class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-frontpage">

            

Vendavais - Um continente em ebulição

Durante muitos séculos desconhecia-se que outros continentes podiam existir para além do Europeu. Depois de descobertos e nós muito contribuímos para que isso fosse uma realidade, logo foi uma correria à procura do que na Europa não existia. A facilidade de aquisição de riqueza era um motivo muito forte e todos os países europeus tinha sede de riqueza.
Não demorou muito para que em cada um dos continentes descobertos, a realidade fosse outra. No continente americano, começou a corrida ao ouro e à prata e não foram só os americanos, foram igualmente os espanhóis e os portugueses. Onde havia paz, serenidade e quase nenhum progresso, nasceu a discórdia, a guerra, a escravatura e a corrupção. De facto, esta não é de hoje. Sempre existiu e continuará a existir.
Muitos outros séculos depois, deparamo-nos hoje com outros problemas, não muito diferentes dos antigos, mas as realidades são também elas diversas. O continente americano, todo ele, vive hoje momentos de muita conflitualidade e controvérsia.
Os Estados Unidos da América experienciam tempo difíceis. Na realidade as últimas eleições deram-lhes o que não esperavam ao elegerem Trump. Contudo, o que este ameaçava se não ganhasse, está a acontecer-lhe ao ser feita a recontagem em três dos Estados em que supostamente, Hillary ganharia. Agora vem dizer que é um complot contra ele! Antes não seria! Enfim. Mas claro que a parte mais difícil e indefinida é quando Trump começar o seu governo. Ninguém sabe o que ele vai fazer. Ou talvez alguns saibam!
No Brasil a situação é igualmente efervescente. Afastada Dilma por artes que indiciam manipulações a raiar o ilícito, vê-se agora Temer vaiado por todos e à beira de ataque de nervos. Quase não pode sair à rua com medo do que lhe possa acontecer. Prova disso é o dia em que chegaram ao Brasil, os corpos da equipa do Chapacoense. Temer estava presente no aeroporto de Chapecó, mas limitou-se a entregar as medalhas às famílias das vítimas e não foi ao estádio onde foi feita a cerimónia fúnebre. Os noticiários revelaram que estavam com receio do que lhe poderiam dizer as cem mil pessoas que estavam presentes. De facto, não era o momento mais propício para ouvir desaforo! Indecisões seguidas de indecisões é o que se vive no Brasil. Há quem exija a demissão de Temer e há quem peça eleições o mais depressa possível. O Brasil vive em ebulição constante. Está quase a rebentar!
Ali quase ao lado, o Presidente Juan Manuel Santos, da Colômbia, negociou a paz com as forças rebeldes, as FARC, com a promessa de alguns elementos integrarem o Parlamento Nacional. O processo não tem sido fácil e o curioso é que muitos colombianos não querem a paz e não querem que elementos das FARC ocupem lugares no parlamento. No entanto, o dia 1º de dezembro seria o dia D que marcaria o fim de 52 anos de violência e mais de 200 mil mortes e mais de 6 milhões de deslocados. Mais de meio século de constante ebulição. Será que vai arrefecer?
Na Venezuela vivem-se igualmente momentos muito conturbados e de indecisão. Perdida a maioria no Parlamento, Maduro tenta aguentar um governo demasiado contestado através da imposição da força e de uma série de manobras à margem do correctamente político. Por quanto tempo vai conseguir? Todas as ditaduras têm um final e nem sempre o mais agradável.
Um pouco acima, Cuba vê desaparecer o seu ídolo revolucionário. Fidel desaparece aos 90 anos e com ele vai toda a força que segurou um povo e um país durante mais de cinquenta anos. Um homem com um carisma enorme, com uma vontade férrea extraordinária que conseguiu incutir no povo cubano uma ideia de revolução constante. Mudou mentalidades, mas do Mundo recebeu muito pouco. Soube retirar-se a tempo e não levar com ele o rótulo de ditador eterno. Ao passar o governo ao irmão, pelo menos saiu de cena com alguns pontos a favor. E o mais importante, arrefeceu a efervescência em que vivia o país. No entanto deixou a sua marca na educação e na saúde. Neste aspeto, os cubanos não se podem queixar muito.
Mas a ebulição não é só apanágio da América. Por cá as coisas também andam a ferver. Atente-se no que anda a acontecer na Caixa Geral de Depósitos, ou melhor, na sua administração. Entra um e sai e entra outro e até parece um jogo do gato e do rato. Resta saber se o rato cai no caldeirão! É que ele está em ebulição!

Incertezas Críticas

Por muitas razões vivemos um período de estridente incerteza. Incertezas de contexto e críticas. Vários estudos e de diferentes opiniões referem as dúvidas a planarem na atmosfera relativas à política mundial e europeia, acerca do papel dos Estados e tutti-quanti em matéria de hipóteses referentes ao ano de 2017.
Nós por cá quedamo-nos a assistir a cómicas cenas ao modo da guerra do Alecrim e da Manjerona, pensar dá trabalho e o trabalho dá saúde, logo um qualquer membro da Confraria do badalo dira: que trabalhem os doentes, que pensem os outros. E, no entanto, todos nós pensamos, os anexins o comprovam.
O ano está a findar, o consumismo aguça o engenho na arte de todos consumirmos mais, daí a necessidade de cada qual pensar no quanto possui ou pode gastar na quadra natalícia e afins, as janeiras ainda contam.
Ora, em Janeiro (Jano das duas faces – o passado e o futuro – primeiro mês do calendário juliano e gregoriano) vamos receber novas e maus mandados do aumento de «cousas» as quais tocam a todos, razão da acuidade «no poupar está o ganho», nós acusados de esbanjadores, relapsos à dita poupança, sempre trémulos no momento de pagar, devíamos tentar averiguar como vamos suportar os custos do viver no futuro.
Assim, na incerteza da coesão europeia importa pensar na saída ou saídas alternativas no conspecto regional num quadro de fragilidade económica e acentuada quebra demográfica comum a todos os territórios de baixa densidade. Está a Comissão de Coordenação, as Comunidades Intermunicipais e Autarquias a preparar respostas a contento?
Não querendo «pintar» quadros negros coloco a incerteza apenas numa certeza: a perda de população é evidente apontando os estudiosos fora da propaganda a necessidade de recebermos centenas de milhares de homens e mulheres a fim de refazermos as reservas populacionais no desejo de Portugal enquanto Estado não acabar nos Atlas e Compêndios como Nação perdida daqui a algumas dezenas de anos.
Nesse pressuposto pergunto se existe um plano de contingência a dizer-nos o número de centenas de milhares de emigrantes-imigrantes a serem deslocados para o Nordeste, termos de referência, datas de início de «acantonamento» dos vindos do Médio Oriente, África e outras paragens, medidas de inclusão social, cultural, espiritual e profissional.
Em breve irromperá a campanha eleitoral destinada a escolher os futuros governantes locais, para lá dos ridículos e raivosos azedumes e birras de gente sem o sentido da medida convém perguntar aos candidatos tudo quanto nos interessa relativamente ao futuro a iniciar-se ontem.
Sem nás ou nefas é imperioso saímos da incerteza crítica do modelo territorial, cabeças políticas dizem assim, outras preferem o assado, as titubeantes um misto de frito e gralhado, chegou a altura azada para ouvirmos as ideias dos interessados de todas as quadraturas em geral e dos desejosos de ocuparem as dadeiras municipais em particular no elucidarem ante tão momentoso problema. Ou não há tal problema?
Incerteza crítica é a respeitante às inserções: estratégia de inserção com flexibilidade? Estratégia de inserção nos domínios da complementaridade sem perda de autoridade política? Estratégia de concorrência com os concelhos vizinhos de forma clara e não dissimulada como já aconteceu?
Acredito que estas interrogações sejam consideradas impertinentes, só goste-se ou não velozes mudanças ocorrem em Portugal, tão velozes quanto visíveis a ponto de não lhe concedermos atenção ou apreço, tal como fazemos o contínuo girar da Terra a motivar graçolas e remoques a Galileu. E, ela move-se…
Seria estultícia da minha parte elencar exemplos de mudança, também não fico espantado se algum leitor encolher os ombros murmurando não lhe interessar cogitar sobre o futuro, a morte é certa, quem cá ficar que o rape, rematando a murmuração.
Não podemos estranhar este tipo de posicionamento numa sociedade ou «era do vazio», eivada de cínicos mesmo sendo ascetas de costas voltadas à criatividade social, às dinâmicas de participação colectiva defendendo a memória expressa nos vigamentos culturais do passado num movimento tendente a perpetuar a nossa ancestralidade.
As campanhas eleitorais nos fins últimos é a conquista do poder dê lá por onde der, antes de chegar à cuspi-te da propaganda seria conveniente, pedagógico, ouvir os candidatos dissertarem e discutirem as certezas que os animam, os projectos em carteira, as medidas a tomar de imediato e a médio prazo se foram bem-sucedidos na empreitada. A ver vamos.
Armando Fernandes
Apostilha. O Bloco de Esquerda voltou a imitar os meninos mal-educados ao os seus deputados terem ficado sentados no final do discurso de Filipe VI. Era convidado de Portugal.
Também Passos Coelho revelou falta de chá (toma-se em pequeno) ao não participar ou fazer-se representar na celebração do 1.º de Dezembro, em Lisboa. Depois admiram-se das intenções de voto nas sondagens!

Paulo resolve com hat-trick

Ter, 29/11/2016 - 14:50


Uma lição de futsal dada por jogadores de palmo e meio num jogo equilibrado, com os mais pequenos a mostrarem jogadas com recorte técnico e bons remates.
Paulo acabou por se destacar ao fazer hat-trick, conseguindo amealhar os três pontos para a formação de Vila Flor.

Bragança mais distante do objectivo

ESTA NOTÍCIA É EXCLUSIVA PARA ASSINANTES

 

Se já é Assinante, faça o seu Login

INFORMAÇÃO EXCLUSIVA, SEMPRE ACESSÍVEL

Ter, 29/11/2016 - 14:46


O GDB está cada vez mais longe dos lugares que dão acesso à fase de subida do CPP. Os canarinhos empataram a uma bola, no domingo, com o S.C.Mirandela no dérbi distrital da jornada 11 e estão agora a oito pontos do segundo, a AD Oliveirense.

“Um centro de interpretação judaico em Bragança, só por si, não garante a deslocação de turistas”

ESTA NOTÍCIA É EXCLUSIVA PARA ASSINANTES

 

Se já é Assinante, faça o seu Login

INFORMAÇÃO EXCLUSIVA, SEMPRE ACESSÍVEL

Ter, 29/11/2016 - 11:07


António Júlio Andrade, é natural de Felgueiras e casou na localidade de Larinho, ambas no concelho de Torre de Moncorvo. O professor reformado desempenhou vários cargos relacionados com a cultura do concelho de Torre de Moncorvo, tenso sido também vereador do Município.
Há vários anos que se dedica ao estudo da influência e descendência da cultura judaica em Portugal, em conjunto com a investigadora Maria Fernanda Guimarães,com especial enfoque no nordeste transmontano. Sobre este tema, ambos publicam, regularmente, artigos no Jornal Nordeste. No passado dia 22, António Júlio Andrade apresentou em Miranda do Douro o mais recente livro da dupla de investigadores: “Judeus em Trás-os-Montes - A Rua da Costanilha”.
O Jornal Nordeste esteve à conversa com o autor que fala sobre a importância de criar uma rota do judaísmo em Trás-os-Montes.