“Vamos ter que ser uma equipa forte defensivamente, compacta e com alma transmontana”

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Qua, 08/01/2020 - 16:00


André David já trabalha no Grupo Desportivo de Bragança, depois de ter rescindido, esta terça-feira com o S.C. Vila Real. O treinador, que sucede a Frederico Ricardo, está de regresso a uma casa que bem conhece e onde foi “feliz”, como fez questão de frisar em entrevista ao Nordeste. André David quer tirar o Bragança o mais rápido possível da zona de despromoção e garante um plantel “com alma transmontana”.
André David faz-se acompanhar na equipa técnica por Cláudio Costa (técnico-adjunto) e Hélder Esculcas (treinador de guarda-redes).

 

- André David como se sente ao regressar a uma casa que conhece bem?

É um regresso a um sítio onde já fui feliz, onde gostam de mim e onde toda a gente tem um carinho especial por mim e eu tenho. Eu tenho uma grande admiração pelo clube, pela cidade e pelas pessoas de Bragança.

 

- No S.C. Vila Real estava apenas há seis jornadas. O que pesou na sua decisão de rescindir com o Vila Real e aceitar a proposta do Bragança?

Pesou o facto de eu ter bem claro com a direcção que a partir do momento em que o meu trabalho não estivesse a ter os efeitos necessários em termos de classificação eu sairia. Ao mesmo tempo que isso foi acontecendo, apensar da vitória na última jornada, apareceu a proposta do Bragança que me levou a ponderar e a tomar uma decisão. Acredito que foi a decisão certa. Agora, o Vila Real está para trás e vai fazer o seu caminho e nós vamos fazer o nosso.

 

- Chega ao GDB com a equipa na zona de despromoção, no 15º lugar, como encontrou o grupo? Qual é o ambiente?

Quando se perde nunca é positivo. No entanto, quando chega uma equipa técnica nova acaba por trazer sensações diferentes. O que nós queremos, rapidamente, é passar energias positivas e a força que trazemos para galvanizar o grupo e passar também confiança aos adeptos.

 

- Pode dizer-se que esta é uma tarefa difícil …

Sim. Mas, todas as equipas que a partir de agora vão jogar com o Bragança vão ter uma tarefa bastante difícil. Para pontuar com o Bragança as outras equipas vão ter que jogar mais que nós, vão ter que ser mais fortes e mais organizados. Temos pouco tempo de trabalho e vamos procurar atalhar o quanto baste para que a equipa comece a não sofrer golos, a ser uma equipa sólida defensivamente, uma equipa mais concretizadora no ataque, mas, essencialmente, dar alguma tranquilidade ao grupo. Vamos pegar no que está bem feito, optimizar o que está bem feito e vamos ter que ser uma equipa forte defensivamente, compacta e com alma transmontana.

 

- O Bragança perdeu três jogadores, os médios Rodrigo e Ousmane e o avançado Suare. Vão chegar reforços para o meio campo e para o ataque?

Sim. Vamos avaliar em concreto o que temos. Já percebemos, de certa forma, algumas lacunas que temos e vamos procurar acrescentar qualidade e maturidade.

 

- Já estão identificados esses jogadores?

Sim. Temos alguns jogadores referenciados.

 

- Vão chegar ainda esta semana ou depois do jogo com o São Martinho?

Vamos ver se conseguimos fechar os dossiers dos nomes que estão referenciados.

 

- Em relação a à próxima jornada o que se pode esperar do jogo com o São Martinho?

Já analisamos algumas coisas. As equipas do Agostinho Bento, neste caso o São Martinho, são equipas muito difíceis, muito pragmáticas, agressivas e competitivas. A nossa missão é conseguir quebrar esse bloco montado pelo Sã Martinho.

 

- O que pode prometer aos adeptos?

Queremos entrar com o pé direito neste primeiro jogo da minha equipa técnica em casa. Estamos a trabalhar para vencer. Se tivermos o apoio que me lembro de ter tido sempre em Bragança vamos ficar mais perto da vitória. Espero que os adeptos compareçam em massa, que tragam energias positivas para passar à equipa e para que esta os brinde com uma vitória.