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“Vai ser difícil mas vou dar o meu melhor”

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Ter, 21/02/2017 - 15:22


João Melgo é já uma referência no panorama regional do atletismo, apesar de ter apenas 17 anos, e caminha para o reconhecimento nacional. O atleta brigantino tem trilhado um percurso de sucesso e aponta para o futuro na Selecção Nacional.

Argozelo mais perto da final

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Ter, 21/02/2017 - 15:16


Num jogo de sentido único, o Argozelo deu goleada ao Santa Comba da Vilariça na primeira mão das meias-finais da Taça da A.F. Bragança. 7-1 foi o resultado final que coloca o Argozelo já com um pé na final da prova rainha do futebol distrital. 

Resultado enganador

Ter, 21/02/2017 - 15:11


A equipa barrosã venceu o Moncorvo por 0-2 com golos de Aliu e Álvaro Branco de grande penalidade nos últimos dez minutos de jogo, numa altura em que os locais já estavam reduzidos a dez unidades após a expulsão de João Paulo.

O Paulo, o Álvaro e o Mário

É de tal forma frequente e banal que os partidos políticos mudem de opinião de acordo com a sua situação em relação ao poder que já não deviam ter qualquer crédito as referências, que ainda se atrevem a fazer, ao passado dos seus opositores. E contudo, continuam a fazê-las. E, pior que isso, a comunicação social (o novo Tribunal Popular) dá-lhes palco, cobertura e chega a arremedar-lhe alguma credibilidade que os satisfaz e incentiva. Já, por outro lado, as posições devidamente fundamentadas, genuínas, sem contraposições passadas, parecem estranhas e bizarras e sem qualquer lugar de relevo na imprensa falada e escrita. Conseguem, quando muito, uma nota de rodapé, para cumprir calendário e “serviço público”. Nada mais! Vejamos casos concretos recentes.
Anda aí uma roda-viva por causa de uns supostos SMS. Alegamente Mário Centeno terá dito, num deles que António Domingues estava dispensado de apresentar a sua declaração de património por causa da alteração ao estatuto dos administradores da Caixa. Eu gostava muito de saber quantos dos que hoje rasgam as vestes e batem no peito sabiam, antes da “denúncia” de Marques Mendes, que eftivamente havia uma lei com dezenas de anos que mantinha aquela obrigação. Aposto que muito poucos, para não dizer nenhuns. Se lhe perguntassem, numa roda de amigos se a obrigação se mantinha (quase) todos teriam dito que não. Provavelmente Mário Centeno também. Talvez o tivesse escrevinhado, se lho sugerissem, numa toalha de papel de tasco onde tivesse ido petiscar ou na areia da praia, em tarde de veraneio. Ou num SMS particular, se questionado dessa forma. E depois? Não o terá escrito em nenhum documento oficial, que são esses que obrigam o governante. Terá, garantem, omitido tal “crime”. Em benefíco próprio? Em benefício de familiares, amigos ou correlegionários? Não. Pelo contrário toda a atuação ministerial, ao que se sabe e sem qualquer desmentido mesmo pelos seus maiores detratores, tem sido orientado para o benefício da Caixa, do país e dos portugueses. Porquê então tanto alarido?

Por outro lado a comunicação social que brande os SMS como archotes em noite escura e fria, relegou para pé-de-página as declarações de Álvaro Santos Pereira que se referiu de forma muito clara e acertiva à célebre demissão irrevogável, garantindo que Paulo Portas, com o intuito e o objetivo de obter poder pessoal (o que conseguiu) fez “intriga e chantagem com um país numa situação dramática”. Todos sabemos o custo que teve para o país e qual o ganho político assim obtido. Provavelmente não escondeu nenhuma comunicação incómoda nem garantiu nada que não pudesse fazer. Mas isso não impediu o prejuízo nacional que a sua atitude egoísta e irresponsável causou. E porque é que a imprensa não relevou, não releva nem irá, seguramente, relevar tão reprovável comportamento?

É bom que, em ano de eleições, os presidentes candidatos tenham em boa conta que a legitimidade das opções de gestão que as eleições lhes conferiram têm de ser moderadas e limitadas pela ética que lhes deverá impedir que usem os meios municipais para promoção puramente pessoal!
O importante e fundamental para todos os governates, seja a que nível for, é a defesa intransigente do interesse superior daqueles que os elegeram e a quem representam. O devido reconhecimento e recompensa individual, quando existir, terá de ser consequência. Nunca o contrário.

A neve

Caíram alguns flocos de neve nestes dias, o que nos faz começar a lamentar já a sua grande ausência a cada ano que passa. Toda a nossa região se recorda desses dias com uma grande nostalgia. A manhã em que a cidade acorda em baixo dum imenso manto branco, quase sem acreditar no que vê. E sobretudo no que ouve; nem um barulhinho se sente, nem um ruído de motos, nem carros a apitar, nem a omnipresença dos camiões do lixo que vão engolindo com grande barulho os restos dos nossos excessos. Ninguém passa nos cruzamentos nem nos semáforos…
Ao ponto de nos perguntarmos onde terá passado a humanidade que habita, trabalha e circula todos os dias na cidade. Aquela que todas as manhãs vai povoando automaticamente com todo o tipo de polifonias os espaços urbanos. Dir-se-ia que a cidade se retira para o campo, para refletir. Além disso, torna-se mais bela até nos seus pormenores. Curvas mais apaziguadas cobrindo o “mobiliário urbano”, todas as sujidades que se vão deixando nas varandas com o projeto de as deitar fora. A leveza pacificadora de todo este material que se torna imaculado dando a oportunidade a cada objecto de nos seduzir com as suas formas. Os automóveis tornam-se todos da mesma marca, embrulhados no mesmo manto branco. Faz-nos pensar como numa página branca à espera dum novo texto. Ou num lençol, ou melhor, num sudário que é colocado sobre os homens e as suas obras, para arredondar os ângulos, cobrir os cenários do jogo social das aparências, talvez para colocar uma máscara sobre as coisas que nos envergonham. Aquele branco arminho da neve que vai tão bem com o silêncio, com o recolhimento, com o pensamento naqueles que nos vão deixando neste murmúrio. Vai caindo devagarinho sobre nós. Será a neve um sinal que nos envia a natureza ou quem manda nela a fim de nos despertar da pressa e inconsciência dos outros dias! Despertar-nos-á também da arrogância em que vivemos, nós que pensamos permanecer infinitamente numa bolha sem ter contas a dar ao criador? Na verdade, penso que a neve não cai por acaso do céu. E não é por acaso também que cai imaculada e se torna salgada e escura mal nos metemos com ela.
Bem entendido, tudo isto são pedacinhos efémeros de vida, de representações, de meditações, vem rapidamente a preocupação de a pisar, o “Cláp! Cláp!” dos pés com medo de escorregar a cada passo. A insatisfação do povo não tarda a instalar-se nas conversas: “O que é que fazem a Câmara e a Proteção civil para não tomar medidas e limpar esta neve?!” Porém, os gritos das crianças (especialistas da neve, aptos espontaneamente a saborear os seus encantos e raridade), os pequenos “trenós” improvisados pelos estudantes e alguns pais, dão sempre uma luz nova à cidade. A neve restaura os direitos das crianças e dos adultos na cidade. Uma cidade que se torna momentaneamente pura, um esboço de página branca que nos deve solicitar todos os dias. Um parêntese espantoso na rutina. Não muito prático, contudo magnífico. Vem mais uma vez, por favor.

 

Andam a esconder o lixo de seis anos debaixo do tapete.

A economia portuguesa, contrariamente ao que muitos profetizavam e esperavam, e uns tantos até desejavam, não se afundou em 2016, mas nada garante que não se afunde em 2017 ou 2018.
Inesperadamente até melhorou. Muito pouco, é certo, mas melhorou. Por isso o Governo tentou abocanhar a glória do feito, de duvidosa genialidade, muito embora o país continue a chafurdar no lixo e os portugueses continuem a não ter motivos para sorrir.
O senhor Presidente da República, porém, como é seu timbre e talento, veio pôr um pouco de justiça e afecto na matéria, dizendo que o mérito também é do Governo anterior, de Passos Coelho, seu amigo do peito.
Certo é que para este aparente sucesso muito contribuiu a afeição platónica de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa por um lado e os afectos mundanos de António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, por outro, que, apesar de tudo, lá vão garantindo o funcionamento da “geringonça”.
Os mais entendidos acrescentam que também deve ser tido em conta Mário Draghi, o atual feiticeiro-mor do Banco Central Europeu, com o seu programa de compra de dívidas soberanas. Outros feiticeiros menores, porém, atribuem o sucesso a sortilégios dos satânicos mercados financeiros.
Seja como for as coisas são como são pelo que, com ou sem feitiços, a bolsa do portuguesinho vulgar vai continuar a mirrar enquanto as dos políticos e banqueiros topo de gama incham que nem sapos de encantamento.
Indiferentes a estes resultados as agências de notação financeira continuam a manter a economia portuguesa no nível lixo para onde a remeteu a Moody`s, que foi a primeira, em 2011, já lá vão seis anos, portanto.
Ainda que mais recentemente a canadiana DBRS tenha aliviado tal estigma ligeiramente motivando declarações de grande contentamento do Presidente da República e do Primeiro-ministro.
Esperemos que, na passada, as forças que actualmente concertam o arco do poder, um arco-íris a que o povo também chama arco-da-velha, não embandeirem em arco e substituam definitivamente o escudo e a esfera armilar da bandeira nacional por um monte de lixo.
Sim, porque a classificação das agências de “rating” parece eternizar-se, o motor da economia nacional é cada vez mais o turismo de Lisboa e do Porto, e afins, e Portugal uma coutada onde a finança internacional caça livremente as poupanças das famílias lusas. Para lá de que o investimento está encalhado, a dívida pública não pára de aumentar e quanto a reformas sistémicas nem pensar.
Não há razões para se dar mais crédito ao Governo português do que à OCDE cujos dados mais recentes indicam que a economia portuguesa não crescerá acima dos 1,3 % nos próximos dois anos, quando necessário seria que se aproximasse dos 5 %.
Não basta que a economia cresça, portanto. É imperioso que cresça o suficiente e que a dívida pública páre de aumentar. Não adianta esconder o lixo debaixo do tapete,

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.