Queda trava Sandra Cabral no IX Trail de Conímbriga
Ter, 27/02/2018 - 15:31
A brigantina caiu ao quilómetro 21 e aos 47 km foi obrigada a desistir. “A prova até começou bem. No entanto, ao quilómetro 21 dei uma queda e parti o bastão.
Ter, 27/02/2018 - 15:31
A brigantina caiu ao quilómetro 21 e aos 47 km foi obrigada a desistir. “A prova até começou bem. No entanto, ao quilómetro 21 dei uma queda e parti o bastão.
Ter, 27/02/2018 - 15:29
A equipa da casa adiantou-se no marcador perto do intervalo por intermédio de Kika, aos 44 minutos. Um golo que animou a formação treinada por António Forneiro.
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Ter, 27/02/2018 - 15:27
Foi uma partida muita táctica, com poucas oportunidades de golo mas de muita entrega das duas equipas que estão proibidas de perder, sobretudo o GDB que é 12º e procura largar a zona de despromoção.
Ter, 27/02/2018 - 15:21
Carlos Costa, que bisou, Gonçalo Araújo, que também marcou duas vezes, e Simão Carapuça apontaram os golos da equipa freixenista.
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Ter, 27/02/2018 - 15:19
A derrota no terreno do Vilaverdense não fez qualquer mossa no S.C. Mirandela. Os alvinegros deram uma boa resposta, no domingo, frente ao São Martinho com um triunfo por 1-0.
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Ter, 27/02/2018 - 15:17
É o 10º título distrital conquistado pelos Pioneiros de Bragança e o segundo esta temporada, depois da Supertaça de Futsal feminino.
Ter, 27/02/2018 - 11:44
Olá familiazinha!
Como é tão pequeno, já está a acabar. Estou a falar-vos do mês de Fevereiro, que tem sido muito participativo no nosso programa de rádio, porque os temas que temos abordado puxam pela língua ao nosso povo, com uma média de 27 participações diárias. Também tivemos 30 novas matrículas na universidade da vida. Recordámos muito o tempo antigo, quando as pessoas viviam com mais dificuldades do que agora, mas eram muito mais felizes e havia mais respeito.
Na última semana falaram connosco pessoas de 24 aldeias onde já não há nenhuma criação de gado bovino. O tio José Luís, de Azinhoso (Mogadouro), ensinou-nos que antigamente os 7 domingos da Quaresma tinham todos nomes: “O primeiro é Ana, o segundo Magana, o terceiro Rebeca, o quarto Susana, o quinto Lázaro, o sexto Ramos e ao sétimo na Páscoa estamos”.
Tivemos mais uma perda na família, desta vez foi a tia Emerência, do Castedo (Torre de Moncorvo), que faleceu no dia 20, terça-feira, com 93 anos e prestes a fazer 94. Já que lhe festejámos a vida vários anos, também agora lhe choramos a morte. Paz à sua alma e que tantos anjinhos a acompanhem como em festas participou, sendo sempre das primeiras a chegar.
De parabéns estiveram a tia Teresa, de Cal de Bois (Alijó), a tia Irene, de Samil (Bragança), o tio António Canucho, de S. Julião (Bragança), que completaram 78 anos. O tio Arnaldo (92), de Deimãos (Valpaços), o tio António Xavier (70), de Coelhoso (Bragança), o tio Ramiro (63), de Freixedelo (Bragança), a tia Maria José (50), de Sacoias (Bragança), o tio Carlos Pinto (42), de Tabuaço e o Tio Carlos (65), de Alvarelhos (Valpaços). Parabéns a todos e que para o ano constem outra vez desta página.
Agora vamos conhecer a história de uma vida que bem contada, faz tremer uma calçada e, segundo o protagonista, “ainda deixou a missa a metade”.
Luís Álvares Nunes nasceu em Vinhais pelo ano de 1650, sendo filho de Baltasar Mendes, mercador, e Branca Nunes. Trata-se de uma família numerosa e que deu largo “pasto” ao “fero monstro” da inquisição.
Com efeito, andava Luís pelos 8 anos quando levaram presos para Coimbra os seus pais e 3 de seus irmãos: Francisco Cardoso, Leonor Marcos e Filipa Nunes.
Posteriormente, a espaço, foram presos outros 6 irmãos e apenas a irmã Ana Maria Nunes escapou da prisão porque foi para Roma com o seu marido, Duarte Pereira. E a saga da família nas prisões do santo ofício haveria de continuar pelas gerações futuras, como aconteceu com uma filha, Catarina da Costa e mais de meia dúzia de netos, nomeadamente os 5 filhos de sua filha Maria Lopes casada com João Lopes Pimentel e muitos sobrinhos e primos.
Tal como continuaram as fugas de membros da família para fora do reino, como aconteceu com Francisco Ramos da Silva e sua mulher Luísa Maria Perpétua, primos entre si, sobrinhos de Maria Lopes, primos em 2º ou 3.º grau de Luís Álvares Nunes, que foram dar vida a chãos de Inglaterra (1)
Contava uns 30 anos quando, em 1680, Luís Álvares casou com Maria Lopes, de Vinhais, filha de Jerónimo Álvares e Francisca Rodrigues a qual lhe deu 13 filhos, 6 dos quais faleceram solteiros. A casa de morada seria na zona muralhada da vila, encostada à cadeia e, entre os seus bens, contava-se uma vinha, no sítio do Redondo.
Por 1702, faleceu Maria Lopes e Luís tratou de casar novamente, agora na freguesia de Rebordelo, com Clara Nunes, filha de Luís Álvares de Sá e Maria Marques, 25 anos mais nova do que ele. Deste segundo casamento, temos notícia do nascimento de duas filhas, uma das quais se chamou Catarina da Costa, nascida por 1707 e que viria a casar com Luís Henriques Tota, mercador, o patriarca de uma poderosa família de banqueiros. Também ela seria presa pela inquisição, em 1754, juntamente com sua filha Clara Maria. (2)
Vinhais… Rebordelo… A economia nacional e europeia entrava então no chamado “ciclo do tabaco”, assistindo-se a uma autêntica corrida no que respeita à distribuição do produto. Falta ainda fazer o estudo sobre a participação dos “homens da nação” de Trás-os-Montes nessa “corrida”, não apenas em Portugal mas também em Espanha e noutros países da Europa. Daria tal trabalho uma boa tese de doutoramento. Os dados que temos, se bem que muito parcelares, permitem-nos, porém, afirmar que eles tiveram um papel de grande relevo e, entre todos, sobressai o nome de Diogo (Moisés) Lopes Pereira (1699-1759), condecorado com o título de Barão de Aguilar, pelo arquiduque da Áustria, país onde teve o monopólio da venda do tabaco ao longo de 16 anos. (3)
Pois, também o nosso biografado se meteu na “corrida” abandonando Vinhais e Rebordelo e rumando à cidade do Porto onde arrendou ao contratador geral dos tabacos, Manuel de Aguilar, (4) um estanco na praça da Ribeira.
No entanto, o nosso estanqueiro do tabaco, não largaria os negócios tradicionais de estopas, sedas, baetas… e a atividade prestamista, a avaliar pelo inventário de seus bens. Com efeito, para além das fazendas existentes na loja, tinha na alfândega, chegados de barco e à espera de despacho, “6 fardos de baetas, 3 de cochinilha e 3 de cores” que valiam um conto e 500 mil réis e para o Brasil tinha enviado “uma carregação de panos de linho e um manto de barbadilho”. Tal como tinha em seu poder um cordão de ouro de uma pasteleira do Porto, a quem emprestara 20 mil réis.
Significativo das suas relações com Manuel de Aguilar, a quem estava devendo 300 mil réis, era o facto de ter “em sua casa 20 varas de estopa que são de Branca Teresa, (mulher de Manuel Aguilar), que tinha em sua casa para lhe remeter para Lisboa, que tinham vindo da tecedeira.
Em meados de junho de 1710, Luís Álvares foi preso pela inquisição, com base em denúncias feitas por pessoas de Lebução, Vinhais e Bragança que se encontravam presas e escrevendo de Rebordelo, o abade António Barbosa de Almeida, dizia:
- Ainda não estou muito capaz para lhe dar novas minhas e da terra que está em miserável estado. – Certamente que o “miserável estado” significava práticas de judaísmo.
Enquanto preparavam a condução para o tribunal de Coimbra, o prisioneiro foi metido em casa do familiar da inquisição Moura Carvalho, morador em “Vila Nova do Porto”. E tendo consigo 3 moedas de ouro, Luís entregou-as ao “carcereiro” para que as desse a sua mulher. Este porém, entregou-as ao depositário dos bens que foram sequestrados, não sem que antes descontasse uns tostões por despesas efetuadas.
Metido na cadeia do santo ofício, Luís Álvares logo começou a confessar seus pecados, dizendo que fora instruído na lei de Moisés 30 anos atrás pelos seus sogros, Jerónimo Álvares e Francisca Rodrigues, que lhe terão dito “que se queria casar com sua filha, havia de crer e viver na lei de Moisés”.
E vários dos seus pecados estavam exatamente relacionados com a morte do sogro, acontecida por 1698, em que ele e 7 filhos do defunto, seus cunhados, se juntaram para fazer jejuns judaicos por alma do falecido. E também o seu sobrinho José Rodrigues, o Traça, de alcunha, “pediu a ele confitente alguns vestidos do dito Jerónimo Álvares, para fazer jejuns judaicos por sua alma”. (5)
Pecado semelhante cometeu-o quando uma Branca Cardosa, a sanjoanina de alcunha, “lhe foi pedir um pouco de baeta para uma saia, e dizer que lhe pagaria em jejuns judaicos”.
Aliás, uma das denúncias que estiveram na base da sua prisão foi feita pelo citado José Rodrigues, o Traça, nos seguintes termos:
- Haverá 8 anos, em Vinhais, em casa de seu tio materno Luís Álvares Nunes, viúvo de Maria Lopes, agora casado com Clara Nunes, se achou com (…) na ocasião Luís Álvares pediu para fazerem um jejum judaico por alma de sua mulher maria Lopes e para isso lhes deu 6 vinténs a cada um. (6)
Não vamos continuar com as confissões de Luís Álvares, muito repetitivas, aliás, de declarações de judaísmo com seus familiares, conhecidos e amigos. E porque logo confessou e pediu perdão, seria condenado em penas espirituais, ao cabo de um ano. Resta dizer que, no seguimento da sua prisão, também a sua mulher, Clara Nunes e a sua filha Maria Nunes, foram igualmente processadas pela inquisição de Coimbra, saindo os três no mesmo auto da fé celebrado em 8.6.1711. (7)
Notas:
1- ANDRADE e GUIMARÃES - Jerónimo José Ramos ( 1726-1754) in: “ Jornal Nordeste - de 22 Novembro de 2016 -p. 27
2-ANTT, inq. Lisboa, pº 2622, de Catarina da Costa; pº 2449, de Clara Maria. Nascida em Rebordelo, Catarina e o marido moraram no lugar de Peleias de onde se transferiram para a freguesia do Sacramento, em Lisboa e depois para Alhandra, onde tinham uma loja de fazendas, quando a prenderam. Mais tarde, a família constituída por Luís Tota e Catarina da Costa foram para França, fixando-se em Bordéus. Adotaram publicamente o judaísmo, tomando Catarina o nome judeu de Sara e Luís o de Abraham.
3.ANDRADE e GUIMARÃES, Um administrador do Tabaco na Áustria, in: jornal Terra Quente de 15.10.2001.
4-IDEM, Francisco Lopes Pereira (1617-1683) rendeiro dos milhões, in: jornal Nordeste nº 190, de 3.1.2017.
5-Ainda hoje, em muitas localidades de Trás-os-Montes, as famílias se sentem na obrigação de vestir uma pessoa com a roupa dos defuntos, para que ele não ande nu na outra vida. Será costume herdado dos judeus?
6-ANTT, inq. Coimbra, pº 9119, de Luís Álvares Nunes.
7-IDEM, pº 3241, de Clara Nunes; pº 6379, de Maria Nunes, casada com João Lopes Pimentel.
Se tivermos em consideração a qualidade e os diversos graus de infelicidade das nossas Mães e Avós dos tempos até aos anos oitenta do século passado (estou a ser generoso) temos de concluir o óbvio: a maioria dessas Heroínas sofreram no corpo e na ânima persistentes trovoadas relampejadas de toda a casta de sofrimentos, quantas vezes raios a tirar-lhe a vida ou deixá-las tolheitas até ao fim dos seus dias. Não adianta colocar paninhos quentes nas bubas violentas arrecadadas ao longo das suas existências, não vale a pena soletrar palavras compungidas de remorso ou hipocrisia, as Mulheres na sua esmagadora maioria foram obrigadas a quase diária invenção no propósito de minorarem as dificuldades incluindo a de suportarem agruras por serem consideradas inferiores, quantas vezes a um nível mais baixo do que os animais domésticos a viverem nos seus lares.
Trazer e tecer considerações piedosas acerca da subalternidade da diferenciação social fica bem na lembrança de efemérides caso do dia oito de Março, pouco atreito a tal até porque considero ofensiva esta data a menoriza-las, pura e simplesmente as Mulheres têm direito (era o que faltava!) a em todos os dias do ano a ser iguais à outra parte, os Homens, na bonança e na tempestade, nos deveres e obrigações, no usufruto de bens espirituais e materiais, enfim…no viver vivendo conforme os seus códigos de conduta, convivialidade e circunstância na plena assumpção da unidade na diversidade religiosa, política e social. Tudo o resto é supérfluo e trivial, tanto como as simplistas ou simplórias campanhas das feministas implicadas nos movimentos da sua Maiorização.
As pensadoras femininas do calibre de Susan Sontag e Camille Paglia nos seus incisivos comentários evidenciaram o ridículo as possessas do feminismo, a exigente académica Paglia colocou a nu as dogmáticas senhoras, lembrando o óbvio – o despotismo masculino – combate-se dia a dia, hora a hora, se for necessário imitando Lisístrata (famosa comédia de Aristófanes) sem peias ou recuos.
O leitor fingirá não ter percebido o feito de Lisístrata, a leitora pensará: esta crónica é uma rematada hipocrisia porque ou estou esparvoado ou procuro esconder debaixo da manta de farrapos humanos a longa história de humilhações cometidas contra as mulheres, a bem viva violência doméstica desculpada aqui e onde não o deve ser, toda uma cultura de afundamento da personalidade das queridas Mães casadas com os queridos Pais, as violações verbais e físicas. Nem estou esparvoado, nem desconheço a história, muito menos o clima tendente a ilibar os pecadores, agressores e criminosos por torturarem, mutilarem e matarem.
Todo aquele que comete acções criminosas deve ser punido, os culpados não podem ficar impunes, as polícias e os tribunais existem e entre as suas finalidades a maior é garantirem a segurança dos cidadãos. Nem mais, nem menos. No entanto, os créditos das mulheres vão para lá da segurança corporal, no tocante ao espiritual a cousa fia mais fino, a filósofa Hanna Arendt escreveu sobre a banalidade do mal, dado admirar a discípula afeiçoada a Heidegger (é verdade) penso na ingente tarefa das mulheres se convencerem a si próprias na necessidade de repudiarem a banalidade em aceitarem e acharem normal incursões alheias ao seu telemóvel, às suas contas nas redes sociais, às suas contas bancárias, à sua correspondência, aos códigos dos cartões de crédito, tudo isso também considero quebra de respeito pelo íntimo e complexo edifício feito de pedaços das suas vidas. Se fosse há anos escreveria: Segredos!
Sim, eu sei, toquei no baralho de cartas prenho de ciúmes, dos ciúmes. E, manifestar ciúmes pode redundar e redunda em tragédias. O filósofo Nietzsche designou de Amor Fatti a exigência do bem e do mal no comportamento do homem, daí o Amor Fati é a emanação da teoria do super-homem, dando consistência à valoração do Homem mais forte, mais dotado, construtor de impérios e aniquilação dos mais fracos, menos dotados. Trago à colação o autor da Gaia Ciência não no sentido de repetir o dito mil vezes acerca do efeito dos seus escritos no concerto das Nações, sim na convicção do seu super-homem, Homem Novo, não ser alheio às representações do «que, posso e mando» sobre as mulheres num alarde de fraqueza intelectual ante a insofismável verdade – a Mulher e o Homem – são seres cuja formulação no corpo difere, no espírito não têm diferença. Os émulos do super-homem possuídos do temor e tremor (Kierkegaard) abusam da condição física, económica e postulados sociais a ampará-los nas tentativas quantas vezes exitosas de colocarem as mulheres nas masmorras da liberdade. A reacção é conhecida, delas e deles.