O título deste artigo corresponde ao Jornal Nordeste, de 19 de Julho. Surpreendeu a algumas pessoas e parece ser que indignou a outras.
Opinião
Então a carnificina recomeçou? Matam, mutilam, fazem-se explodir, fazem-se assassinar, e nós, pouco depois, convocados frente aos nossos televisores para apreciar a dimensão da desgraça, o balanço dos crimes.
Esverdeadas, colubriformes, masjestosas, nadavam, normalmente em águas pouco agitadas. Tempos houve em que as enguias apareciam entre as demais espécies piscícolas que habitavam os cursos de água nordestinos. Com a construção das barragens no Douro Nacional acabaram-se. Já não há enguias.
A expressão título desta crónica estival ganhou espaço instalando-se nos miméticos vocabulários ditos chiques dos comentaristas bebedores de piadas servidas nas televisões estrangeiras.
Era com certeza um dos mais endinheirados homens de Bragança, a avaliar pelos “feitores”, “servos e criados”, “moços e moças” que tinha ao seu serviço. Em sua casa havia sempre 2 mesas e panelas diferenciadas de comida.
A Europa está sob uma pressão enorme e implacável. Os últimos tempos têm sido terríveis, repletos de vivências inimagináveis e de incontroláveis atitudes por parte de quem não tem qualquer noção sobre o valor da vida humana.
Dizem os sábios das nossas terras que as memórias mais antigas vão sendo recordadas com o decorrer dos anos. É mesmo assim. O meu avô Tatá, conhecido por todos, especialmente por todos quantos frequentavam há décadas atrás, o café Mira, teve uma vida saudável durante os seus 100 anos.
Conversa telefónica de ocasião, conduziu-nos a uma escritora que muito admiramos, mas para tanto livro e tão pouca vida, não nos temos dedicado à sua produção literária.
Esta crónica não faz mal a uma mosca. Também não resolve coisa nenhuma, nem eu pretendo nada disso. Quando muito ficarei contente se ela merecer a consideração de quem a ler.
Estou sempre de regresso ao Nordeste onde é possível escrever como quem come pão centeio, bebe do vinho da pipa e embebeda-se com a água do ribeiro a regurgitar de peixes avaros dos mistérios dos poços fundos.
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