Ter, 21/04/2009 - 10:42
O novo equipamento, que disponibiliza 21 camas, representa um investimento de 600 mil euros, financiados em 45 por cento pelo programa Saúde XXI. Com entrada em funcionamento da nova UCC o número de camas disponíveis no distrito de Bragança aumenta para uma centena, contando-se já um milhar em toda a região Norte.
Recorde-se que a taxa de envelhecimento no concelho de Miranda do Douro ultrapassa os 200 por cento, o que demonstra “a importância destas unidades”.
Na óptica do provedor da SCMMD, Mário Corredeira, “a entrada em funcionamento deste novo serviço representa o regresso dos cuidados de saúde à instituição”.
Aproveitado a presença do governante, o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, realçou a necessidade “urgente” dos doentes daquele concelho poderem ser tratados na vizinha Espanha. O autarca justifica a sua posição por uma questão da proximidade. “Só na cidade de Zamora (Espanha), que dista pouco mais de 35 minutos de Miranda do Douro, há dois hospitais com praticamente todas as valências médicas”, salientou o edil.
Manuel Rodrigo lembra que é mais fácil para os mirandeses chegarem a Zamora do que a Bragança. “Quando se trata de salvar vidas a distância é fundamental”, alegou o autarca.
Já há muitas pessoas que recorrem aos serviços de Saúde privados em Espanha, através de seguros que permitem o acesso a consultas de especialidade.
Autarca de Miranda do Douro diz que é urgente facilitar o acesso aos serviços de Saúde espanhóis
Em resposta, Francisco Ramos disse que a pretensão da utilização dos serviços de Saúde espanhóis por utentes portugueses em regiões de fronteira já é do conhecimento do seu Ministério, tendo sido um assunto abordado na última Cimeira Ibérica, que decorreu em Zamora.
“Esta é uma matéria que tem de ser analisada com rigor e cautela. Os dois países têm de estar de acordo. A mobilidade de doentes na Europa e a possibilidade de cidadãos de um país recorrerem a serviços de Saúde de outro país europeu é uma questão que está a ser discutida, havendo mesmo já uma proposta em Bruxelas”, justificou o governante.