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Bronze e prata para Mirandela

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Qua, 07/09/2016 - 11:27


Catarina Dias, Ana Pinto e Paulo Branco, atletas do Ginásio Clube Mirandelense, arrecadaram medalha de prata e bronze ao serviço da Selecção Nacional de Kickboxing de Juniores no campeonato do mundo da Wako, que terminou no sábado em Dublin, na Irlanda.  

Vimioso deixa Taça de Portugal

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Qua, 07/09/2016 - 11:16


A partida já se antevia difícil para os transmontanos, que tiveram pela frente um adversário de um escalão superior e já com mais andamento face às duas jornadas realizadas do Campeonato de Portugal Prio.

Falta de eficácia dita eliminação da Taça de Portugal

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Qua, 07/09/2016 - 11:12


O Grupo Desportivo de Bragança fez uso ao ditado “quem não marca sofre” frente ao Pedras Salgadas. A falta de eficácia dos brigantinos pesou no desfecho do jogo da primeira eliminatória da Taça de Portugal.

Vendavais - Ping-pong político latino-americano e europeu

Passaram quase duas décadas desde que a esquerda avançou e tomou o poder na América Latina com a promessa de uma nova política para um novo século. A chamada "maré rosa" - por ser mais moderada do que os vermelhos comunistas revolucionários da Guerra Fria - alcançou 15 países, a começar pela Venezuela, com a eleição do falecido Hugo Chávez, em 1998.
Mas foi o Brasil que verdadeiramente tingiu de vermelho o contingente, com o carismático e popular Lula da Silva e Dilma Rousseff, quando o PT chegou ao poder em 2010.
Lula - um metalúrgico e ex-líder sindical - e Dilma - uma ex-guerrilheira que foi presa e torturada durante o regime militar (1964-1985) - mudaram e revitalizaram a imagem da velha esquerda latino-americana e o seu modelo foi admirado em muitos países.
Através de uma aplicação de políticas ortodoxas e harmoniosas ao mercado com programas sociais revolucionários, Lula sonhou com um Brasil de classe média impulsionado pelo consumo. Teve a sorte de chegar ao poder com o 'boom' dos mercados emergentes nos anos 2000, quando a procura voraz da China impulsionou os preços das matérias-primas, diminuindo a dependência do crédito externo. Este sonho, no entanto, foi frustrado.
Quando passou o poder a Dilma após dois mandatos, o Brasil registava um crescimento de 7,5% e mais de 40 milhões de brasileiros tinham saído da pobreza.
Em toda a América Latina, mais de 75 milhões de pobres superaram, numa década, o limiar da pobreza. Gerou-se a sensação de que a América Latina estava finalmente a emergir.
Mas tudo desmoronou, não só para o Brasil, como para toda a região, que vive agora o seu segundo ano de recessão. Obviamente a dependência das matérias-primas é maior do que alguns pensavam.
Mas o certo é que as más notícias foram-se acumulando para a esquerda latino-americana.
Na Venezuela, a oposição obteve maioria parlamentar nas eleições legislativas de dezembro. Rico em petróleo, o país está à beira do colapso económico.
Na Bolívia, o líder indígena Evo Morales perdeu em fevereiro uma consulta sobre a possibilidade de se candidatar a um quarto mandato na Presidência, enquanto no Equador, o economista de esquerda Rafael Correa desistiu da ideia de um terceiro mandato perante sondagens nada favoráveis.
A maior parte destes governos afirmaram-se porque deram ênfase à redistribuição, mas faltou-lhes fomentar a criação de riqueza e o investimento. Se não se produz, não se pode repartir.
Além disso, uma série de escândalos de corrupção alimentaram o mal-estar da população.
A saída do poder do PT de Lula e agora a destituição de Dilma mudam definitivamente os ventos na região. Alguns dos seus seguidores consideram que o Partido dos Trabalhadores ficou muito rosa, coligando-se a partidos que só queriam acesso aos fundos públicos para benefício próprio. O PT foi isolando lentamente as suas bases, interrompeu a formação de novos líderes, e foi-se aliando a partidos de centro e direita para garantir a governabilidade.
Se a chegada ao século XXI foi um novo começo para a esquerda - após um século XX que a condenou à marginalização com golpes de Estado, a América Latina pode estar agora a viver o surgimento de uma nova direita, mais pragmática, comprometida com a democracia e com uma agenda social muito diferente do habitual.
A boa notícia para a esquerda, é que a direita nunca provou ser muito melhor na gestão das crises económicas. No entanto, não nos podemos esquecer que os partidos de centro-direita e de direita que estão a beneficiar do colapso da esquerda em toda a América Latina sofreram, eles mesmos, um colapso semelhante há uma década.
Do outro lado da mesa política, está a Europa, onde se está a manifestar um jogo político idêntico. A democracia afirma-se com uma esquerda cada vez mais titubeante e com partidos de centro-direita a percorrerem o caminho que há décadas já percorreram. No meio estão os Estados Unidos que teve impacto mundial com uma ligeira viragem política e com sorrisos de boa convivência mas que está a esgotar os seus trunfos, agora ameaçados por um lunático que a todos ameaça, inclusive a América Latina e a Europa. E é nesta Europa que se vai jogar o grande jogo de ping-pong. Numa mesa nada plana e onde a rede central está muito mal esticada, é natural que a bola política não faça o seu percurso normal em todas as jogadas. A Espanha não tem governo e está à beira das terceiras eleições, por teimosia de partido socialista que quer governar sem ter ganho as eleições, tal como sucedeu em Portugal; a França onde o regresso de Sarkozy é uma hipótese e onde Marie Le Pen avança de espada em riste; uma Inglaterra que se afasta da União por interesses ancestrais e é governada por quem até defendia a manutenção e ainda uma Turquia que, não querendo mais do que ajudas externas da Europa, não quer deixar de ser o que sempre foi, criando problemas internacionais gravíssimos.
Com um cenário destes, não sei como acabará o jogo, mas que não está fácil, não está certamente.

Que é que faz correr Assunção Cristas ?

Antiga Ministra, surge agora na pele de líder partidário com um dinamismo invejável. Seja o deslumbramento que o novo cargo lhe empresta seja a falta de autoconfiança, o que é um facto é que algo a faz apresentar propostas políticas em catadupa. E dessa exuberância legislativa destaquemos apenas duas propostas: uma prende-se com a baixa taxa de natalidade em Portugal e outra com a proteção aos idosos. A razão do destaque é que estas duas propostas geram largo consenso, são politicamente corretas, não tem ninguém contra e, por isso, causa estupefação que sendo assim, tão bem aceites, só agora a Dra Cristas tenha sido tocada por esses constrangimentos sociais. Claro que não é assim. A Dra Cristas conhece bem estas questões sociais e sabe ainda melhor o custo das política de intervenção nessas áreas. Daí que, durante quatro anos que esteve no Governo e apesar de contar com apoios maioritários na Assembleia, nunca aflorou a mínima preocupação com essas matérias. Achou agora chegada a hora de jogar o desconforto de muitos como trunfo político seguindo o raciocínio: ou PS e seus apoiantes votam contra e são acusados de insensibilidade social ou votam a favor e tem um embaraço orçamental. Resumindo: substantivamente as propostas não têm nada de inovador e politicamente … bem, politicamente, Maquiavel não faria melhor.
No que toca à taxa de natalidade e mesmo pondo de parte o oportunismo político, até a simples oportunidade do tema, vindo de quem vem, não me parece ter escolhido os melhores dias. Se é verdade que temos uma relação de 1,4 filhos por mulher, muito longe dos 2,1 necessários à reposição do efectivo, também é verdade que o ano passado, e depois de muitos anos, o número de nascimentos aumentou. E este ano parece ir pelo mesmo caminho. Convinha esperar para ver.
Por outro, a Dra Cristas foi ministra de um governo que pulverizou todos os recordes conhecidos no tocante ao desemprego. Para quê, então, fomentar a natalidade? Para quê sermos mais? Para aumentar ainda mais o desemprego?
Mas não é, só, por estas razões circunstanciais que estou contra a abordagem do tema mas mais pela própria abordagem. Só o facto de pensar que a oferta de umas regalias pecuniárias levam a alterar o conceito que temos do enquadramento familiar parece-me uma abordagem péssima. Uma coisa é ver essas benesses como avanços civilizacionais outra é vê-los como prémio à procriação. Ver num filho um projecto de vida ou vê-lo como um expediente para ganhar uns tostões é uma dicotomia pouco menos que nojenta. Tratar a Demografia, fenómeno sociológico de múltiplas variáveis, muitas delas desconhecidas, como se se tratasse de reacções mundanas sensíveis ao marketing promocional para sexo produtivo é coisa que me parece quase obscena.
Demografia, disciplina da Geografia Humana que estuda as dinâmicas populacionais em várias vertentes, foi, possivelmente, abordada pela 1ª vez por Thomas Malthus, economista do inicio do Século XIX. E foi-o por motivos opostos aos da Dra Cristas. Malthus tinha pavor à sobrepopulação. Isso levou-o a criar uma conjectura que resumo assim: se a quantidade de alimentos crescer em progressão aritmética e a população crescer em progressão geométrica um dia haverá colapso no abastecimento (como é sabido, os termos de uma progressão geométrica crescem muito mais rapidamente que os da progressão aritmética). Daí que tenha proposto uma série de medidas que iam desde a abstinência sexual até à penalização por filhos fora do casamento ou pelo n.º de filhos acima do razoável (?). Isto aliado às guerras, epidemias e catástrofes que, candidamente, dizia serem uma bênção do Céu para conter o avanço populacional (curiosamente também ele era contra o aborto). O tempo encarregou-se de reprovar a conjectura mas antes disso já a sociedade Inglesa tinha rejeitado liminarmente esta tentativa de controle. Também na China foi um fiasco a limitação a um filho por casal, apesar das sansões. Em contrapartida, depois de uma guerra verifica-se, sempre, uma explosão de nascimentos (baby boom) dispensando qualquer incentivo (há um filme que relata a vida de um cowboy que se apaixona por uma Índia e vai viver com ela para a sua tribo. Esta tribo envolve-se em guerra com uma tribo vizinha e sai dela fortemente castigada com a morte de muitos guerreiros. Passados uns meses e com o pó da guerra já assente, a Índia pergunta ao marido, o cowboy, se não se importa de fazer sexo com as amigas pois os maridos delas tinham morrido na guerra. ( desconcertante, não ?)). E também as filhas de Ló, depois de fugirem de Sodoma com o pai deixando lá a mãe em estátua de sal, embriagaram o pai e fizeram sexo com ele por pensarem serem as únicas no mundo. É isto o pulsar criativo que se prende com a defesa e manutenção da espécie cujas razões, muitas vezes, a razão desconhece e que não é manipulável excepto pela “mão que governa o Mundo”. Senão como explicar que em Portugal há menos de 50 anos em condições péssimas as famílias serem numerosas (taxa de natalidade de 20 por mil) e hoje com todas as condições melhoradas haja tão poucos nascimentos (8,3 por mil). Ou então o facto de países altamente desenvolvidos como o Japão e a Alemanha terem os mais baixas taxas de natalidade (menos de 8,2 por mil) e países como o Afeganistão tenha 40 por mil ou o Niger 100. Claro que, nestes 2 últimos, há as doenças, a mortalidade infantil e a guerra. E estas são as grandes condicionantes
É verdade que esta diminuição tão grande na natalidade provocou alterações na orgânica do País. Além dos constrangimentos provocados em sectores socio-profissionais, designadamente nos professores, acarretou a desertificação do meio rural. As aldeias, com a perda da Escola, única instituição que tinham depois de desaparecer o Padre, passaram a ser um grupo de poucas pessoas. Mas isto só pode surpreender os que não viram o que aconteceu em toda a Europa. Porque Portugal foi o último País da Europa onde isso aconteceu. E neste quadro pareceria fazer sentido a proposta da Dra. Cristas se a origem desta questão estivesse em causas Nacionais. Mas não, as causas são gerais. Repare-se que não há nenhum país Europeu que tenha uma taxa de fertilidade de 2,1 nascimentos por mulher apesar desta taxa ser ,só, de manutenção do efectivo. E todos os países desenvolvidos do Mundo seguem este figurino. Além disso, se, inexplicavelmente, a proposta tivesse sucesso, o ganho populacional nunca reverteria a favor das aldeias. , Para a aldeia nunca mais, é um pensamento por todos interiorizado. Sendo assim para quê sermos mais? Os políticos devem preocupar-se não com a quantidade de governados mas sim com a sua qualidade de vida: condições de trabalho, condições de vida, acesso às coisas básicas e também àquelas que são o “sal da terra”. Começar a pensar menos em Produto Interno Bruto e mais em Felicidade Interna Bruta.
Natalidade!? Querendo, acontece sem querer.

Por Manuel Vaz Pires