Uma jovem com punhos afiados

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Ter, 19/12/2006 - 16:22


Sandra Neiva é um nome a ter em conta no desporto regional e nacional. Com apenas dez anos, esta criança, filha de um mestre de várias modalidades desportivas e de uma formadora de modalidades desportivas (proprietários do ginásio Budogym), distribui “tareia” nas suas adversárias.

Seguidora da modalidade de Formas e Punhos tradicionais, Sandra Neiva conta já com um vasto currículo. Em Novembro de 2000 realizou a primeira demonstração na 1.ª Budo Gala realizada em Bragança, isto ainda, antes dos 4 anos de idade. Três anos volvidos, participa naquela que seria a sua estreia em competições. Com um espírito aventureiro, a jovem guerreira propagou, em 2003, o seu dom no campeonato regional em Formas de Punhos Tradicionais, na categoria feminina até 12 anos, no qual subiu ao lugar mais alto do pódio. Lugar que viria a ocupar meses mais tarde no Campeonato Nacional e, posteriormente, na Taça de Portugal na mesma categoria.
No ano seguinte, o campeonato regional contou, novamente, com a presença da temível e respeitada Sandra. Na realidade, a atleta não defraudou as expectativas, acabando por subir ao lugar mais alto do pódio, desta feita, em Formas de Punhos Tradicional, em Formas de Armas Tradicional e em Tai Chi Chuan Tradicional (femininos até 12 anos).

Os inúmeros títulos conquistados fazem dela uma das maiores promessas do mundo das Formas de Punhos / Armas Tradicional e Tai Chi Chuan

O ano de 2004 viria, ainda, a distinguir a jovem desportista, aquando da participação na Taça de Portugal. Por falta de competidores na sua categoria, a atleta subiu à classe de 13 a 17 anos. Na altura, Sandra contava, apenas, com 8 anos de idade mas a sua determinação e domínio técnico da arte Formas de Punhos Tradicionais valeram-lhe um inacreditável terceiro lugar.
No dia 25 de Junho de 2005, a Câmara municipal de Bragança promoveu o “Dia do Desporto”, atribuindo uma Medalha de Mérito Desportivo a Sandra Neiva pelos seus feitos singulares na sua área desportiva.
Até ao presente, a atleta não competiu em provas regionais e nacionais, não porque ela perdesse o amor a esta arte, mas pela discriminação desta modalidade em Trás-os-Montes.
Quem acredita nestas modalidades e, particularmente, na jovem campeã é a família Neiva, que continua a alimentar o sonho desta jovem, treinando-a com regularidade em cenários recriados para esta arte. Efectivamente, Paulo e Isabel Neiva desenvolvem diariamente esforços para levarem a filha à adrenalina do espírito competitivo. Já organizaram torneios amigáveis, mas o dinheiro envolvido é muito e nem sequer dá para aquecer a pequena campeã. Em mente estão alguns projectos que poderão ser financiados pelas autarquias e empresas privadas.
Por enquanto fica uma breve sinopse desta grande menina, que, num futuro próximo, poderá facilmente aparecer no topo do desporto além fronteiras.