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Na Páscoa sozinhos em casa

Ter, 14/04/2020 - 15:10


Olá gente boa e amiga!

Vivemos uma Páscoa diferente da de todos os anos, pois nesta quadra pascal os nossos costumes e tradições foram radicalmente alterados. Ficámos sozinhos em casa, não tivemos via-sacra ao vivo, não fomos à missa, nem tivemos a visita de Jesus ressuscitado em nossas casas, mas, com certeza, ressuscitou no coração de todos aqueles que estão na linha da frente neste combate contra este inimigo invisível.

Réquiem pela Europa!

Dizia Napoleão Bonaparte que a pintura e a guerra devem ser vistas de longe, o que não deixa de ter sentido porque, embora nada mais tenham de comum, se nos aproximamos demasiado, no primeiro caso, apenas perceberemos pinceladas, e mais expostos ficamos aos efeitos das armas, no segundo.

Porém, no que à guerra diz respeito o entendimento de Napoleão era que melhor se comandam os exércitos se os vemos manobrar à distância.

Também no caso da guerra biológica melhor será que a vejamos longe de nós, pelas mesmas óbvias razões.

Igualmente é atribuída ao corso Bonaparte esta outra afirmação, mais actual e acutilante: Não acordem o monstro! Tout court!

A que monstro se referia Napoleão, perguntar-se-á, sabido que não era propriamente bruxo ou adivinho, antes um estratega invulgar que morreu há já 200 anos. E não de coronavírus, note-se bem!

Referia-se à China, imagine-se, muito embora não fosse ainda a sinistra República Popular dos nossos dias. É esse monstro que acaba de acordar!

República Popular que começou por ocupar o planeta com as conhecidas “lojas do chinês”, que vendiam artigos da pior qualidade ao preço da chuva, enquanto, com o engodo da mão-de-obra barata, atraía “know-how” e empresas estratégicas para território chinês, para agora comprar e vender tudo que é determinante no exterior.

 Uma armadilha mortal para o Ocidente, como se vê, dado que o domínio chinês da economia global já é avassalador.

República Popular da qual também nos chegam, por portas travessas, notícias terríveis de desrespeito pelos mais elementares direitos do homem: trabalho escravo, desigualdade social, perseguição religiosa e corrupção.

 República Popular que igualmente gera vírus em catadupa, o último dos quais, o famigerado COVID-19, está a lançar a Humanidade no caos e a desferir uma machadada fatal na União Europeia.

Como se não bastassem o terrorismo muçulmano, os migrantes, o Brexit e Donald Trump surgiu agora mais esta nova pandemia de origem chinesa para acabar com a festa europeia.

Imaginava Napoleão que se os chineses invadissem a Europa, desarmados, não haveria como os deter, tantos eles são. É isso que está a acontecer no quadro da estratégia totalitária de domínio mundial conduzida pelo Partido Comunista Chinês, sem recurso às armas tradicionais.

Mas não são os chineses que estão em causa, note-se! São os vírus com que o comunismo chinês infesta a Humanidade.

Tão grande é a infâmia que o poderoso Ocidente nem tem sido capaz de, na emergência, fabricar equipamentos essenciais para se defender, uma simples mascara de papel que seja, e se vê obrigado a recorrer ao próprio inimigo.

 A União Europeia está moribunda e a democracia em descredito. Já se ouvem funestos acordes de réquiem!

Na mártir Itália alguém arreou a bandeira da União e hasteou a chinesa em seu lugar e o mundo inteiro assistiu, pasmado, à cena patética do Papa a dizer missa na praça de São Pedro literalmente vazia.

 Será que estamos perante o bíblico Apocalipse?

Oxalá se trata apenas, o que por si só já é terrível, de mais uma tragédia global saída dos imundos mercados alimentares da Republica Popular da China.

Impõe-se que as mais altas instâncias nacionais e internacionais e os consumidores em geral, sancionem exemplarmente os causadores deste horrível genocídio.

 Enquanto for tempo.

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.

 

QUE SABEMOS NÓS? Depois veremos...

Não falta quem se entretenha, nestes dias de chumbo, a enegrece-los ainda mais procurando encontrar, nos responsáveis da saúde pública, nas autoridades locais e demais agentes de segurança, afirmações, resoluções, indicações e atuações pretéritas que, à luz do que hoje sabemos, são polémicas, duvidosas e até erradas.

Mesmo sabendo que, de algumas delas, podem resultar consequências graves e, mesmo, dramáticas, não podem, nenhuma delas, ser analisadas, retirando-as da envolvente temporal e das alternativas então em confronto.

Admitindo que a propósito da pandemia possa ter havido abusos (o estado de emergência aligeirou os procedimentos mas não suspendeu a democracia) e desses haverá que dar a devida conta, no que diz respeito especificamente à COVID 19 e seu combate, não acredito que tenha havia quem possa ter agido de má-fé ou, tão pouco, negligentemente, sabendo ser assim. Nesta guerra estamos todos do mesmo lado da trincheira. Não se entendem, por isso, as acusações públicas a determinadas personalidades. Não é com divisões, muito menos expostas na praça pública que reforçamos a unidade tão necessária neste combate que é de todos. As alterações de estratégia de combate à pandemia são naturais e, nem sempre, representam assunções de que as anteriores estavam erradas. Vejamos um exemplo simples: o uso da máscara.

Havia, neste caso, em concreto, duas recomendações que se analisadas e levadas à risca se contradiziam. As máscaras só devem ser usadas por agentes públicos de saúde e outros bem como por quem esteja infetado. Uma minoria, portanto. Sabendo que ninguém tem a certeza de não estar infetado (os sintomas demoram uma semana, normalmente duas a manifestarem-se e a serem detetados pelos testes) cada um deve comportar-se, sempre, como se estivesse infetado... ou seja, deve usar máscara. Contudo, como facilmente se verificou, não havia máscaras suficientes e, portanto, a decisão certa era reservá-las para quem mais delas precisava e de cujo uso maior benefício trazia para tarefa: os agentes de saúde, os infetados e demais agentes públicos ativos.

Com o decorrer do tempo esta “norma” foi sendo ajustada e começa agora a ser “tolerada” e até mesmo recomendada. Ora, numa análise simples, o uso generalizado de máscaras era mais eficaz no início da pandemia do que agora. Por uma razão muito simples: o vírus não viaja de forma autónoma e se todos usassem máscara, quem quer que estivesse contaminado não o espalharia, sendo essa a forma mais bem-sucedida de evitar a contaminação. A função da máscara serviria para não contaminar nada nem ninguém. No que a máscara é mais eficaz pois bastaria cobrir adequadamente a boca e, complementarmente o nariz. Hoje que o agente patogénico já se espalhou e pode estar, mesmo que temporariamente, em qualquer objeto de uso comum, a máscara serve para proteger o seu utente de ser infetado e já não é tão eficiente pois a proteção facial tem de ser completa na boca, nariz e olhos e podemos ser contaminados pelas mãos, principalmente, mas também pela roupa e calçado.

Sabendo tudo isto, contudo, podendo as recomendações oficiais ser outras, não é líquido que fossem mais eficazes ou mais adequadas ao combate concreto.

Igualmente há razões para questionar, se não no curto prazo, pelo menos no médio e longo prazo, as imposições de isolamento social. É uma questão que não pode já ser analisada (faremos isso num próximo texto se ainda for útil) mas é difícil sustentar uma opção diferente da tomada pelo Governo Português, como a Inglaterra veio comprovar.

 

 

Psicologia Ancestral

Boas tardes, nobre gente. Que estas palavras vos encontrem bem. Que estas palavras vos apertem a mão, abracem e convosco corram por esses caminhos adentro à procura da primavera a despontar. Esses caminhos dos termos outrora calcorreados por gentes que viviam os dias constantes do campo. Por falar em trabalhos do campo lembrei-me de psicologia, estando a humanidade tão necessitada de reforço anímico. Veio-me um dia destes à mente a frase “trabalha ou anda que hás-de ir ao Naso.” Segundo me contou meu pai, era assim que se traziam os infantes motivados durante os afazeres do campo. Para quem desconheça, o Naso é  a maior romaria do planalto mirandês e decorre no início de Setembro. Seria esta frase um exemplo daquilo a que se chama hoje psicologia motivacional. Isto é, chamo eu que não sou especialista na matéria. A recompensa apresentava-se em forma de romaria e de tudo o que a romaria representaria de bom para uma criança de então fazer face ao seu inegável e hercúleo esforço. Meus caros, andemos que havemos de ir ao Naso, andemos que lá à frente alguma boa recompensa esperará por nós para valer o prolongado custo destes dias. É um bom princípio enchermos a mente de coisas boas num qualquer futuro. Pelo menos, faz-nos sentir um pouco mais bem dispostos. Os benefícios deste tipo de pensamento estão comprovadíssimos pela ciência. O sonho como constante para se levar a vida. A médio prazo a recompensa que nos aguarda; já para ultrapassar o presente momento recomendo a pscologia motivacional de grupo. A este nível lembrei-me dos cantares de trabalho de norte a sul do país. A forma de aligeirar o peso da jornada através do canto, da distração da mente produzindo e partilhando algo aparazível ao ouvido. A motivação vinda através da música, algo que nunca perdeu actualidade para o ser humano. Outra forma musical de se levarem de vencidos os obstáculos e de se levarem de vencidos em conjunto eram as formas cantadas quando era necessário efectuar algum esforço físico de forma concertada. Por exemplo, na arte de partir uma pedra. Uma vez assisti para fazer uma daquelas grandes e largas pedras de xisto que se punham em cima da porta de entrada das casas... Têm um nome mas agora esqueci-me. Começava-se por bater o terreno à procura da pedra indicada. Encontrada a dita punham-se umas cunhas nos sítios certos como se fossem agulhas de acunpuctura, complementava-se com os ferros sabiamente cravados e unia-se uma força cantada e compassada até que a pedra saísse lisa e direitinha como uma fatia de fiambre. Muito bonito de se ver, realmente. Também do género, lembro-me de um vídeo do Michel Giacometti que no seu trabalho de recolha sonora etnográfica gravou a bordo de uma traineira algarvia a parte em que os pescadores dão com o pescado (na altura não havia GPS nem sondas) e vão puxando as redes enquanto uma espécie de mandador vai marcando o ritmo daquela cantilena. Doze horas demoravam a içar as redes, revesando-se na tarefa. São cantilenas impossíveis de descrever por palavras. Cultura portuguesa ao mais puro nível. Preciosíssimo. Escrito isto passei pelo Youtube: se quiserem ver esta relíquia procurem por “alar da rede”. Pelo caminho encontrei curiosamente uma “cantilena da pedra” da Póvoa de Lanhoso. Passo a citar, “o cantar à pedra, para os alveneiros, ou cantilena da pedra, na linguagem dos musicólogos, é constituído por interjeições adaptadas a uma sugestiva melopeia em que o ritmo respiratório condiciona o ritmo do trabalho. Cada inspiração é seguida por um momento de esforço máximo coincidindo com um movimento melódico ascendente, o esforço muscular cessa no momento da expiração.” Maravilhoso!

Psicologia colectiva e cultural para a execução de árduos trabalhos. E assim temos de ir buscando modos de conduzir o esforço conjunto destas semanas. Procurar as réstias de inteligência emocional para manter a mente o mais sã possível. Estes exemplos de motivação perante as dificuldades não são do meu tempo, mas claro que a aprendizagem pela vivência não é tudo. Nem escola da vida nem a vida da escola. Às vezes aprendemos com a escola dos outros e a maior parte disto aprendi com a escola da vida de meu pai. São as vontades de querer conhecer e de querer dar a conhecer que se juntam. Chama-se transmissão cultural. Uma coisa que só faz bem transmitir nem apanhar, embora muitas vezes uns não queiram saber e outros não estejam para repassar. Um pouco de cultura e outro tanto de psicologia motivacional. Tudo muito ancestral, tudo incrivelmente útil e actual. Assim é o ciclo da vida e o do mundo e assim queiram continuar a ser. Cuidai-vos bem. Um forte abraço!

 

Lições da pandemia

Seg, 13/04/2020 - 19:52


A cada novo dia os sinais de alívio diluem-se rapidamente numa torrente de novas angústias, incertezas, perigos afinal desconhecidos, ameaças de segundas, terceiras ou quartas vagas, ao mesmo tempo que se anunciam decisões de progressiva retoma da economia, que sem pão estará tudo a ralhar, mas n