Voto em Rui Rio. Porquê?

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Porque o enquadro no palco dos políticos firmes, resolutos, profissionalmente competentes e acima de tudo capazes de governarem de forma a não deixarem rabos-de-palha. Para lá das considerações acima expendidas, a teimosia de - antes quebrar do que torcer – descansa os cidadãos no que tange a pactuar com políticas arrogantes vinda de Bruxelas e/ou nomeações rasteiras ao exemplo da nomeação do procurador José Guerra apadrinhado pela inefável ministra da justiça. Sim, eu sei, ao exemplo de outros cidadãos que adventícios carreirista se acolhem debaixo do seu guarda-chuva, não sendo discípulo de Torquemada não os envia para a fogueira, prefere mantê-los a cumprir os manuais do recolhimento político de forma a não se enredarem em processos ínvios atreitos ao escárnio das gentes sempre a revelarem enorme glutonaria nas apressadas condenações especialmente dos políticos de todo o talante. O candidato Rui Rio não é de modismos, prefere a praia do Cabedelo às chiques do Algarve, ou seja, mantém-se fiel ao cânone antes de das luzes da ribalta o iluminarem, por isso o seu desarmante apego à simplicidade encontra eco nos cérebros e corações de mulheres e homens adeptos do fazer/ fazendo na real/realidade de vidas marcadas pela honradez de princípios e práticas, denodado trabalho e porfia sacrificial no desembaraço de tremendas dificuldades, agruras e sacrifícios. Um livro sempre ao alcance da minha mão é Consolação pela Filosofia do filósofo medieval Boécio. Este insigne pensador martirizado pela sua coerência respeitadora da religião que defendia – o cristianismo – conheceu às glórias do poder, de mandar, porém caiu em desgraça ao resistir a todo o tipo de torpezas a colocar em causa essa mesma coerência, pois bem, em certa medida, tudo quanto conheço de Rui Rio leva-me a Boécio, leva-me a reler os comentários e ensinamentos do insigne pensador do século VI. O País atravessa uma fase de graves dificuldades seja no campo da protecção social tendo como base matricial o envelhecimento das populações, seja no âmbito da segurança de pessoas e bens, seja no campo económico, seja ainda no respeitante à administração da justiça, quiçá a maior de todas as negatividades o lento e corrosivo esmigalhar dos fundamentos éticos e morais do povo português. A bem urdida tapeçaria moral desse mesmo povo acabou esfarrapada, substituída por uma manta de retalhos de tecidos delidos, defeituosos a desfiarem, não se distinguindo as cores de origem nem mesmo nas costuras. Sendo assim, e é, na rigorosa observação das comunidades portuguesas desde as do badalado bairro da Jamaica, até aos andares de luxo adquiridos através dos vistos Gold, passando pelas aldeias do interior incrustada nas encostas das serra ou nos vales acidentados do interior, não conheço melhor candidato à liderança do PSD, o actual Presidente, ou seja Rui Rio. Uma coisa é pensar com o coração, outra e reflectirmos e pensar com a Razão. Em a Astúcia da Razão, Hegel explica as razões da Razão!

Armando Fernandes