Eclipse solar fascina curiosos

PUB.

Ter, 04/10/2005 - 14:27


O eclipse anular do sol visível, ontem, em Portugal continental reuniu centenas de pessoas em diversos pontos do Nordeste Transmontano, visto que esta região foi apontada pelos especialistas como o local de melhor visibilidade deste fenómeno raro.

A vila de Argozelo, no concelho de Vimioso, recebeu investigadores, cientistas e curiosos, oriundos de Portugal e do estrangeiro, que se deslocaram a Trás-os-Montes para assistirem a este acontecimento astronómico.
O santuário de S. Bartolomeu, em Argozelo, está situado no cimo de um monte, pelo que atraiu centenas de pessoas para observarem este fenómeno raro, que já não era visível em Portugal continental desde o ano de 1912.
As condições climatéricas também estiveram do lado dos observadores, dado que permitiram uma boa visibilidade destes dois corpos do Universo. Perto das 9:50 horas, a lua sobrepôs-se ao sol e deixou visível, apenas, um anel de luz à sua volta, o que permitiu a observação de algumas estrelas mesmo durante o dia.

Bragança foi um dos
locais privilegiados

A cidade de Bragança também acordou cedo para assistir ao eclipse anular do sol que só voltará a ser visível em 2028. O terraço do Teatro Municipal e as escolas secundárias da cidade foram os locais escolhidos pelos cientistas e curiosos para observarem esta faceta da estrela que ilumina o planeta Terra.
Miúdos e graúdos observaram atentamente este fenómeno raro no Nordeste Transmontano, a região portuguesa que se encontrava mais próxima da linha central deste evento.
Apesar do entusiasmo manifestado pelas pessoas, os especialistas alertaram os curiosos sobre os perigos de observar este fenómeno sem qualquer tipo de precaução. Por isso, aconselharam as pessoas a usar óculos especiais e filtros adequados para aqueles que utilizassem binóculos ou telescópios, dado que a observação directa de um eclipse pode causar queimaduras irreparáveis na retina do olho.

Observação na Serra da coroa

Em Bragança, esta actividade astronómica foi promovida pela Associação de Ciência Viva da cidade, em conjunto com a Agência Nacional para a Cultura Científica e tecnológica (Ciência Viva) e pelo Centro de Ciência Viva de Constância, que começaram a desenvolver actividades astronómicas no dia anterior ao eclipse.
A serra da Coroa, no concelho de Vinhais, foi o local escolhido por oito elementos e amigos da Associação “Montesinho Vivo”, para observarem este fenómeno astronómico.
No ponto mais alto do Parque Natural de Montesinho, estes curiosos assistiram ao alinhamento do sol e da lua no primeiro eclipse anular do século XXI.