Terra Quente ligada em rede

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Ter, 13/02/2007 - 15:21


Daqui a um ano, os cinco municípios da Terra Quente estarão interligados por uma rede de fibra óptica.

Trata-se de um projecto desenvolvido pela Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana (AMTQT) e que vai ligar os diversos concelhos em rede. O objectivo é “inverter, de algum modo, a tendência para a desertificação e promover a competitividade dos territórios, para atrair possíveis investidores”, explicou um técnico da AMTQT, Manuel Miranda.
Deste modo, as populações de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor vão ter acesso à Internet a uma velocidade superior à dos tempos de hoje. “Esta rede vai estar espalhada pelos concelhos e, mais tarde, queremos que inclua diversas entidades públicas e serviços, nomeadamente os hospitais”, referiu o responsável.
Além dos habitantes, esta rede vai estender-se a instituições, contribuindo, deste modo, “para a melhoria do atendimento ao cidadão”, sublinhou Manuel Miranda.
As populações irão, assim, estar mais próximas de serviços de grande utilidade, como é o caso da telemedicina.

Implementação da rede pode abrir novas perspectivas à distribuição de informação via cabo

Além da Internet e rede de dados, a fibra óptica pode abrir novas perspectivas à distribuição de informação via cabo, nomeadamente ao nível de operadores televisivos, o que contribuirá para diminuir os custos destes serviços. As empresas de telecomunicações são outros dos agentes que poderão vir a utilizar a rede que vai surgir nos municípios da Terra Quente Transmontana.
Orçado em sete milhões e 800 mil euros, este projecto vai ser, no início do próximo mês, candidatado a um programa, com vista à obtenção de comparticipação financeira. Por isso, ainda não é possível avançar o montante que cada autarquia envolvida terá que suportar. No entanto, o responsável adiantou que os promotores pretendem que o financiamento ainda seja sujeito ao III Quadro Comunitário de Apoio, ainda em vigor.