Olá familiazinha! Quando eu era criança também brincava ao Carnaval, apesar de nunca ter sido muito de me mascarar. De bisnaga cheia de água em punho e farinha na outra mão, lá ia eu à procura das raparigas para as enfarinhar porque, “no Carnaval ninguém leva a mal!”. Antigamente havia muitos pais que não deixavam as filhas sair neste dias para não serem enfarinhadas. Também recordo as famosas matinés de bailes infantis do Clube de Bragança, onde estive presente alguns anos.
Agora o Carnaval é mais organizado. A nossa cidade fez um grande desfile com a presença das escolas e de algumas instituições de Bragança. Nesta quadra também há várias localidades que festejam o Carnaval com desfile de carros alegóricos, como é o caso de Coelhoso que, no Domingo Gordo, faz o Funeral do Pai Fartura, bem como o célebre Entrudo Chocalheiro em Podence.
Este ano um grupo de amigos da Família do Tio João, resolveu organizar, pela primeira vez, um almoço de Carnaval com tarde dançante, visto que todos os anos, nesta data, se realizava a viagem de Carnaval da Família. O almoço típico de Domingo Gordo realizou-se no pavilhão multiusos de Caravela (terra da tia Leninha, senhora minha esposa) e contou com a presença de mais de uma centena e meia de comensais/foliões, que saborearam um repasto composto de moelas, coxinhas e asinhas de frango, alheiras e chouriças, feijoada lombardesa, carnes de porco assadas, acompanhadas de arroz e salada. Várias sobremesas, onde não faltaram as filhós, típicas do domingo filhoeiro, café e digestivo. Durante a tarde houve também baile com o organista e acordeonista Francisco Cubo, onde houve um prémio para o melhor mascarado, que foi o tia Yolanda Fernandes, filha da nossa tia Afonsa.
Aproveitamos para apresentar as nossas condolências à família enlutada de José Zoio, que morreu tragicamente em Salsas, e à nosso tia Guidinha pela perda da sua centenária mãe, que há dois meses tinha sido motivo da nossa página.
Neste número vamos saber como se festeja o Carnaval em Colónia (Alemanha) através da crónica do nosso ouvinte, emigrante nessa cidade, Jorge Rodrigues.