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“Tem sido um trabalho realizado com muitos sacrifícios”

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Ter, 05/06/2018 - 12:16


A pequena aldeia de São Pedro de Vale do Conde, no concelho de Mirandela, tem pouco mais de meia centena de habitantes mas o futebol tem colocado a localidade no centro das atenções no que diz respeito ao futebol formação.

Os caminhos de Fátima, um desafio para o território

No início do século XX desenrolaram-se na localidade de Fátima uma série de acontecimentos únicos, com difusão mundial, que transformaram o local num ponto de visita obrigatório, sendo, atualmente, um dos maiores e mais importantes centros de peregrinação mariana do mundo. Entre os acontecimentos, destaca-se o fenómeno das Aparições de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, aos três Pastorinhos, (Lúcia, Francisco e Jacinta), incrementando o fervor religioso do povo português. Esta maravilha, contribuiu para que os portugueses encontrassem na Virgem de Fátima respostas às diferentes inquietações, tornando o seu culto o mais emblemático a nível nacional, ocorrendo, ao Santuário, milhares de peregrinos com o objetivo de cumprir promessas, acompanhar familiares e amigos ou somente para viver a experiência. Entre os peregrinos, destacam-se os que partem da diocese Bragança-Miranda, percorrendo o itinerário mais longo do país, com cerca de 369 km, por estradas alcatroadas e muito utilizadas por veículos motorizados, manifestando a fé, esforço e devoção. O Anuário Católico revelou que, no ano de 2014, 99,3% da população desta diocese afirmou ser católica, pese embora, a nível nacional se tenha verificado uma diminuição de 7,4 pontos percentuais, passando de 86,9% da população para 79,5%, entre os anos de 1999 a 2011, segundo indica o estudo "Identidades religiosas em Portugal, representações, valores e práticas” conduzido pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião e pelo Centro de Estudos de Religião e Culturas da Universidade Católica Portuguesa.  Para além da elevada percentagem de católicos, na Diocese de Bragança-Miranda existe um expressivo património religioso e um conjunto muito significativo de 49 santuários marianos, predominando nos setores norte e oeste, distribuídos da seguinte forma: oito no concelho de Vila Flor; sete no concelho de Bragança; seis em Mirandela; cinco no concelho de Alfândega da Fé e Carrazeda de Ansiães, respetivamente; quatro no concelho de Vinhais; três nos concelhos de Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro e Mogadouro, respetivamente; dois no concelho de  Torre de Moncorvo e de Vimioso e  um no concelho de Freixo de Espada à Cinta-

Com património e peregrinos, a região necessita da criação de uma rota estruturada, onde se caminhe em segurança e sem o ruído dos automóveis, que ligue Trás-os-Montes a Fátima, servindo de alternativa ao atual caminho. Este traçado poderá assumir uma dupla dimensão, sendo percorrido não só por peregrinos, mas também por pedestrianistas, autónomos e/ou grupos organizados, que decidam visitar a região, proporcionando mais segurança e, simultaneamente, dar a conhecer as manifestações da identidade, do saber e da história do povo transmontano.

Os trabalhos académicos promovidos pela Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (EsACT-IPB), têm estudado o perfil de peregrino da diocese Bragança-Miranda, revelando-se cada vez mais exigente e informado. Nesta senda, é imprescindível um novo traçado que agregue valores e recursos, oferecendo serviços e produtos diferenciadores, promovendo o território e fomentado o desenvolvimento económico para a consolidação do Turismo Religioso, na região e em Portugal. Para que tal aconteça, é fundamental um diálogo de vontades entre todos os intervenientes institucionais, conjugando esforços e parcerias, contando com o apoio da EsACT-IPB para o sucesso deste projeto.

 

Aida Carvalho |Docente. Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo

Betina Teixeira | Mestre em Marketing Turístico.  Município de Mirandela 

Maria Gouveia | Geógrafa. Município de Mirandela 

NO RESCALDO DO CONGRESSO da Associação Nacional de Assembleias Municipais

Ainda não foi desta que S.Ex-ª o senhor Presidente da Republica deu oportunidade aos dirigentes da Associação Nacional das Assembleias Municipais, ANAM, para de voz viva e corpo presente apresentarem cumprimentos., como ainda é boa pratica de gente educada, e explicar que razões presidiram à criação de mais uma associação que algumas vozes maldizentes afirmam a pés juntos não ser necessária e que tendo em conta e respeito as dificuldades do país devíamos ter mais cuidado e não malbaratar o nosso dinheirinho!

É certo que Sua excelência até enviou uma mensagem para ser lida na  abertura do congresso que a conventual cidade de Mafra acolheu no passado dia 19 de Maio e reuniu bem mais de uma centena de presidentes de assembleias municipais, número que parece ser suficiente para adquirir o importante estatuto de parceiro social. Como é seu timbre, a mensagem era simpática, longa e inteligente pois reconhecia o papel importante das assembleias, identificava-se com os demais presidentes e, aqui sim, deixando um desafio aos participantes aos quais atribuía uma  acção pioneira, colocava as assembleias municipais no lugar cimeiro da democracia local donde têm estado deslocadas,

Mas se era necessário e urgente dar a conhecer o diálogo que faltava entre esta ainda jovem associação e o mais alto magistrado da nação, uma vez que nunca foram recebidos, mais exigente se torna perceber que razões misteriosas impedem a comunicação social portuguesa de informar a população, como é seu nobre dever, sobre o que são e para que servem as assembleias municipais, órgãos autárquicos que a nossa constituição criou e anunciou como os mais representativos dos munícipes e que decorridos quarenta e dois anos de vida democrática, continuam secundarizadas e até objecto de alguma atrevida ironia por parte dos nossos eleitos.

Trata-se de facto, duma não surpreendente mas real iliteracia autárquica de quem só se interessa por questões relacionadas com o poder, subestimando perigosamente a riqueza pedagógica do debate e a responsabilidade politica de deliberações sobre matérias vitais a cada concelho.

Estamos convencidos que a intervenção activa e efectiva desta estrutura associativa representante das demais assembleias municipais, muito irá enriquecer o debate democrático e não beliscará em nada o papel igualmente importante da Associação Nacional dos municípios Portugueses, ANMP, desempenhou até ao presente.

 Ao invés, com os olhos postos no que a Constituição da Republica regista e recomenda, ambas contribuirão, agora sim, para uma vivencia democrática do Poder Local, rica, activa e tolerante bem de acordo com um país que soube recuperar a dignidade da convivência pacifica e tudo leva  a crer enfrentará o futuro levando consigo a confiança de todos.

É neste cenário e com estes actores dedicados e patriotas, que eu espero ver concretizada a curto prazo a tão anunciada descentralização, uma medida histórica que ponha fim a um centralismo secular e injusto e que doravante o país real que ainda se confronta com listas de espera nos hospitais e acessos rodoviários antiquados, possa finalmente governar-se a si próprio, ou seja, resolver localmente os problemas que lhe estão próximos e lhe dizem respeito.

José Manuel Pavão, ex-presidente da ANAM