Ascendi sensibiliza para preservação da fauna
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Qua, 20/09/2017 - 10:46
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Ter, 19/09/2017 - 16:15
Olá familiazinha!
Estive de férias na região do Minho, em Vila Praia de Âncora, onde fui pai e marido a tempo inteiro, ganhando energias para o novo ano lectivo da universidade da vida.
Quem não deu férias à familia foi o nosso primo Rui,que mais uma vez esteve no comando do amor e da amizade da familia do tio João, brindando também os leitores deste jornal com a sua página. Já desde sábado passado que estou no activo. Os últimos aniversariantes foram o tio Duarte, pastor de Prado Gatão,Miranda que fez 3 dúzias(36 anos) e o Leonel Farruquinho de Coelhoso, que nos liga de Orly França, fez 41anos.Parabéns para ambos que são dois grandes ouvintes e participantes do progama.
Quem nos ouve diariamente também são os nossos meninos da Apadi que vai realizar mais um ano o almoço convívio no complexo do Geadas,na estrada do aeródromo. Todos os anos a familia está presente, contamos consigo! São ouvintes muito especiais e agora com ajuda da equipa técnica da Apadi vamos conhecê-los:
Tomé Guerreiro estava já há algum tempo à espera do seu amigo Júlio Manso e foi logo direto ao assunto sem qualquer introdução, brandindo o jornal Nordes de algum tempo atrás.
– Já viu o que vem aqui escrito?
– Não vi, mas o meu amigo vai dizer-me, com toda a certeza.
– Claro que sim. Diz aqui no jornal que a amêndoa coberta de Moncorvo obteve a certificação da União Europeia.
– Estamos então de parabéns.
– Claro, todos nós, a começar pela Câmara Municipal que em colaboração com o Agrupamento de Produtores de Amêndoa, elaboraram, promoveram e candidataram o processo. Só é pena que não se tenha acautelado a preservação do germoplasma da espécie autótone e tradicional.
– Agora é que eu não entendi nada!
– A amendoeira, como sabe, ao contrário da oliveira, é uma árvore de vida curta. Por isso é necessário ir renovando os amendoais.
– Claro. Mas isso não é natural?
– Naturalíssimo! O que acontece é que as novas árvores são de origem italina, espanhola e francesa, diferentes da tradicional.
– Provavelmente porque são melhores.
– Muito melhores! Por isso é que estão a ser preferidas às de antigamente.
– E isso é mau?
– Claro que não. É bom porque permitem maior rentabilidade, mais resistência às pragas e mais longevidade. Mas com o passar do tempo, com a substituição das árvores mais antigas pelas novas espécies, estamos, pouco a pouco a perder um património que é nosso.
– E para que queremos nós esse património, para que servem essas velhas árvores se existem melhores espécies disponíveis.
– Meu caro amigo, isso nem parece seu. Para que o queremos? Ora essa, para o conservar, exatamente pela mesma razão por que conservamos os castelos, os fortes, os castros e outras antigas construções.
– Isso é diferente. São monumentos antigos e com muito valor.
– Diferente em quê? A questão é exatamente a mesma. A conservação dos monumentos não impediu a modernização da habitação. Conservar as construções antigas não quer dizer que tenhamos de manter a técnica e a forma antiga de edificar as habitações. As casas de agora podem e devem ser mais confortáveis, ter outro tipo de estruturas e comodidades. Mas isso não pode implicar a destruição ou sequer a deterioração do património edificado só por não ter essas características.
– Ou seja devem os agricultores optar por novas variedades mas deve ser assegurado o património original da tradicional?
– Exatamente.
– Mas como?
– Assegurando a existência de alguns amendoais com as espécies tradicionais que embora tendo rendimentos mais baixos e menor resistência a pragas e doenças, garante que não se perdem as espécies que durante milhares de anos povoaram as encostas dos montes da Terra Quente.
– E porque hão-de os agricultores, cujos rendimentos são tão escassos, preocupar-se com essa questão em vez de aproveitarem todo o terreno disponível para plantações modernas e rentáveis?
– Tem toda a razão. Não compete aos agricultores assegurarem esse objetivo. Essa é uma tarefa das instituições do setor com o devido apoio da autarquia!
– E não há outra forma de garantir esse desiderato?
– Sim, há outra forma que aliás é já usada em outros locais: isolando, conservando e preservando o respetivo germoplasma.
– E como é que se faz essa preservação?
– Isso é que eu não sei. Mas há, certamente quem saiba. Basta inquirir.
– Nem mais!
Lembrar o 25 de Abril é afirmar que Portugal virou uma página na sua história. Dizimada a ditadura, nasceu uma democracia, inicialmente, titubeante que alterou a vida de uma população clamando pela liberdade.
São palavras gastas que todos conhecemos e que vamos transmitindo aos vindouros.
Com a democracia, novos horizontes se abriram nas nossas vidas. Hábitos diferentes fomos conquistando. A escola proletarizou-se. O ensino ao alcance de todos. A cultura é para quem a quer. Bibliotecas, muitas, estão acessíveis para quem as deseja utilizar.
Férias para quem trabalha. Não há profissional que não as ambicione e as concretize. Uns por cá, outros repartem-se por terras nunca imaginadas.
O país enche-se de turistas, outrora só considerados aqueles que possuíam grandes meios. Hoje é ver praias pejadas de gente, onde o corpo ao léu, uns calções e uma roupa simples, torna o país mais democrático. Ricos e pobres misturam-se em suaves mergulhos nas águas atlânticas. Nada mais democrático que uma praia cheia de homens, mulheres e crianças banhando-se em piscinas, no mar ou no rio, esquecendo que o país, apesar de tudo, ainda vive num ambiente de ancestralidade. As formas de tratamento ainda são o estigma de classes sociais, que os partidos teimam em desconsiderar.
Falando de férias, não há quem não deseje o Algarve, ou não o escolha por destino. É o nosso desígnio. Para muitos, ir de férias é ir ao Algarve. E aí percorrê-lo todo, gozá-lo com avidez como se fosse o último dia da vida. Não há que escolher. Tudo é bom, belo, bonito, rico. O mar e o céu proporcionam um quadro edénico. Tudo fica na retina.
Olhão é também Algarve. Do mais puro e do melhor quilate. O peixe e o marisco devoram-nos o olhar. Mais adiante, as ilhas de ondas calmas, de lindas casas, de restaurantes que apaziguam a nossa ânsia de apreciadores habituados a outras iguarias. Difícil é dominar a frugalidade. As carnes que fumegam em fumeiros diferentes dos que antigamente existiam no Algarve, ficam para outros repastos. Esquecemo-nos dos chouriços, das alheiras, das postas mirandesas e com avidez, sentados, na Ilha do Farol, vamos saboreando sardinhas e tudo o que possa sugerir sabor a mar.
De Olhão à Ilha do Farol, num barco lotado de gente ansiosa pelo mar calmo, são quase quarenta e cinco minutos. Bilhetes baratos para o bolso do veraneante. A ilha faz lembrar as ilhas francesas diante de La Rochelle. As casas limpas, pequenas, primeira ou segunda habitação, recordam o aconchego e o carinho de quem à custa de sacrifício tornam o seu espaço uma espécie de paraíso terreal. E nós, habituados à leitura de jornais, lamentamos, repudiamos e censuramos aqueles que do Governo, alegando o ambiente, teimam em destruir um património inédito, ímpar e singular, baseados em critérios livrescos, que poucos conhecem.
Depois, a Televisão a fazer concursos de aldeias típicas! As ilhas são o que de mais genuíno existe. Deixem viver os que são felizes na pequenez/grandeza dos seus lares.
Depois, Olhão é terra de todos os mariscos. Das festas que não cansam e onde a alegria abunda, do Caíque que em 1808 zarpou a caminho do Brasil. Lá está uma réplica a recordar às gerações visitantes que a terra é grande e enorme. Da Restauração a denominou D. João VI. Para o Brasil demos a notícia a amigo nosso e de Portugal. Magistrado que um dia cá virá.
E de restauração é a terra modelada. Lindo hotel na orla marítima. Festival de marisco a fazer as honras da cidade, vila de antigamente, vai-se alindando. E nós veraneantes de um Portugal distante, prometemos que voltaremos a degustar aquele marisco que a empregada afirmou ser da costa, e terminar o repasto com uns figos, enxários de seu nome, ou enxários, conforme queiram, mas que os empregados, não sendo enciclopédicos, desconheciam. Não faz mal.
Até para o ano. Num Olhão que desejamos próspero, numa Ria Formosa que alimente o olhar e o coração dos que por lá se aproximam, ou num outro recanto deste país à beira mar plantado, recordando Tomaz Ribeiro.
E para memória futura, umas palavras com sabor a maresia, para mais tarde recordar!
Não foi adoptado o Acordo Ortográfico em vigor