourão (Vila Flor), a tia Julieta (82), de Suçães (Mirandela), a tia Bernardete (83), de Vila Nova (Bragança) e a Ana Rita (28), de Bragança. Bem hajam por festejar a vida connosco e que o João André vos volte a cantar os parabéns para o ano. E agora vamos ao alto do cabeço, à Senhora da Cabeça.

NÓS, TRASMONTANOS, SEFARDITAS E MARRANOS - José Nunes (n. Freixo Espada à Cinta, 1696)

Nasceu em Freixo de Espada à Cinta pelo ano de 1696, no seio de uma família cristã-nova com largo historial na inquisição que, poucos anos antes, tinha queimado uma sua tia materna, chamada Marquesa da Fonseca. (1) Francisco Nunes era o nome do seu pai, que tinha a profissão de torcedor de sedas. Faleceu antes que o filho completasse 14 anos, altura em que este seria iniciado na lei de Moisés por sua mãe, Filipa da Fonseca, a qual era originária de Trancoso e tinha 16 anos quando, em 1667, se apresentou na inquisição de Coimbra, onde confessou suas culpas, posto o que foi mandada de regresso a casa. Passados 17 anos, em 1684, morando em Freixo e sendo já casada, foi presa pelo mesmo tribunal, saindo penitenciada em cárcere e hábito perpétuo, no ano seguinte. (2) Em Abril de 1735 os inquisidores de Coimbra decretaram que fosse novamente presa. Tal não aconteceu porque Filipa era já falecida.
Chegado à idade adulta, certamente por viver em permanente constrangimento, apontado como judeu e filho de judeus, José Nunes abandonou Freixo de Espada à Cinta e, depois de estar cerca de um ano em Murça de Panoias, dirigiu-se para a cidade do Porto e dali embarcou para o Brasil. Foi ter ao Ribeirão do Carmo, região da Baía, onde as minas de ouro, recentemente descobertas, exerciam forte atração. Não foi nas minas que ele começou a trabalhar, mas como caixeiro de seu parente Francisco Ferreira Isidro. (3)
Com a prisão de F. Isidro, em 1726, o caixeiro mudaria de ofício, metendo-se também na aventura da exploração mineira. E Talvez por chegar a notícia da descoberta de diamantes nas minas de Cerro Frio, para lá se dirigiu o nosso Freixenista que, no “arraial” mineiro, adquiriu uma casa bastante boa, a julgar pelo preço de compra – 166 400 réis. Comprou também dois escravos (um macho e uma fêmea), por 480 000 réis. Não sabemos quem lhe vendeu os escravos mas ele dá-nos notícia de um homem, originário de Vila Nova de Foz Côa, com familiares em Freixo de Espada à Cinta que, naquela região do Brasil era “tratante de negros” – Francisco Fernandes Camacho. (4)
E estes, casa e escravos, eram os bens que ele tinha quando o prenderam e arrolaram suas pertenças. (5) Curioso que não tinha ouro nem diamantes mas tinha uma razoável dívida para com Rodrigo Nunes – 500 oitavas de ouro! E perguntado sobre a sua profissão, dizia-se “vendeiro”.
José Nunes foi preso em outubro de 1733, ficando no Rio de Janeiro a aguardar embarcação para Lisboa, onde chegou ao findar do mês de agosto do ano seguinte.
Metido na cadeia, logo entrou de confessar que fora doutrinado por sua mãe e que, embora se apresentasse publicamente como cristão, ele seguia os preceitos da lei de Moisés sempre que podia. E logo acertou nas pessoas que o tinham denunciado e que foram: Francisco Gabriel Ferreira e Leonor de Campos Currales. (6) Não acertou em sua tia, Filipa Mendes, o que foi desculpado pelos inquisidores do modo seguinte:
- A diminuição de sua tia Filipa Mendes (é compreensível) porque, conferidas e examinadas as genealogias, consta não ser sua tia direita, se pode presumir esquecimento, e principalmente no réu que não ocultou os parentes mais chegados.
Na verdade, no processo de José foi também incluída a genealogia da mesma tia. E se foram compreensivos nesta “diminuição”, a verdade é que ele denunciou muitas pessoas que com ele se tinham declarado judeus e feito cerimónias judaicas, “pessoas conjuntas e não conjuntas e com muitas das quais não estava indiciado”- como os inquisidores também anotaram.
Na lista dos denunciados por José Nunes contou-se a sua irmã, Ana Nunes e o marido desta, Manuel Soares, Baeta, de alcunha. Estes haviam sido presos pelo santo ofício de Coimbra em Junho de 1725. Manuel faleceu mesmo nos cárceres da inquisição, em 30.5.1726 e Ana saiu penitenciada no auto público da fé celebrado um mês depois. (7)
À data da prisão, o casal tinha dois filhos, chamados, respetivamente, Francisco e José Soares, que ficariam “ao Deus dará” pois que, com a prisão dos pais e o sequestro dos bens, a casa de morada foi cerrada e selada. Não sabemos que idade tinha então o Francisco, que seria o filho varão mais velho. E dele nada mais sabemos, a não ser que, em 1734, era já falecido e que falecera em Amesterdão, onde viveu como judeu e com o nome hebreu de David. O José, por seu turno, contaria uns 6 anos e podemos seguir o seu percurso de vida até aos 20 anos.
Por agora acompanhemos Ana Nunes no regresso a Freixo de Espada à Cinta, depois que saiu da prisão de Coimbra. Vendo-se viúva e sem eira nem beira, pegou no(s) filho(s) e abandonou o país, refugiando-se em Londres. Ali, ela aderiu abertamente ao judaísmo, tomando o nome de hebreu de Sara. E tratou de dar uma educação judaica ao(s) filho(s). Assim, sabemos que o José foi circuncidado, com o nome judeu de Daniel, e passou a frequentar a sinagoga e a aprender a lei de Moisés.
Na Inglaterra permaneceram por 5 anos. Dirigiram-se depois para França, instalando-se na cidade de Bordéus. Ali viveram 3 anos e Sara casou segunda vez com um judeu público chamado David. Nessa ocasião, Daniel Soares decidiu-se a procurar vida noutras paragens, dirigindo-se para a cidade Amesterdão.
Da vida de José Soares na grande metrópole holandesa, durante 3 anos e meio pouco sabemos. Porventura não conseguiria integrar-se plenamente na “nação hebreia” e encontrou inesperado apoio em uma mulher católica e no frade agostiniano que ali conheceu, chamado frei Joaquim Sarmento. Este o terá convencido a regressar à religião católica em que foi batizado. E os dois resolveram abandonar a Holanda e meter-se a caminho de Lisboa, onde chegaram dias antes do Natal de 1739.
Nessa mesma noite José Soares foi apresentar-se no tribunal da inquisição onde contou a sua vida de judeu, que fora batizado em Freixo de Espada à Cinta e cresceu e foi educado como cristão até à idade de 6 anos; que depois fora instruído pelos mestres judeus e como judeu frequentava as sinagogas, em Londres, Bordéus e Amesterdão. Dizia-se inspirado pelo Espírito Santo, pedia perdão de suas culpas e prometia ser bom cristão. (8)

Notas:
1-ANTT, inq. Coimbra, pº 7885, de Marquesa da Fonseca. Anos antes haviam sido processadas a mãe e a irmã desta, chamadas respetivamente Beatriz da Fonseca e Maria da Fonseca.
2-ANTT, inq. Coimbra, pº 4511, de Filipa Fonseca.
3-ANDRADE e GUIMARÂES, jornal Nordeste nº 1087, de 12.9.2017.
4-Francisco Fernandes Camacho era natural de Fozcôa, casado com Luísa Maria Pereira, de Mogadouro. O casal morou muitos anos no Brasil, onde lhe nasceram 4 filhas e um filho. Começando a inquisição a prender pessoas das suas relações, mandou a mulher e os filhos regressar ao reino e a Vila Nova de Fozcôa, onde sua mulher foi presa, acabando queimada pela inquisição de Coimbra. Sabendo-se denunciado e pressentindo que seria também preso, embarcou para o reino. Chegado aos Açores, foi apresentar-se ao bispo de Angra, dizendo que vinha do Brasil apresentar-se na inquisição de Lisboa mas que se encontrava doente e ficaria nos Açores até se curar. Trazia, inclusivamente, um papel escrito onde contava tudo isso, pedindo ao Bispo que o enviasse para o tribunal de Lisboa. Ele, porém, em vez de rumar a Lisboa, tomaria um barco, fugindo para a Inglaterra. Tempos depois mandou ordem para que os filhos fossem ter com ele. Com esse objetivo, apanharam um batel na Ribeira de Lisboa e dirigiam-se para um barco fundeado ao largo do Tejo. Não embarcaram porque se levantou uma tempestade e o batel voltou para terra. A história foi contada por Francisca Lopes, uma das filhas de Francisco Fernandes Camacho, que foi depois apresentar-se na inquisição de Lisboa. – ANTT, inq. Lisboa, pº 3784, de Francisca Lopes.
5-ANTT, inq. Lisboa, pº 430, José Nunes.
6-Leonor Campos Currales foi presa juntamente com 3 irmãs: Maria, Mariana e Violante. Processada também na mesma altura foi sua cunhada, Ana Henriques, natural de Ventozelo, mulher de seu irmão Diogo Campos Currales. Eram filhos de Diogo Currales, cirurgião, originário de Castela e de Maria de Campos, natural de Foz Côa. O sobrenome “Currales” tê-lo-ão tomado da terra da naturalidade do seu pai.
7-IDEM, pº 6131, de Ana Nunes; pº 9671, de Manuel Soares, o Baeta.
8-IDEM, inq. Lisboa, pº 8020, de José (Daniel) Soares.

ESTOU CERTO OU ESTOU ERRADO?

Na novela “Roque Santeiro” da segunda metado dos anos oitenta do século passado, Sinhozinho Malta, interpretado por Lima Duarte, tinha um bordão que ficou célebre: com um pequeno abanão, puxava o relógio e algumas pulseiras de ouro para o pulso que erguia, agitando os adereços perguntava enfaticamente – Estou certo ou estou errado? Embora a resposta induzida e por ele esperada fosse obviamente de concordância, o certo é que, precisamente, na maioria dos casos a resposta correcta e fundamentada deveria ser: – Está errado!
Assim acontece tantas vezes não só porque a simples resposta pode ser redutora como ainda porque, muitas vezes, a análise detalhada dos componentes que a enformam pode, com alguma facilidade, induzir precisamente o caminho oposto. Enquanto que o certo traduz uma situação de total conformidade já o errado pode encerrar vários graus de divergência pelo que a sua simples evocação ou aplicação não evidencia os vários graus de divergência com distâncias distintas à solução acertada. Se não vejamos. Se for pedido a alguém que soletre a “chave” e a resposta for c-h-a-v-e será obviamente classificada como estando certa. Qualquer outra resposta estará errada. Não só a resposta d-i-b-x-f como e-j-c-y-g e também x-a-b-e. Contudo o erro não é, seguramente, o mesmo pois apesar de estar errada esta última parece mais próxima da resposta verdadeira. Porque a fonética das duas palavras “chave” e “xabe” são muito parecidas, podendo inclusivé ser facilmente confundidas ao ouvi-las. E, contudo, numa ótica de mera codificação, qualquer uma das outras facilmente se converte na solução esperada já que no primeiro caso basta procurar, para cada letra, a letra anterior no alfabeto e no segundo a segunda letra anterior. De qualquer forma apenas uma resposta é verdadeira e todas as restantes são falsas.
Vejamos agora uma pequena história onde se pode igualmente procurar algum ensinamento adicional sobre este mesmo tema.
O Presidente da Câmara, nesse dia, resolveu ir visitar as obras municipais e fez-se acompanhar do vice e de dois estagiários que o IEFP tinha colocado no município. Um deles deveria ser selecionado para integrar o quadro no departamento de Obras e Projetos. Fizeram uma paragem na Praça Central onde se ultimavam os trabalho da nova torre. – Agora só falta colocar, no topo, um pára-raios que servirá de antena. É preciso encomendá-la. – Pois. Mas é preciso determinar o seu tamanho. – Ah, isso é fácil. A distância da ponta ao solo tem de ser oito metros. Basta subtrair a esse valor o da altura atual da torre. Algum dos dois estagiários me saberá dizer quanto é é que mede?
Foi tomar um café com o vice e, no regresso indagou junto dos dois jovens qual a opinião deles sobre a real dimensão da torre. – Sete metros – diz um deles, o Manuel – mais ou menos! – Seis metros e oitenta – diz o outro, o João.
De volta aos Paços do Concelho perguntou ao vice: – Então o que achas? – O João acertou em cheio! – Pois acertou, mas quem fica com o lugar é o Manuel.
E com razão. Efetivamente o valor correto é o apontado pelo João que o obteve, do projetista da Câmara de quem é amigo e a quem perguntou por SMS. O Presidente observou isso sentado na esplanada e também viu que o número avançado pelo Manuel resultou da medida da sombra da torre, medida em passos e que depois comparou com a sua própria sombra. Não estando certo estava seguro de que o valor teria aquela ordem de grandeza e que se fosse necessário chegaria, pelos seus próprios meios ao valor exato se tivesse acesso aos meios de medida adequados.
Neste caso especial, andou bem o autarca!

O direito à Saúde

Atento dentro do possível ao que se passa no palco da política nacional, de vez em quando, muito raro infelizmente, lá se ouve ou assiste a um gesto digno de reparo ou até mesmo merecedor de sincero aplauso. Refiro-me em concreto, ao caso recente do nosso ministro da saúde, Adalberto Campos Fernandes, que durante a abertura de uma reunião a que presidia, despiu as vestes de membro do Governo para envergar a roupagem simples de cidadão atento, isento e com invulgar desassombro, agradeceu a coragem de José Carlos Saldanha que em 2015, interrompeu uma sessão da comissão parlamentar de saúde para exigir do então ministro da saúde, Paulo Macedo, o tratamento que poria fim ao seu angustiado martírio e triste destino por ser portador do vírus da hepatite C, e em consequência estar sem perspectiva de cura. Foi um episódio marcante e emocionante que estou certo entrou em casa e no coração dos portugueses, mas que no momento deixou o ministro encurralado e sem fala, pois se bem me recordo não tugiu, nem mugiu!
O certo, é que a sua corajosa interrupção de trabalhos da comissão parlamentar de saúde, fez mossa e passados alguns dias após demoradas e complexas conversações com o competente representante de entidade farmacêutica produtora do milagroso remédio, onde pontuou com acerto e inteligência o presidente do Infarmed, Dr. Eurico Castro Alves, o tratamento estava autorizado. No final, foram 3.500 portugueses que se libertaram de um pesadelo e contas feitas, o país a poupar mais alguns milhões de euros e a cumprir o seu dever legal e moral de defender e prestar os cuidados de saúde às suas populações.
São exemplos desta natureza que não podem ficar esquecidos no tempo, revestem-se de uma pedagogia que a todos deve chegar e afinal, mostrar como perante momentos críticos e difíceis, os homens reagem  distintamente, o que os leva a ocupar diferentes lugares na história.