Ter, 13/02/2007 - 15:24
No sentido de demonstrar o seu descontentamento, os autarcas já solicitaram uma reunião com o ministro da Saúde, onde pretendem expor o que pensam sobre a melhor forma de servir os munícipes.
O presidente da Câmara de Chaves, João Batista, mostra-se indignado, com as conclusões da comissão técnica que estudou a reorganização da rede de urgência em Portugal. “O relatório final é muito pior que o primeiro e não tem em conta as opiniões que foram solicitadas aos municípios”, sustenta o edil. Além disso, acrescenta, “segundo os critérios técnicos, no documento inicial era proposto para Chaves uma Urgência Médico-cirúrgica e, agora, e sem alterar critérios, esta mesma comissão propõe uma Urgência Básica”.
João Batista vai mais longe ao enumerar três erros detectados no documento: “a proposta considera o Hospital de Chaves pertencente ao Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano, o que nunca aconteceu”, lamenta o autarca.
Erro: proposta da comissão técnica incluiu o Hospital de Chaves no Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano
Tendo em conta que, no passado dia 11 de Janeiro, o Governo decidiu criar o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, associando os hospitais de Vila Real, Régua, Lamego e Chaves, “nota-se aqui um total desconhecimento da situação e uma falta de atenção às decisões do Governo na área da Saúde”, considera o edil flaviense.
Além disso, o relatório apresenta 44.186 cidadãos como população servida pelo Hospital de Chaves. Contudo, esta é, apenas, a população do concelho de Chaves, pois a unidade também serve as populações dos concelhos vizinhos de Valpaços, Boticas e Montalegre, elevando o número de utentes para mais de 80 mil.
Acresce, segundo o autarca, que o documento omite “os investimentos de interesse nacional em Pedras Salgadas e Vidago, o Casino de Chaves e o aumento exponencial de dormidas que se tem registado no últimos anos”
Tendo em conta que a responsabilidade do Governo nesta matéria, João Batista deixa um apelo: “Chaves e a região esperam que o seu Hospital tenha uma Urgência Médico-cirúrgica e responda com qualidade às solicitações dos cidadãos”, adverte o edil.