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Orçamento de Macedo cresce 6 milhões de euros

Ter, 07/01/2020 - 11:51


Macedo de Cavaleiros vai ter mais 6 milhões de euros disponíveis no orçamento para o ano de 2020, em relação ao ano anterior.

A Assembleia Municipal aprovou o documento que prevê uma verba global de 27,9 milhões de euros. Segundo o presidente do município o orçamento tem como grande alicerce o “desenvolvimento económico”. Benjamim Rodrigues acrescenta que as freguesias terão “o maior investimento de sempre”, num valor acima de um milhão de euros. São ainda contempladas várias intervenções, como a requalificação da zona industrial, que custará cerca de um milhão de euros, a construção de um centro de protecção civil e meios aéreos, um investimento a rondar o meio milhão de euros, a substituição das luminárias públicas, o que “vai contribuir para uma redução de custos com a energia, num valor aproximado de 260 mil euros”, a requalificação da igreja em Podence, no valor de 500 mil euros e a construção de um Centro Náutico no Azibo, a rondar os 250 mil euros. Já a iniciativa “Cultura para todos” terá uma dotação financeira de 236 mil euros. Apesar de o orçamento ter sido aprovado por maioria, as grandes opções do plano para 2020 receberam 13 votos contra e 14 abstenções, bem como críticas. O deputado do PSD, Nuno Morais, denuncia o escasso apoio dado à pecuária e agricultura, mesmo considerando “positivo o facto de haver uma dotação de 20 mil euros”. Quanto aos cinco mil euros para o tratamento do cancro do castanheiro, diz que “embora seja uma ajuda para os agricultores, acaba por ser um subsídio muito bem pago ao IPB”. “Há 421 produtores pecuários no concelho, a câmara vai fazer uma subvenção de 47 euros por produtor este ano. Se acha que isto é suficiente eu não acho”, afirmou ainda o deputado municipal. Também da bancada social-democrata chegou uma crítica contra a falta de acção para resolver a questão das perdas de água. “Parece-me que não há uma aposta a sério na resolução deste problema, porque não é com 2500 euros para uma sonda de detecção de fugas que vamos resolver este problema”, apontou o deputado José Madaleno. Mas nem só da oposição chegaram farpas ao orçamento. O deputado municipal do PS, Acácio Espírito Santo, votou contra o orçamento por considerar que “não plasma uma estratégia de desenvolvimento económico” e afirma que “a grande maioria das rubricas já vêm de trás”, dando como exemplos os gastos com a agenda cultural, que ascende a 100 mil euros, ou os investimentos de reabilitação energética dos Paços do Concelho (10 mil euros), requalificação do Centro Hípico (83 mil euros), reabilitação da estação ferroviária (23 mil euros), do Largo da Estação (52 mil euros), obras que não considera prioritárias. “Na ausência de uma estratégia clara de desenvolvimento da nossa economia, mesmo reconhecendo a importância de um conjunto significativo de obras inseridas no PEDU, entendo que não há estratégias que revelem a priorização inerente a um orçamento sempre escasso”, justificou o deputado.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro