Mirandela sofre primeira derrota em casa para o campeonato
Ter, 15/10/2019 - 12:03
O SC Mirandela sofreu, no domingo, a primeira derrota em casa para o campeonato, 0-1 com o Montalegre, num jogo a contar para a jornada sete da série A.
Ter, 15/10/2019 - 12:03
O SC Mirandela sofreu, no domingo, a primeira derrota em casa para o campeonato, 0-1 com o Montalegre, num jogo a contar para a jornada sete da série A.
Ter, 15/10/2019 - 11:10
Na reunião participou Alfonso Rueda, vice-presidente da Junta da Galiza, que garantiu que a ligação vai ser considerada uma prioridade e comprometeu-se a apresentá-la como tal na próxima cimeira ibérica. “Temos que pedir [a auto-estrada] conjuntamente.
Ter, 15/10/2019 - 11:08
As pequenas pinturas que integram o Calendário da Sé de Miranda do Douro foram uma encomenda do século XVI, feita pelo bispo da altura, Jerónimo de Menezes, e permaneciam na concatedral de Miranda, mas num local pouco visível.
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Ter, 15/10/2019 - 11:05
Ter, 15/10/2019 - 11:03
A feira ancestral da época das colheitas inclui este ano 120 expositores, mais do que o ano passado, e a maioria não vem pela primeira vez. É o caso de Ana maria Henriques que viajou de Viseu para participar na Feira dos Gorazes. “Tenho artesanato em cortiça e botas.
Ter, 15/10/2019 - 11:00
O investimento atinge os 100 mil euros. Três actividades com peso na região transmontana reunidas de 31 de Outubro a 3 de Novembro. Este ano, a Final dos Campeonatos Nacionais de Santo Huberto e o Tiro aos Pratos são a novidade.
Ter, 15/10/2019 - 10:58
Segundo o presidente do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, Carlos Silva, de 20 mil hectares passou-se para entre 27 a 30 mil hectares, mas ainda é necessário aumentar a capacidade de regadio para sustentar esta cultura, já que “o paradigma mudou completamente”.
No passado dia cinco de setembro, na Gulbenkian, foi realizada uma Conferência Internacional, integrada no ciclo das comemorações dos cento e cinquenta anos do nascimento do milionário filantropo arménio. Entre os convidados destacou-se James Chen presidente da Fundação Chen Yet-Sen Family, fundada pelo seu pai Robert Yet-Sen Chen. A sua vinda à Gulbenkian justifica-se, sobretudo, pela forma diferente e inovadora como, no seio desta instituição, é encarada a filantropia. Sobretudo dedicada a combater a iliteracia infantil, tem um programa cuja finalidade é fornecer óculos a todos quantos deles precisam e não têm possibilidades para os adquirir. É curiosa a justificação dada pelo próprio James para a implementação deste programa: “Se a humanidade vai chegar a Marte nos tempos mais próximos, todos os humanos devem poder ver tal feito extraordinário”.
Mas o que me leva hoje a escrever sobre este filantropo é o seu programa de incentivo ao empreendedorismo em que o principal papel da Fundação passa pela cobertura do risco, incentivando os empreendedores a criarem novas iniciativas sem se preocuparem, em demasia, com a possibilidade de falharem. O lema é muito curioso: privatizar o fracasso, socializar o sucesso!
Quem é que em Portugal não está familiarizado com isto? Não com esta formulação, mas, em boa verdade, com o intuito inverso deste. Foi durante o Consulado da Troika em Portugal que os portugueses tomaram conhecimento da forma aceite, pelos diferentes governos que, perante a Banca, aceitou socializar os prejuízos depois de lhes ter proporcionado a privatização dos lucros mesmo quando estes assentaram em operações fraudulentas que concorreram para as imparidades indutoras das perdas futuras. E, depois de chorudos prémios concedidos a gestores “de eleição” lá fomos todos nós chamados a cobrir e liquidar os estragos das “brilhantes” administrações.
O problema é que não ficou por aí!
Soubemos recentemente que a maioria dos bancos se cartelizou e, com isso, os serviços prestados aos utentes foram cobrados por valores muito superiores aos que resultariam do normal funcionamento do mercado. Estávamos assim a pagar, uma segunda vez, as habilidades dos decisores bancários.
De tal descoberta resultou uma multa milionária que os bancos ficaram obrigados a pagar. Mas como estes não produzem o que comercializam, já fomos avisados que o custo final desta operação nos vai cair em cima dos ombros. Pela terceira vez somos nós a aguentar com a pancada.
Esta semana soubemos que o nível desastroso a que chegaram a Clínicas Maló implica, para a sua recuperação um perdão de dívida de vários milhões de euros cuja fatia mais gorda caberá à Caixa e ao Novo Banco. Como a primeira é pública e os resultados negativos do segundo serão suportados pelo Fundo de Resolução que, por estar completamente descapitalizado, vai financiar-se no Orçamento de Estado. Exatamente. Isso quer dizer que é ao cidadão que a fatura final há de ser apresentada!
Pela quarta vez!
Portugal é, até ver, um Estado independente que assenta numa Nação com História ímpar e dignidade relevante.
Digo até ver porque não sabemos até quando, face aos ventos da mundialização e da globalização que sopram sobre a Terra ameaçando tudo subverter.
Importa, por isso, relembrar que Portugal é uma das muitas pátrias que são produto do sucesso grandioso que foi a instauração da Igreja Católica Apostólica Romana no alargado espaço político e cultural que hoje, com pleno significado, denominamos Europa.
Processo que se iniciou há dois mil anos atrás com o desmembramento do Império romano às mãos dos povos ditos bárbaros que lhe estremavam as fronteiras e que paulatinamente se reagruparam e radicaram no vasto e diversificado território europeu, orientados pelo processo de cristianização que se iniciava, por regra, com o baptismo dos chefes e se consumava com a conversão das respectivas tribos.
Não é de admirar, por isso, que as diferentes comunidades que sistematicamente se foram consolidando o fizessem em torno dum santo protector, o orago ou padroeiro, à sombra de um templo de maior ou menor dimensão e recebessem o nome do próprio orago associado a uma singularidade topográfica ou a uma vocação agrária mais pronunciada, gerando tradições, usos e costumes peculiares.
São estas as raízes profundas da pátria portuguesa que ainda hoje não só a alimentam como a mantêm de pé. Figurino que se mantem praticamente inalterável em terras rurais do interior português e que os novos tempos irão,
certamente, transfigurar.
Deste estado de arte patrimonial e cultural nos dá conta o erudito cónego Silvério Benigno Pires numa obra notável que entendeu intitular Hagiografia Paroquial, a que acrescentou o subtítulo Património Cultural do Concelho de Mirandela.
Trata-se de um livro primorosamente bem escrito, muito bem organizado, profusamente ilustrado, que cuida por igual, embora separadamente, de todas as 102 povoações do concelho de Mirandela, destacando a história do seu orago, o seu património edificado em templos e monumentos, os factos históricos relevantes e a heráldica subjacente, as tradições, os usos, lendas e costumes que as caracterizam e personalizam. Narrativa enriquecida com transcrições ajustadas das memórias paroquiais para cada caso e citações consentâneas dos textos sagrados.
São 102 berços telúricos, patrimoniais, culturais e afectivos, pulsantes de história, que durante séculos, senão milénios, embalaram milhares de almas transmontanas, que Silvério Benigno Pires acorda do esquecimento e ilumina com a luz do futuro.
De salientar, por isso mesmo, a oportunidade instante deste precioso inventário religioso, patrimonial e cultural face às mutações aceleradas que o mundo está a sofrer e que tornam inadiável também que se preserve a memória e a cultura transmontanas, se pretendermos garantir a sua sobrevivência.
Uma obra de referência indispensável em todas as bibliotecas públicas e privadas, nas mesas de trabalho dos autarcas mais lúcidos que se empenhem em políticas de progresso e dignificação das suas autarquias, e dos estudiosos cujo interesse maior recair no conhecimento das gentes e das terras mirandelenses.
Venham mais obras deste teor e talento.
Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.
Era um velho repórter, quando a reportagem impressa reunia em si todos os condimentos do jornalismo. Especializara-se na vida interna do Partido Comunista. Encontrava-me com ele e Afonso Praça, que há muito nos sorriu pela última vez.
Já sem Redacção, continuava imerso nesse mundo, porque o bicho do papel nunca deixa de roer. E acrescentava um livro, recente, ou não.
Compassava a voz, e o cigarro, e o copo. Estes levavam-no, a pouco e pouco, invadindo a madrugada ruidosa de Torre de Moncorvo. Antes, amesava na Taberna do Carró.
Às terças, se na Amadora, tertuliava com amigos. Não esteve no dia 8, internado desde o fim-de-semana. Faleceu nessa tarde.
Depois que se reformara, quanto nos custava arrancar-lhe uma decisão!... Amadeu Ferreira, outro desaparecido, só não desesperava porque isso não quadrava com o seu feitio: sorríamos das demoras de quem se fizera responsável por colecção de poesia, à qual voltava como Pedro Castelhano (homenagem ao berço, Peredo dos Castelhanos, 1948), quase feliz por ter encontrado em alfarrabista exemplares do seu primeiro crime lírico, que oferecia aos próximos. Fizemo-lo presidente do Conselho Fiscal da Academia de Letras de Trás-os-Montes, mais como pretexto de irmos molhar o verbo no Solar Bragançano, onde, em 2010, me apresentou Leonel Brito. Por falar neste: veja-se o texto de Gente do Norte ou A História de Vila Rica (1977), e como é lido por quem assinou tantos documentários e biografias, ou deixou guiões por filmar.
Ao organizar a parte portuguesa de A Terra de Duas Línguas. Antologia de Autores Transmontanos (2011), seleccionei dele três poemas: “Quando o Natal chegar…” (e, agora, esse Natal perdeu-se), um doloroso “Stabat Mater…” e extensa “Carta à neta”, onde se autobiografa: «Como te hei-de dizer que fiquei sempre / à porta do infinito com a chave errada? / Se um dia te disserem que passei na vida / como ausência, acredita.»
Era a sensação que nos dava, e macerava os amigos, quando havia tempo para encontrar a chave certa. Com um pequeno esforço, e o treino da profissão, essa voz grave não nos teria abandonado sem outros frutos, ao seu alcance.
Tiremos das cinzas a palavra memória, Rogério Rodrigues.