Terceiro filho vale 7500 euros

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Ter, 13/02/2007 - 15:21


Os jovens casais residentes no concelho de Carrazeda de Ansiães que decidam ter três filhos, até aos 35 anos, recebem 2500 euros por cada criança, o que corresponde a um subsídio de 7500 euros.

Desde a introdução deste incentivo à natalidade, em finais de 2005, a Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães (CMCA) já atribuiu três apoios, que custaram 22 500 euros aos cofres da autarquia.
Segundo a vice-presidente da CMCA, Natália Pereira, o último incentivo foi atribuído no mês passado a um casal que ficou com três filhos após o nascimento de gémeos.
Este apoio, criado no âmbito do Cartão Jovem doMmunicípio, vai aumentando de acordo com o número de filhos. A partir do quarto nascimento, a compensação sobe para mais de seis mil euros por cada criança. Ou seja, um casal que tenha quatro filhos até aos 35 anos recebe um subsídio de cerca de 24 mil euros.
Natália Pereira explica que este incentivo visa combater a tendência demográfica negativa que se tem verificado no concelho. “Em 1998 houve um maior número de nascimentos, mas a quebra demográfica voltou a acentuar-se no ano seguinte”, acrescentou a vice-presidente.

Jovens casais ficam pelo terceiro filho apesar do subsídio ser mais atractivo a partir do quarto nascimento

A diminuição acentuada da população estudantil foi o factor que alertou a autarquia para a necessidade de criar medidas de incentivo, destinadas aos jovens que se fixem no concelho.
“Ainda não entregámos nenhum subsídio pelo quarto nascimento, talvez porque as pessoas que decidem ter um maior número de filhos o façam mais tarde e já não tenham idade para beneficiar desta medida”, afirmou Natália Pereira.
A responsável realçou, ainda, que, aquando do levantamento dos dados demográficos do concelho para elaborar a Carta Educativa, verificou que 2005 também foi um ano de excepção em relação ao número de nascimentos. “Houve um aumento considerável do número de bebés, embora não se saiba se esteve directamente ligado com o lançamento desta medida”, acrescentou a vice-presidente.
Apesar do número de crianças não ter aumentado significativamente desde que a autarquia atribui o subsídio, Natália Pereira salienta que esta é uma boa ajuda para os pais que queiram contribuir para o aumento da população jovem no concelho.