Ter, 20/06/2006 - 14:47
Trata-se de um leque de acções implementadas em diversas aldeias da região, que contam com a presença de uma técnica da Câmara Municipal de Bragança (CMB), um membro do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (organismo da GNR) e elementos dos Bombeiros Voluntários de Bragança.
Este grupo de trabalho disponibilizou-se para promover acções de formação e sensibilização à população, no sentido de esclarecer os habitantes das aldeias acerca dos cuidados a ter e dos modos de acção em caso de incêndio.
Esta campanha foi implementada, segundo o vice-presidente da CMB, Rui Caseiro, com o objectivo de “evitar que as nossas florestas sejam dizimadas actuando junto dos nossos cidadãos”.
Com a ajuda das acções de sensibilização, o responsável acredita que este ano não se vai revelar tão trágico como o transacto, uma vez que “as condições climatéricas são mais favoráveis e contamos, ainda, com o esforço das populações”, revelou.
Recorde-se que estas sessões de esclarecimento estão integradas na Comissão Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios e irão decorrer até 30 de Junho, em várias aldeias do concelho.
Pouca afluência
Ainda que visem proteger e prevenir os fogos florestais, estas acções têm tido pouca adesão da parte dos habitantes dos rurais, factor que, na óptica do comandante distrital da GNR, António Fernandes, é negativo. “Populações informadas podem evitar algumas ocorrências, já que grande parte dos incêndios resultam do descuido e negligência”, explicou o operacional.
Segundo registos dos últimos 14 anos, a localidade do concelho de Bragança mais atingida por esta calamidade foi a freguesia de França, ainda que o ano passado tenha sido excepção.
Entre 2001 e 2005, cerca de 61 por cento dos incêndios na região ocorreram devido à negligência das populações. Já 26 por cento das ocorrências foram provocados intencionalmente. De causa natural, como trovoadas, aconteceram 10 por cento dos incêndios. Por último, 3 por cento dos fogos têm origem desconhecida.
Recorde-se que o número a contactar em caso de incêndio, ou suspeita do mesmo, é o 117.