Donai cada vez mais perto

No entanto, a chegada de novos residentes às zonas limítrofes da freguesia parece contrariar esta tendência, uma vez que se regista grande procura de terrenos para construção por parte de pessoas que não têm nenhuma ligação à localidade.
Contudo, os habitantes mais antigos notam o envelhecimento e perda da população. “A vinda de novos moradores para a Estrada de Donai não aumentou o movimento aqui na aldeia”, sublinhou Salomé Monteiro, que reside na sede da frguesia.
Além da sua beleza natural, da qual faz parte uma vista única sobre Bragança, contraposta com paisagens típicas do PNM, Donai orgulha-se da sua herança arqueológica, que remonta a épocas pré e proto-históricas. A Mamoa de Donai, que as gentes mais antigas também conhecem por Tumbeirinho, é um exemplo desses tempos antigos. Trata-se de um monumento megalítico que terá proporcionado diverso material lítico, como machados, facas e um percurtor, que estarão depositados, ao que se supõe, num museu em Guimarães.

Donai é herdeira de vestígios arqueológicos de épocas pré e proto-históricas e terá albergado dois povoados da Idade do Ferro

Apesar de ter sido classificado de Imóvel de Interesse Público pelo Instituto Português do Património Arquitectónico, a Mamoa de Donai, situada no lugar da Devesa, a 500 metros da povoação, foi destruída há alguns anos.
A par dos objectos, as designações toponímicas de Sagrado e Devesa também indicam a existência de dois antigos povoados da Idade do Ferro. Já a denominação de Sabariz sugere uma origem alti-medieval, das épocas sueva-visigótica ou Reconquista.
A aldeia anexa de Vila Nova também acolheu, em tempos, uma extinta freguesia, que remonta à época medieval e invocada a São Jorge.
Os curiosos podem, ainda, conhecer a Igreja Matriz de Donai, a Capela de São Sebastião, a antiga Igreja Paroquial de Vila Nova e Lagomar, bem como cruzeiros, fontes romanas e moinhos.