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O bem do mal

“Deus perdoa, a natureza não perdoa!” – Vociferava o presbítero nos já longínquos anos 80 do século passado. Bem podia ser este o mote de uma reflexão sobre os pecados da humanidade ou de um discurso apocalíptico. De pecados, cada um sabe dos seus e quanto a discursos… ninguém me encomendou o sermão nem tão pouco partilho teorias milenaristas. Por isso, quanto ao tema do momento, acredito que também ele há de passar, aos poucos iremos esquecer, mas nem tudo ficará como antes. Decerto que nos motores de busca as pesquisas sobre o Covid-19 se manterão no top por mais algum tempo, restando-nos a esperança de que as perdas não sejam demasiadas e o governo continue a saber coordenar tal como tem feito até agora.

Depois da romantização do vírus e de um mês de estado de emergência, bem para todos, continua a poetizar-se a situação; ainda não sei se este é um mecanismo psicológico de reação a algo que assusta, ou ainda não houve a capacidade coletiva de entender que, depois disto, nada será como dantes. Os sinais, a cada dia que passa vão aparecendo: é a família do lado que tem dinheiro apenas para pagar as despesas deste mês; é a outra onde antes havia dois salários passou a haver um; são os quatro filhos que faziam três refeições na escola (dois suplementos e o almoço) e agora estão sete dias em casa e continuam a comer, numa expressão só: perda de rendimentos. Esta é a realidade próxima que começa a emergir porque não há forma de se esconder. Por isto, não admira que os especialistas tracem cenários onde a pobreza não só vai aumentar como irá atingir índices próximos daquilo que foi há trinta anos. Não partilho, contudo, de um quadro tão negro. Basta pensar que, em termos habitacionais, o índice de construção nos últimos anos atingiu um expoente máximo, pelo que não creio que iremos ver, de novo, a chuva a entrar pelo telhado enquanto as camas se cobrem com plásticos e alguidares. Também não vislumbro que se volte a andar de burro no centro das cidades, mesmo na província. No entanto, muitos terão de aprender a viver com menos e onde agora há piscina e jardim, talvez vejamos hortícolas e leguminosas – o retorno à agricultura familiar há muito defendido por princípios ecológicos. Talvez se tenha de redescobrir a natureza e o equilíbrio dos ecossistemas e que não é necessário ter televisões com cem canais e, sobretudo, entender que se tem de cuidar da natureza para que a natureza cuide de nós.

Como já sou do tempo da ditadura isto não me assusta. Aterroriza-me, isso sim, o preço que iremos pagar para manter a saúde: prescindir da liberdade individual. Neste novo mundo que aos poucos vai surgindo, já não será apenas a internet a vasculhar a nossa história, mas as próprias instituições de um mundo supostamente democrático poderão continuar a monitorizar dados pessoais sob uma pretensa proteção sanitária. Os dados biométricos já não serão exclusivo de seguradoras a quem concedemos autorização, mas não será tão alienado quanto isso pensar-se que órgãos governamentais irão dispor dos mesmos hora a hora – as app’s já estão aí e em novembro passado, participei numa discussão onde se debatia a possibilidade de dados desta natureza virem a ser partilhados entre o ministério da educação, saúde e segurança social. À medida que cada um prescindir dos seus direitos, sacrificará a sua capacidade de ação num mundo que será cada vez menos liberal. Da minha parte, já constatei o que significa a medição da temperatura ao transpor o limiar de uma porta e, cumprindo o regulamento, a obrigatoriedade de desinfectar mãos e calçado, bem como manter o distanciamento social o que implicou não abraçar, não beijar nem saudar a quem, durante anos, o fiz.

Creio que, em breve, compreenderemos que esta pandemia não se resolve com o confinamento – vai ser necessário muito mais e, entre esse mais, estarão os valores universais da humanidade com destaque para o respeito para com o outro, a solidariedade, o altruísmo e, sobretudo, o equilíbrio entre nós e a natureza. Nesta encruzilhada, exigem-se lideranças fortes, capazes de dar estabilidade às nações mas também são necessários visionários que pondo de lado os modelos matemáticos, as projeções e as probabilidades, sejam capazes de apontar novos caminhos. A velha Europa aprenda com os erros do passado e saiba manter-se unidade porque o futuro é incerto. 

Falando de … O Mandarim, de Eça de Queirós

Resignados na nossa condição de gente esperançosa aguardando melhores dias, até que tudo seja debelado, somos convidados para a leitura. Livros há muitos e muitos são os que estão ao nosso alcance. De leitura acessível, alimentam a nossa imaginação, trazendo-nos um bem-estar que muito ambicionamos.

Ler escritores portugueses em detrimento de estrangeiros, é uma manifestação de boa escolha. Somos herdeiros de uma literatura que nos honra e que nos apraz. Há os escritores que são nossos contemporâneos, entendendo aqueles cuja existência está próxima da nossa, e há os que nunca passaram de moda, conquanto tenham vivido em tempos recuados e que nunca passaram de moda. Teríamos um rol de não mais findar.

Com a China no nosso horizonte, cada vez mais próxima de nós, quer sob o ponto de vista comercial, quer pelas razões que estão na origem do mal que nos avassala, ler um texto que tenha a China dentro, é motivo que não rejeitamos. Se Camilo Pessanha e Venceslau de Moraes transportaram consigo o império celeste, sem esquecer Fernão Mendes Pinto, que na Peregrinação nos apresentou os bons costumes do Oriente, transportando consigo o anátema de Fernão! Mentes? Minto, voltar a Eça de Queirós é ler o que de melhor se escreveu nas páginas do texto português.

E a China lá está em O Mandarim, mais um sopro da boa literatura, na linha do que Eça nos legou.

Lemo-lo de um fôlego. É verdade que um livro se lê tantas vezes quantas as necessárias. Neste momento de Páscoa em clausura, O Mandarim que cheira a chinês, preenche-nos o prazer do texto. Ligados a Teodoro e de braço dado com a personagem principal, somos levados para um mundo que não se sabe para onde vai e até onde chega. História hilariante a mostrar o poder da pecúnia. Mudam-se os dinheiros, mudam-se as vontades…

Escrita de grande leveza e simplicidade. Acessível a qualquer leitor. Uma espécie de ensaio, onde não falta um propósito de vida. Lê-se bem e com prazer. Nós recordámo-lo e voltámos a apreciar. Esquecemo-nos do tempo que passa e usufruímos do prazer da vida, agora que ela nos é tão madrasta.

Quartel em Abrantes

Bons dias, boa gente. Espero que se encontrem de boa saúde. Nesta altura não há muito a dizer nem há muito para noticiar. Bastaria pôr um daqueles placards a mostrar-nos os números que interessam saber para irmos continuando a rogar para que desçam tão depressa quanto possível. No entanto, o serviço público que um jornal presta à sua comunidade não se limita a mostrar notícias, mas também a manter a sua população ciente das exigências do momento e do que tem a fazer para o enfrentar. Deste modo, começo por endereçar um grande bem haja à intrépida e laboriosa equipa do Jornal do Nordeste que ao longo deste processo ainda não parou de nos informar, consciencializar e fazer boa companhia. Não ganho mais nem menos por este preâmbulo, mas considero justo salientar o trabalho a seu dono e deixar estas palavras de apreço numa altura em que todos carecemos delas. De resto, temos de cumprir as medidas, acompanhar o que as autoridades vão recomendando e ir aguentando o tranco o melhor que podemos, agarrando-nos ao tangível e ao intangível. É natural que nestas alturas bastante sensíveis emocionalmente as pessoas sejam mais dadas a falar e a escrever num tom mais exasperado. Entre os apocalípticos dias do fim e o nada será como dantes venha o mafarrico e escolha. Eu não sei se haverá muitas pessoas com a mesma opinião, mas ao contrário do que tanto se apregoa, acredito que tudo será absolutamente igual depois desta onda passar. Certamente vamos estar mais preparados para outras vagas do género por estarem mais frescas na memória, mas de resto pouco ou nada irá mudar. Quando estamos a falar com os nervos, de mãos juntas aludindo aos favores supremos de Santa Bárbara, a penar na circundante via sacra entre a sala e o quarto, nesse momento tudo prometemos, tudo será totalmente diferente, em tudo iremos mudar. Amigos, se há pessoas a beijar o menino em plena pandemia, no meio deste medo que se vive há gente que vai de criança ao colo e tudo dar a beijoca da ordem da tradição pascal. Então imaginem daqui a um tempo quando não houver epidemia. A economia não terá outro remédio se não subir e além disso não vão faltar afectos, nem beijos nem abraços, por isso não catastrofizemos. Mas o tudo na mesma como a lesma que se recomporá daqui a uns tempos nem o digo por causa destes episódios de incumprimento. Digo-o porque basta dar uma vista de olhos pela nossa história e para a história do mundo, só a contemporânea é suficiente. Tudo muda e tudo é para sempre, mas o “para sempre” acaba sempre muito antes do tempo. E os imprevistos que surjam, não são nada que etse mundo não tenha visto antes. Vejam o nada será como dantes do pós-Segunda Guerra, as organizações que se criaram, as cooperações e amizades que se firmaram, a pujança económica que brotou e olhem como está a Europa passado tão pouco tempo, dividida, falida, segregada. E o mundo encolhido por crises e terrorismos a pressentir a cada dia que passa o pânico de guerras ainda mais destruidoras. Quantos juraram a pés juntos que nada mais seria igual quando novos amanhãs se levantaram e portas de Abril se abriram e depois viram chegar FMI’s a vir dar a mão uns após os outros, a inveja e mesquinhez franciscanas que nunca deixaram de castrar, os 3 F’s que nunca deixaram de alegrar, a mesma sangria de juventude a pôr-se ao fresco de saco às costas. Quem disse que nada poderia ser como dantes no que à desertificação do interior diz respeito enquanto implorava primeiro por condições de vida, depois por estradas e por aviões e no fim já só por gente que chegue de qualquer jeito? E a Europa, terra de migrantes e emigrantes, que se espalharam, que se misturaram, que fundaram países e ajudaram outros a reerguer-se e por hora se tornou terra onde se fecham as portas aos que agora passam as mesmas necessidades e onde se vai à mala do carro para sacar das soqueiras e dos tacos de baseball dos extremismos para os apontar a esses, ao próximo e a nós mesmos.

Não há para sempres nem há amanhãs que nunca mais se tornem o mesmo na humanidade. Não há impérios que sempre durem nem epidemias que nunca acabem. Tudo é um mesmo ciclo de manhã à noite, das nove às cinco. O ser humano pouco mais pode fazer se não voltar a ser humano e retomar a sua vidinha, voltar aos seus probleminhas do quotidiano, ora dentro de quatro paredes, ora fora delas. A economia vai descer, mas fiquem descansados porque daqui a uns tempos tudo voltará à mesmíssima regularidade. No curto prazo haverá alguns esforços e cuidados enquanto tudo estiver vivo na memória, mas ainda assim tudo voltará ao normal e provavelmente ainda com mais força de viver a normalidade. Depois de o pau deixar de ir e vir por aí à solta e as costas folgarem, tudo assentará como de costume. Quartel em Abrantes, tudo tão igual como dantes.

Bruxos cartomantes

O que impressiona nestes dias ásperos, azedos, onde a escuridão do não saber se impõe à luminosidade da proficiência científica aliada à reflexão dos sages, é a proliferação de adivinhos, astrólogos, bruxos, cartomantes, leitores de buena-dicha e correlativos a lembrar o ambiente vivido pela população de Londres entre 1694-95 no decurso da peste que vitimou mais de cem mil pessoas.

Tal como venho fazendo desde há quatro semanas, abro o Diário da Peste de Londres, de Daniel Defoe segundo registo de um seu tio, leio algumas passagens vivificadoras da leitura integral da tradução Simões o crítico que nunca leu um livro de José Saramago (o leitor curioso averigúe o motivo) mas enquanto leitor de obras em línguas estrangeiras teve notáveis intuições a originarem traduções. As passagens repetidamente lidas evocam o desespero dos residentes na bela e trepidante cidade, na altura atreita a epidemias em virtude da falta de saneamento, das aglomerações de toda a espécie de pústulas que Charles Dickens tão bem descreveu nos seus livros.

As mulheres e homens de Londres atormentadas recorriam aos exploradores da crendice alheia e dos sufocados à beira da morte capazes dos maiores sacrifícios na ânsia de escaparem à senhora da gadanha. Por todos os meios os vigaristas extorquiam moedas suadas e notas novas conforme a clientela, tal como agora a praga ceifava a eito, ninguém estava seguro, daí os que podiam batiam em retirada, o mesmo fez o rei de Castela após a morte de Dom Fernando, ao levantar o cerco a Lisboa a fim de assegurar o direito ao trono para a sua mulher Beatriz filha do falecido cognominado O Inconstante.

As placas e tabuletas a anunciarem os leitores do futuro povoavam a urbe atravessada pelo Tamisa a anteciparem os mágicos televisivos a massacrarem os telespectadores, não faltando subtis mensagens de enaltecimento de personalidades a necessitarem de lustro para lá da publicidade às ofertas o termo esmola passou a ser ofensivo. Dádiva, oferta ou esmola quem era esmoler praticava o ensinamento de a mão esquerda não ver o gesto caritativo da dextra, os tempos mudaram até no universo dos bruxos e bruxas. Porque o tema gera muitas susceptibilidades, tantas quantas tangem ao espiritismo e seus praticantes, relativamente aos adivinhos e bruxas a cidade de Bragança não fugia à regra, isto é: várias mulheres e vários homens carregavam a fama de praticar o atribuído a São Cipriano cujo livro vivia escondido em várias casas do burgo bragançano. As ditas susceptibilidades impõem prudência na citação de nomes pois os herdeiros ficariam ofendidos. Mas, como dizia Miguel Cervantes: «eu não acredito em bruxas, mas que as há, há», por essa dupla razão só refiro a bruxa de Quiraz, a qual um meu familiar consultou e teve a mesma sorte dos clientes dos charlatães ingleses, ficou sem o azeite e os escudos esportulados na consulta repleta de divagações e sandices.

Na vigência da pandemia (desconhecemos fim) a verborreia irá continuar, a máquina informativa vive de rumores, boatos, notícias verdadeiras e falsas, sendo patente a amálgama a prejudicar gravemente a imprensa escorada na seriedade e competência. Desde há anos que o vetusto Diário de Notícias vive na corda bamba e as últimas referências não deixam os seus trabalhadores sossegados. Jornal durante dezenas de anos grávido de subserviência ao poder –  Alfredo da Silva, salazarista, caetanista, comunista, capitalista –, nele têm trabalhado grandes nomes do jornalismo, denodados lutadores contra as cangas de quem possui cabedais de sustentabilidade, as perspectivas são péssimas sendo de temer o pior. Ora, enquanto a comunicação social séria e respeitadora das regras gramaticais viu avolumar-se o volume das nuvens negras sobre ela, as redes sociais do despeito, do ressabiamento, da incultura ganham notoriedade, impõe-se rapidez no apoio governamental à comunicação social, porque promessas leva-as o vento, lembro o filme: E Tudo o Vento Levou, contrariado pelo brasileiro O Pagador de Promessas.

Os filmes ficam para nosso prazer intelectual os candongueiros vivendo da azucrinação pululam, façamos a separação, o nosso espírito ganha salubridade mental, a quarentena será vencida, a mensagem de Abril persiste. Apesar de todas as vicissitudes O Povo Unido…não pode nem vai ser vencido. Bom feriado na companhia de livros e música. Em casa!

Vendavais - Um risco sem seguro

O Mundo está assolado por um vírus altamente letal e que está a transformar as pessoas, os países e o planeta, em palcos enormes onde dança a seu bel prazer uma dança mortal, em que os dois dançarinos, pessoa e vírus, acabam por ter um final idêntico. Ambos morrem, qual Romeu e Julieta.

Os milhares de mortos causados já por este assassino silencioso e invisível, são demasiados para que não haja um redobrar de atenção e um isolamento, ainda que penoso, eficaz de modo a enganar o atacante. É importante desviar-lhe a atenção. Não é fácil. Por todo o lado, todos os dias, a comunicação social informa, como se nada mais houvesse para informar, o número de pessoas que morreram e os que acabaram de ser apanhados pelo coronavírus. Já estamos fartos de ouvir sempre a mesma coisa. É só coronavírus. É só Covid19. Até há dois meses atrás, o espaço informativo entretinha-se com o terrorismo, com a Catalunha, com a guerra na Síria, com a Palestina e a relação com Israel, com os mísseis da Coreia do Norte e com a política em Portugal. Vários temas para distrair o povo e mantê-lo informado do que se passava um pouco por todo o lado. O povo sim, esse que agora anda apavorado com uma só coisa: o Covid19. Parece que agora nada mais interessa informar ainda que se torne enfadonho estar sempre a falar da mesma coisa, amedrontando cada vez mais, os que ainda têm esperança de fugir do temível atacante.

Os portugueses têm feito um trabalho exemplar de confinamento. Dizem-no os números dos que foram atingidos pelo vírus. Comparativamente aos outros países, Portugal até já foi considerado como um país atingido por um milagre fantástico, perante esses mesmos números. Não. Não é um milagre, mas é um esforço, um medo atroz e uma vontade imensa de querer estar vivo. E ainda estamos longe de ver um fim. Ainda a procissão vai no adro, como diz o povo.

Perante tanto medo e tanto isolamento e, novamente, um estado de emergência, o Governo e a Assembleia da República querem festejar o 25 de Abril. Metendo 300 pessoas dentro da Assembleia. Será possível? Então não é permitido andar na rua a menos de 2 metros de distância uns dos outros, não são permitidas mais do que três pessoas juntas na rua, são proibidos ajuntamentos, reuniões, festas e outras coisas similares e os que ordenam tudo isto, querem juntar 300 pessoas no mesmo recinto para festejar o 25 de Abril? Parece impossível!

A liberdade foi uma conquista fantástica e merece ser sempre festejada. Concordo e concordamos todos certamente. Mas será que permitir uma celebração desta natureza é festejar a liberdade? Não será antes um atentado à liberdade? Não será um atentado à saúde de cada um? Não será uma tentativa de assassinato? Se queremos travar o avanço do vírus e a sua disseminação, não se pode permitir tais atitudes, especialmente porque se põem em risco pessoas que podem acabar com a sua própria liberdade. O 25 de Abril jamais acabará e sempre se fará a sua comemoração e há muitas formas de o celebrar, sem precisar de pôr em risco a saúde de 300 pessoas só para mostrar ao país a festa que se faz na Assembleia da República em nome da liberdade. Qual liberdade? Qual democracia? Chama-se a isto democracia? Será democrático pôr trezentas pessoas em risco de contaminação quando se pede à população que fique em casa, de quarentena, e não ponha os pés na rua a não ser para buscar comida para não morrer à fome? Será democrático festejar o 25 de Abril e a liberdade, correndo o risco de morrer daí a 5 dias? Aliás, quantos deputados e outros indivíduos irão participar nesta celebração que têm mais do que70 anos? Nem sequer podem ir à rua, pois são pessoas de risco e por Decreto estão proibidos de sair à rua?  Usem uma vídeo-conferência e deixem-se de avarias. Agora está na moda.

O império da incerteza

Seg, 20/04/2020 - 22:07


Ao longo do tempo pensadores da profundidade, muitas vezes boas almas, outras talvez nem tanto, foram deixando sinais de que as certezas sobre a condição humana, as capacidades de intervenção na realidade e de compreensão do que nos rodeia eram relativamente limitadas, o que nos conduziria, mais

António Ramos (AFB): “Só há campeões distritais em competições que terminaram antes de as provas terem sido suspensas”

Sex, 17/04/2020 - 16:57


O presidente da Associação de Futebol de Bragança considera “enganadores” os apoios disponibilizados pela Federação Portuguesa de Futebol aos clubes não profissionais e às associações de futebol para fazer face às dificuldades provocadas pela Covid-19.