João Saraiva já olha para o futuro e para o regresso do Macedo ao Campeonato de Portugal na próxima temporada

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Ter, 10/05/2022 - 14:55


No Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros o tempo é de reflexão depois de confirmada a descida ao distrital. Mas, o presidente não quer ficar a lamentar a não concretização do objectivo. João Saraiva já tem os olhos postos no futuro que passa pelo regresso ao Campeonato de Portugal.

 

- João Saraiva o objectivo não foi conseguido, que era a manutenção no Campeonato de Portugal. Este regresso aos nacionais, dez anos depois da última participação, foi mais difícil do que o esperado?

Sabíamos das dificuldades que é regressar a um Campeonato de Portugal muito competitivo. Ficámos numa série B extremamente competitiva, com equipas com orçamentos muito superiores ao nosso e mais habituadas a estes patamares, como Paredes, São Martinho, Tirsense e Amarante. É futebol. Por um ponto se ganha e por um ponto se perde. Entrámos sempre em todos os jogos de forma séria e com vontade de vencer de forma a atingir o nosso objectivo que era mantermo-nos no nacional.

 

- Essa questão dos orçamentos acaba por pesar para equipas como o Macedo e isso reflecte-se no panorama que já vamos ter na próxima época? Por exemplo do distrito de Bragança apenas um clube vai competir no Campeonato de Portugal, o GDB …..

O ideal para Trás-os-Montes era o Chaves estar na 1ª Liga na próxima época, o Montalegre, felizmente, e desde já os meus parabéns, conseguiu a manutenção na Liga 3, o Pedras Salgadas vai ficar no Campeonato de Portugal, o Bragança subiu ao Campeonato de Portugal, o Mirandela e o Macedo se tivessem conseguido a manutenção veja bem a quantidade de equipas transmontanas que iam competir no nacional na próxima época. Quem anda no futebol sabe as dificuldades que há para conseguir combater as equipas do litoral que têm outros orçamentos e outro peso.

 

- Olhando de uma forma global para a época que findou o que falhou para o Macedo não ter conseguido garantir a manutenção?

Temos que fazer uma reflexão interna e culpar-nos a nós próprios. É uma realidade, uma equipa que ganha apenas dois jogos em casa numa época inteira dificilmente consegue alcançar algum objectivo. Já ando há alguns anos no futebol e se uma equipa consegue ganhar os jogos em casa o que que vier à rede fora de casa é peixe, salvo seja. Agora há que fazer uma reflexão interna, há que ver o que esteve bem e menos bem. Também houve coisas positivas, o facto de termos regressado ao nacional foi positivo, mas claro que estamos tristes por não ter conseguido o objectivo que era difícil mas estava ao nosso alcance.

 

- De que forma este regresso ao nacional, apesar da descida ao distrital, pode preparar o Macedo para o futuro para voltar ao Campeonato de Portugal? Na próxima época vão apostar para subir?

Não vamos apostar para subir, vamos fazer tudo para subir. Isso de apostar não o posso, para já, afirmar. Vamos ter que reunir com toda a direcção, com as entidades competentes e patrocinadores para perceber de facto qual é o orçamento e o contexto que teremos para atacar uma subida. Agora, a ambição e a vontade têm que estar lá. Agora, não podemos, e usando uma expressão muito transmontana, colocar a carroça à frente dos bois. O Clube Atlético sempre foi um clube equilibrado e que sempre cumpriu os seus compromissos. Agora já estamos a preparar a próxima época.

 

- Com esta descida ao distrital advinha-se, com certeza uma autêntica revolução no plantel. Apesar da época menos conseguida em termos de resultados há jogadores com mercado …

Esse é outros dos problemas para as equipas do interior. Criar estruturas, bases é difícil e este sobe e desce não ajuda. Vamos ter que reformular o plantel mediante a nossa realidade. E sim há jogadores que têm mercado. Mas tudo vamos fazer para que aqueles que a equipa técnica queira fiquem connosco, mas sabemos que não será fácil pois de certeza que tem mercado nos patamares nacionais.

 

- O técnico, José Carlos Afonso, vai renovar?

Não sabemos. Mas há fortes indícios que isso venha acontecer. Deixe-me aproveitar para deixar um agradecimento aos nossos adeptos. Tivemos, de facto, nos últimos jogos um apoio incansável de todos os macedenses, especialmente da nossa claque a UR12 que se juntou a nós, mas infelizmente não conseguimos o objectivo.