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SIDA – Saiba como se prevenir

Todos têm de se prevenir: homens, mulheres, casados ou solteiros, jovens e idosos, todos, independentemente da cor, raça, situação económica ou orientação sexual.

O que é a sida?
A sida - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é uma doença não hereditária causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV, na língua inglesa), que enfraquece o sistema imunitário do nosso organismo, destruindo a capacidade de defesa em relação a muitas doenças.

O adeus a um amigo

Ter, 29/11/2016 - 10:21


Olá familiazinha. Mais uma semana passada na história da nossa vida. Quero homenagear, nesta página, o nosso saudoso e grande amigo pessoal desde criança e da família do Tio João desde a sua formação, o Tio Dinis Carteiro. Tenho a certeza que nos levou a todos no seu coração. Era um participante nato da família e foi, juntamente com a sua esposa, um dos casais que mais viagens fez connosco. À nossa peregrinação a Fátima só faltou este ano…
 

Fidel e os puros

Ter, 29/11/2016 - 10:19


Aos 90 anos partiu Fidel Castro para a aventura, última quanto sabemos, da eternidade, o tudo ou nada da existência de cada um de nós.
Marcou mais de seis décadas da história recente, um perfil de profeta, com barba e tudo, a prometer, como sempre fazem os profetas, a salvação para lá do horizonte e a justiça implacável para os incréus, que seriam comidos pelas pragas que ele próprio lançava da sua praça em Havana.
 

Mogadouro e Macedense ficam pelo caminho

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INFORMAÇÃO EXCLUSIVA, SEMPRE ACESSÍVEL

Qui, 24/11/2016 - 20:01


Em Mogadouro, os comandados de Artur Pereira perderam por 2-3 com o Lamas Futsal.
A partida foi equilibrada com os guarda-redes das duas formações a evidenciar-se.
A primeira oportunidade de golo pertenceu aos locais com Vítor Hugo a tirar tinta à barra da baliza de Nuno.

NÓS TRASMONTANOS, SEFARDITAS E MARRANOS - Jerónimo José Ramos (1726 – 1754)

Seria o último “judeu” brigantino a ser queimado nas fogueiras da inquisição de Lisboa, no auto da fé de 19 de Maio de 1754 em que foram sentenciados 43 réus, 20 dos quais ligados a Bragança e quase todos aparentados com o nosso biografado, nomeadamente o médico José Álvares da Silva, seu irmão. (1)
Jerónimo José Ramos nasceu em Bragança em 22 de Fevereiro de 1726, sendo filho de Pascoal Ramos Álvares e Isabel Maria da Silva, (2) esta natural de Mirandela e aquele de Vinhais, um e outro também com largo historial nas cadeias da inquisição, como também vários de seus ancestrais.
Cedo começou com o pai a vida de mercador. Estava solteiro e tinha 23 anos quando o levaram preso para a inquisição de Coimbra, em “manada” conduzida pelo padre Manuel Caetano da Rocha Pimentel, familiar do santo ofício, da cidade de Bragança.
O rol das denúncias contra ele apresentadas por duas dezenas de conterrâneos que então foram presos ou se apresentaram voluntariamente, é bem significativo das vivências e manifestações culturais da comunidade hebreia dois séculos e meio depois que a religião mosaica foi proibida.
Jerónimo negou todas as acusações e afirmou que sempre cumprira os deveres de cristão. E não faltaram testemunhas de crédito a defendê-lo, nos inquéritos que os inquisidores mandaram fazer em Bragança, Lebução e Vinhais, as terras por onde ele ordinariamente andava mercadejando. Para a história da inquisição em Trás-os-Montes, podemos dizer que o comissário de Bragança era então o Dr. José de Morais Antas, na área de Vinhais era comissário o reitor de S. Julião de Paçô e as testemunhas de Lebução costumavam ser inquiridas pelo comissário Manuel de Sousa Botto, reitor da igreja de S. Martinho de Bornes. Acrescente-se que uma das testemunhas abonatórias do cristianismo do réu foi o familiar do santo ofício Caetano José Pereira, natural de Argoselo e morador em Vinhais.
Obviamente que dizendo-se cristão, Jerónimo explicava as culpas que lhe atribuíam com ódios e invejas de seus inimigos que davam testemunhos “menos verdadeiros por serem falsos e subornados, a fim de se vingarem e destruírem ao pobre e inocente réu”. E apontava situações concretas, ocorrências as mais diversas e que serão de muito interesse para o estudo da vida quotidiana da comunidade local e da sociedade trasmontana daquela época. Apenas um exemplo:
- Disse que sendo devedor o dito Gabriel Mendes Borges ao irmão do réu Francisco Ramos da Silva de certa quantia de dinheiro e obrigando-o judicialmente à satisfação do mesmo, se alcançou a sentença contra o dito Gabriel, com a declaração que seria obrigado o dito irmão do réu a aceitar a satisfação e pagamento da dívida em mantos de que se usa naquela cidade.
Uso interessante: não tendo dinheiro, pagava a dívida com mantos de seda que fabricava! Mas veja-se o seguimento do caso:
- Acomodando-se o irmão do réu com aquela sentença (…) lhe dava o dito Gabriel para pagamento uns mantos de qualidade tal que, por incapazes, se não deviam aceitar. Pelo que os repugnou aceitar o feitor do irmão, do que, travando-se de razões e descomposturas, lançando os ditos mantos no chão, os pisaram e enxovalharam…
Entretanto, o conselho geral da inquisição mandou transferir o processo para Lisboa, sendo ali entregue o réu em 20 de Janeiro de 1750. Continuaram os interrogatórios e ele a manter-se negativo, afirmando-se cristão e apresentando contraditas.
Tempos dramáticos e dias de medo tê-los-á vivido em Abril de 1752, receando que pudesse acontecer-lhe como aos seus conterrâneos Inácio Borges e António Gabriel Ledesma que no auto de fé celebrado no dia 20 daquele mês foram queimados na fogueira. O processo dele aguardava então o cumprimento de mais uma diligência em Bragança e só ficaria concluso meses mais tarde. E enquanto ele se dizia cristão, a prova de seu judaísmo era atestada por duas dezenas de testemunhas. Decidiram os inquisidores condená-lo à morte e, nos termos do regimento, terá sido notificado da decisão 15 dias antes da realização do auto.
Nem assim se resolveu a confessar as suas culpas. Apenas na véspera do auto de fé e vendo-se já de mãos atadas, no dia 23 de Setembro de 1752, decidiu confessar que andava apartado da religião cristã e fazia cerimónias judaicas e que fora catequizado 14 anos atrás pelo advogado Bernardo Lopes Pereira. Entrou depois a vomitar denúncias sobre todos os que sabia terem estado presos ou fugidos e poderiam tê-lo incriminado.
Deram-lhe pouco crédito os inquisidores, “pelo modo e tempo em que fora feita a confissão” mantendo-se a ordem para ser relaxado. E estando-se na “festa”, com o réu sentado no cadafalso, pela uma hora da tarde, pediu audiência para confessar mais pecados e deles pedir perdão.
Pela 4ª vez se analisou o seu caso e mais uma vez se considerou que ele não estava verdadeiramente arrependido, antes confessava para se livrar da morte. Por isso mantiveram o despacho.
Jerónimo não desistia e, pelas 6 horas da tarde, voltou a pedir audiência e nela acrescentou  muitas denúncias. E se, no final alguns dos inquisidores continuaram convictos de que as suas confissões eram fingidas, outros resolveram dar-lhe o benefício da dúvida e propor que ele ficasse “reservado” para o próximo auto. Foi esta a decisão seguida pelo conselho geral.
Imagine-se o turbilhão de ideias fervendo na cabeça deste homem de 25 anos quando voltou para a cela e ali o deixaram a apodrecer. Os dias passavam lentos e dolorosos naquele húmido e bafiento corredor da morte. E o pior é que, por largos meses, pareceu que ninguém queria saber dele, sentia-se abandonado ao seu destino. Abandonado por Deus e abandonado pelos homens, mesmo sendo os seus carrascos!
Ao cabo de um ano e 3 meses, no dia 5 de janeiro de 1754, certamente roído pelo desespero e feito um farrapo humano, Jerónimo José Ramos apresentou-se perante o inquisidor Manuel Varejão de Távora e prestou o depoimento seguinte:
- Disse que pedira audiência para se revogar de todas as confissões que havia feito nesta Mesa, de culpas de judaísmo, porque na verdade nunca se apartara da lei de nosso senhor Jesus Cristo nem teve crença da lei de Moisés e muito menos a comunicou com pessoa alguma da sua nação, pois sempre foi e é verdadeiro católico e o dizer falsamente de si e de outras muitas pessoas foi por se livrar da morte a que estava condenado…
A partir de então o seu destino estava traçado. Revogar-se era condenar-se. Procuraram apenas os inquisidores saber se a revogação resultava de um ato consciente ou se o réu ficara louco. Não: ele encontrava-se absolutamente lúcido. Sabia que estava preso há 57 meses. Disse que perdoava ao familiar do santo ofício que o prendeu e ao que o trouxe de Coimbra para Lisboa e que não tem queixas contra o alcaide e os guardas da cadeia… Mas reafirmava a revogação das suas confissões.
Como se disse, o destino estava traçado. Agora por unanimidade de votos, os senhores inquisidores ordenaram que fosse relaxado.
Dois dias antes do auto, depois que lhe ataram as mãos parecia encarar o facto com espantosa determinação e fez a seguinte declaração:
- Que não sabia a causa por que o mandavam relaxar (…) que os cristãos novos tanto que se viam presos costumavam dar uns nos outros e serem causa por este modo de queimarem a uns e a outros. E mais não disse e logo tornou a dizer que lhe angelicassem a sua vida porque ele teve sempre crença em Deus nosso senhor e nas 3 pessoas da santíssima trindade: pai, filho e espírito santo. E que se acharem o contrário, o podem mandar queimar.
Fantástico: ser queimado na fogueira era ser angelicado. Significava que faziam dele um santo! Não era assim que os mártires cristãos encaravam a morte?
Porém, dois dias depois, em 19 de Maio, pelas 3 e meia da tarde, estando no cadafalso à espera de ser lida a sua sentença e ser lançado na fogueira, avistou entre os condenados a cárcere e hábito, o seu irmão Luís Álvares da Silva. E então um sentimento de apego à vida o terá assaltado. Ter-se-á arrependido da revogação que fizera e causara a sua condenação à morte. Quis confessar de novo e pedir perdão, dizendo “ter feito a dita revogação por ter falta de juízo e por ter ouvido umas vozes que a isso o persuadiram”. Vã tentativa.

NOTAS E BIBLIOGRAFIA:
1-ANTT, inq. Lisboa, pº 2447, de Jerónimo José Ramos; pº 2636, José Álvares da Silva.
2-ANTT, inq. Coimbra, pº 8624, de Pascoal Ramos Álvares; pº 4160, de Isabel Maria da Silva.

Por António Júlio Andrade / Maria Fernanda Guimarães

Vendavais Quem terá razão?

Não sei se é razoável fazer previsões sobre um futuro próximo. Certamente será sempre uma previsão e nada mais do que isso. A ninguém interessará até porque possivelmente poderá falhar. Afinal, as previsões são o que são e nós já estamos habituados a elas. No entanto e apesar de tudo e como somos supersticiosos, queremos sempre saber se saíram acertadas ou não.
Muitas vezes fazem-se previsões sobre coisas tão banais que é fácil acertar, contudo outras há que falham redondamente. Foi o caso das eleições americanas. Ao longo de semanas todos seguimos atentamente as sondagens e previsões tanto de agências como de personalidades que a esse respeito se pronunciavam e concluímos o quê? Que certamente Hillary venceria e que se os americanos escolhessem Trump, seria uma loucura. Dos americanos tudo se espera e estas eleições foram prova disso. Teve mais votos Hillary Clinton, mas arrecadou menos delegados. Perdeu, pois, as eleições e ninguém contava com isso. Resta agora fazer previsões para o que aí vem.
Como será então o mandato de Trump? Depois do que ele disse e desdisse, fica-nos pouco espaço para prever seja o que for. Realmente o que hoje é dito, amanhã ele desdiz e o que hoje promete, amanhã já não promete. Quem se aventura a fazer uma previsão sobre o que ele vai fazer ou que atitudes tomará em relação ao mundo que o rodeia e aos compromissos que existem? Penso que ninguém. Mas é esta incerteza que nos leva a prever uma coisa: de Trump, tudo pode vir. Esperemos pois, tudo e mais alguma coisa.
Uma coisa ele conseguiu até agora e não é muito agradável para a Europa e para muitos países em outros continentes. Pôs todos em sobressalto e ainda nem sequer começou o seu mandato. Durante a campanha atirou em todas as direcções e ameaçou tudo e todos. Prometeu o que não é de prometer e ameaçou quem não deve ameaçar. Depois das eleições esqueceu-se do que disse e moderou o discurso, mas penso que não engana ninguém. Afinal ele é e será sempre um prepotente, ditador e não admite que ninguém o contradiga. E como tem o Congresso e o Senado nas suas mãos, pelo menos a maioria deles, quem o vai travar? Claro que os americanos têm outras armas e são muitas as surpresas que podem aparecer, mas que alguém tem de ensinar este senhor a governar, lá isso tem. Afinal, como é que foi possível eleger uma pessoa que não tinha experiência de governo, que não conhece os países com quem tem de tratar assuntos de Estado, que não conhece os assuntos de Estado e que comete erros de palmatória ao referir-se a assuntos políticos? E ainda por cima um vaidoso de primeira. Só na América, realmente!
Mas há sempre uma questão que fica no ar: quem terá razão? Estamos habituados a eleger sempre o que nos parece mais plausível e talvez por isso dizemos que esta eleição foi um enorme erro. Será que foi? Não arrisco previsões, mas duvidando muito das capacidades governativas de Trump sempre espero não me enganar muito nas minhas apreciações, contudo como as surpresas existem, pode ser que este senhor não seja mais um Bush disfarçado e consiga ir contra todas as previsões possíveis. Pelo menos sai do esquema normal das eleições facilmente previsíveis. Depois do que disse em campanha, o que todos previmos foi que ninguém elegeria tal pessoa. Enganámo-nos. Todos, incluindo os americanos, esperavam que Hillary ganhasse. Enganaram-se. Será que nos enganamos todos se arriscarmos dizer que esta administração vai ser um desastre? Quem arrisca?
Pois se for um desastre, todos perdemos, se for bem sucedida é porque afinal uma vez mais nos enganámos a fazer as previsões. Futurologia é disciplina arriscada.
Mas à lais de conclusão, sempre arrisco dizer que possivelmente os americanos votaram em Trump para não verem uma mulher na presidência. Deles tudo se espera! Certamente seria mais agradável terem uma mulher democrata na presidência do que um arrogante independente republicano, mas quem escolheu foram eles. Vamos esperar para ver quem terá razão.