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Apicultores com prejuízos de 30% devido à vespa asiática e à varrose

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Ter, 19/11/2019 - 11:01


“Quando uma colmeia fica debilitada, porque diminui a sua população e devido à pilhagem da vespa velutina, que comem o resto das abelhas e as criações”, explicou Manuel Gonçalves, presidente da Federação Nacional de Apicultores de Portugal. 

Antigo Governo Civil ainda pode ser a próxima morada da secretaria de Estado

Ter, 19/11/2019 - 10:51


“É um edifício emblemático, está localizado no centro histórico e vai ao encontro do que é a orientação municipal de desenvolvimento desta parte da cidade”, explicou Hernâni Dias. Além do Governo Civil, estruturas como a antiga Junta Autónoma de Estradas são opções que não estão excluídas.

Proteja-se contra o frio

Os problemas respiratórios são muito frequentes?

Os problemas respiratórios são outros dos problemas frequentes relacionados com o frio. As pessoas que sofrem de problemas respiratórios diagnosticados (por exemplo, asma e DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) devem ter especial atenção a esta época de maior atividade gripal, pois enquadram-se no grupo de pessoas vulneráveis.

 

Tenho outros problemas de saúde, podem agravar-se?

Impõe-se

Passado o período eleitoral e não havendo factos significativamente relevantes, impõe-se a reflexão sobre o novo figurino parlamentar e sobre aquilo que o mesmo traduz.

A gerigonça, pelo que se sabe, mudou-se para Espanha com o PSOE e o PODEMOS a ensaiar os primeiros passos num tango que não se augura muito feliz. Em primeiro lugar porque não sendo original, pretende ser uma cópia do que por cá se fez. Contudo, nem nisso foram bons já que ao escolher par, Sánchez esqueceu-se de que o primeiro-ministro português, ou porque não terá muito jeito para a dança, ou porque é um estratega nato, preferiu um joguinho de sueca que lhe permitiu estar relaxado, piscando o olho ora a um ora a outro dos parceiros, sem nenhum deles poder dizer que fez batota. Durante quatro anos, foi-os contentando e a legislatura, contra as expectativas, chegou ao fim para gaudio de todos, sobretudo do presidente da república. Quem conhecer melhor as cartas do que eu e estiver mais familiarizado com os jogos de mesa, pensará que a ignorância me leva a considerar que para a sueca só são precisos três jogadores em vez dos habituais quatros; no caso convém recordar que o PCP trouxe o amigo Verdes para a mesa.     

O PAN caminha a passos largos para a institucionalização e, por mais que reafirme o contrário, está bem patente, no seu discurso, esta nova forma de estar e de fazer política. Basta comparar o programa eleitoral de 2019 com o apresentado há quatro anos para constatar que suavizou o discurso e onde antes punha os animais, coloca hoje as alterações climáticas. Onde antes se falava dos animais não humanos que deveriam ter estatuto jurídico equiparado a menores, fala-se agora em animais simplesmente. Lamenta-se que um partido desta natureza tenha deixado cair a bandeira da caça desportiva, um claro sinal de que o aburguesamento já chegou ou, então, os cheiros da capital não lhe permitem ver os efeitos que a caça tem na natureza e nos animais que dela fazem a sua casa.

Face a isto, não admira que tenham surgido três novos partidos com assento parlamentar. Querendo parecer distintos entre si, e sendo-o de facto, também eles podiam reinventar uma gerigonçazinha capaz de dar dores de cabeça à governação. Contudo, porque não são partidos de causas mas de factos, não conseguem ir para além da circunstância e da espuma dos dias, sendo que o mais irónico é haver quem se diga antirregime e não só tomou assento no parlamento, como passou a financiar-se com o erário público.

Estando longe de entender como vai ser o caminho que os estreantes irão fazer, até agora, a relevância vai para a gaguez da deputada e para as saias do seu assessor que, não só conseguiram tomar conta dos canais mediáticos, como conseguiram que a opinião pública falasse dos políticos e esgrimisse argumentos ora a favor ora contra. Se sobre saias não me pronuncio, não me parece que a combinação de cores tivesse favorecido o manequim, mas, como gostos não se discutem e acredito que alguém lhe tenha dito que estava impecável… por aqui me fico. Já sobre a gaguez, num espaço em que a palavra é instrumento de trabalho e a oratória é a base do parlamentarismo ousaria apresentar o meu ponto de vista se para tal houvesse espaço. Não está em causa a legitimidade da deputada eleita democraticamente e, como tal, com poderes para representar quem nela votou, independentemente dos mecanismos que presidiram a tal escolha. Identificação? Desafio? Ou simplesmente um voto de protesto? – não se saberá; mas, seja qual foi o critério, receio que se esteja de novo perante um facto mediático, inconsistente e incapaz de se fortalecer no tempo. Prova disso, é que de todos os partidos com assento parlamentar, este é o único a não apresentar qualquer iniciativa legislativa, nem sequer um projeto de resolução que seja capaz de confrontar o governo com algo que já tenha feito. Como se tal não bastasse, já se ouvem as vozes do seu próprio partido a pedir que alinhe a sua agenda política por aquilo que são as causas do Livre. O palco mediático que lhe foi dado provoca engulhos no grupo de contato (direção) que queria ver uma agenda que fossa além da militância feminista e das causas racistas, com uma reinterpretação da história excessivamente livre para que seja levada a sério. Nem a ecologia nem o europeísmo – temas significativos para o fundador do partido, figuram na agenda. Podendo ser esta uma estratégia da deputada para se manter na sua zona de conforto, não será sustentável a médio prazo.

Como o tempo é bom conselheiro, e a época do natal se avizinha, mantenhamos a esperança de que a lufada de ar fresco que entrou pelas portas do parlamento não saia pela janela entreaberta dos gabinetes.

Vendavais - Desmandos da ignorância

A questão bíblica sobejamente conhecida Quo Vadis Domine, Para onde vais Senhor, pode-se aplicar aqui perfeitamente, quando queremos saber para onde quer ir este governo com algumas medidas que pretende implementar. Impõe-se colocar de lado o Domine, já que este senhor do governo, nada tem de bíblico.

Numa sociedade que se diz moderna e onde o conhecimento se deve pautar como base de progresso, não se entende que se proponha passar os alunos até ao nono ano, mesmo não sabendo a matéria curricular que é dada saber e que promove a progressão normal do ensino básico. Todos sabemos que as bases são essenciais seja o que for que se queira construir. Se as bases forem fracas, toda a construção cairá mais facilmente. Uma casa sem bases sólidas, arrisca-se a cair ao menor vendaval.

Ora se queremos uma sociedade conhecedora, moderna, preparada para podermos falar dos homens de amanhã, desses que nos irão governar, como costumamos dizer, então teremos de os preparar convenientemente, caso contrário arriscamo-nos a construir uma sociedade onde predomina a ignorância e cujo futuro é inconsequente.

O governo até pode desculpar-se com as justificações que entender, mas isso jamais servirá para convencer a opinião pública da tremenda injustiça e irresponsabilidade dessa pretensão. Os alunos não podem ser joguetes de uma qualquer satisfação do governo, nem podem ser atirados para um mundo de trabalho onde predomina a ignorância e a irresponsabilidade. Um governo responsável prepara a sua juventude convenientemente e alerta-a para os perigos de um futuro cada vez mais incerto. Não podemos preparar uma sociedade do salve-se quem puder. Isso quase já nos toca pela porta com tanta corrupção, roubos e assassinatos diariamente.

Os professores têm a responsabilidade e obrigação de ensinar os seus alunos e, estes têm a obrigação de aprender o que lhes é ensinado para assim poderem progredir depois de avaliados convenientemente. Se os alunos souberem que podem passar mesmo sem saber e que não são retidos mesmo se não souberem a matéria, eles não se preocuparão em estudar e assistem às aulas como quem vai a uma sessão de cinema, ou seja, para passar tempo sem se preocuparem com mais nada. E os professores como sabem que não adianta insistir muito com os alunos para que aprendam, pois passam sempre, deixam simplesmente a turma ao sabor dos ventos, e esperam que o final de ciclo chegue para passar o atestado de incompetência aos alunos que pretendam seguir para o ensino secundário, mesmo pouco mais sabendo do que escrever o seu próprio nome.

Antigamente era imprescindível aprender a ler, escrever e contar correctamente e não me refiro a umas dezenas de anos atrás, refiro-me a alguns séculos, pois entendia-se que isso era a premissa indispensável para poder participar na vida pública com a responsabilidade que isso acarreta. Hoje, isso torna-se irrelevante e escrever mal, ler mal e dar erros no seu próprio nome, é coisa normal e quando vemos ministros a dar erros e a usar vocábulos desajustados, legendas nas televisões, cheias de erros e até alguns professores a dar erros, não podemos querer que isso continue a ser normal. Afinal que sociedade queremos nós formar?

O sistema de ensino está dividido em ciclos e um deles é chamado de Básico e vai até ao nono ano. Se queremos que seja básico, temos de o considerar realmente como a base de todo o restante sistema para não corrermos o risco de o ver desabar completamente. Não sei o que passa pela cabeça destes governantes ao pretender facilitar a passagem de alunos pouco preparados, ao longo de três anos e depois atirá-los às feras acreditando piamente que meia dúzia deles se conseguirá salvar. Não pode ser assim. Nem eles são peões de um tabuleiro de xadrez, nem os professores podem ser os palhaços de um circo irresponsável, onde nada faz rir e nada é consequente.

Felizmente há sempre alguns alunos que querem aprender e sabem bem o que querem ser e até têm pais que os motivam e lhes indicam o caminho da responsabilidade, do respeito e da educação como fatores vencedores das muitas barreiras que o futuro lhes reserva. Há bons alunos sim e poderão continuar a haver porque nem todos entrarão no saco desconfortável que o governo está a mostrar. A ignorância nunca foi causa vencedora e só apoia a ignorância quem quer promovê-la.

Espero sinceramente que esta medida agora em análise pelo governo, não siga para diante sob pena de entrarmos num sistema onde os desmandos, a irresponsabilidade, a falta de educação e o desconhecimento das coisas mais básica, passam a ser a marca da sociedade portuguesa.

De facto, as armas e os barões assinalados que daqui partiram e levaram a nossa língua para o mundo inteiro, não passam de uma História sobre a qual pouco se aprendeu. São os desmandos da ignorância!

Chumbar ou não chumbar, eis a questão!

A Senhora Dona Emília, Regente de Posto de Ensino em Lagarelhos, no ano de 1952, no fim do ano lectivo anunciou aos seus alunos das quatro classes aqueles que não propunha a exame. Os arredados da prova não tugiram, nem mugiram. Fui fazer a prova da primeira classe a Vilar de Ossos, a professora oficial Dona Corina Lima Barreto presidente do júri aprovou-me, regalado comi a merenda e regressei à aldeia dos prodígios. Ao tempo a Mestra procedeu à retenção dos menos aptos. A escola era acanhada, suja, nas paredes um crucifixo, as fotografias avantajadas do Marechal Óscar Carmona e de Salazar.

Na segunda classe já estava em Bragança, a professora seca de carnes, a Dona Aninhas Castro, ensinava uns quarenta rapazes a serem homens, não tolerava mudanças de carteira, avisava os mais novos de irem engrossar o grupo de repetentes, no termo das aulas repetiu a selecção feita pela Dona Emília. Uma e a outra não queriam obter chumbos, eis a razão do ajuste entre os escolhidos e os preteridos. No fim de contas, apesar da diferença de estatuto e vencimento, as duas docentes não queriam ficar mal vista, menos ainda a averbarem classificação capaz de colocar uma pedra negra no seu currículo.

Nunca mais vi a Senhora Dona Emília, voltei a ter a Dona Aninhas Castro na quarta classe, a terceira obtive-a em Macedo de Cavaleiros, o professor Meireles era exigente jovial, no correr dos meses avisava da possibilidade do «não ir a exame» como aconteceu no ano imediato a rapaz da rua do Paço, em Bragança. A mãe entendeu pedir explicações à Senhora Dona Isabel, ante a negativa da Tia do Zé Toninho bradou palavrões e exclamações que correram circularam nas ruas, ruelas e calejas da cidade durante muito tempo.

Atrevo-me a recordar nomes de professoras e professores porque se salientaram enquanto educadores, repito educadores respeitados e famosos por via dos resultados, correndo o risco do olvido fragmentário de há mais de sessenta e quatro anos trago à colação o Professor Dionísio Gonçalves, o Professor Rombo, as professoras Dona Beatriz Monteiro, Dona Aninhas Castro, as duas Donas Isabel, a Dona Luzia (célebre explicadora), a Menina Mariazinha Tombo, uns e outras tinham a primazia nos passeios e vénias de respeito.

As quatro Escolas do plano dos centenários recebiam centenas de alunos ricos (poucos), remediados e pobres. Na Escola o dia repartia-se em dois turnos, além da matéria tínhamos prédicas políticas e religiosas, o Salazar revelava-se nas inscrições de propaganda «se tu soubesses quanto custa mandar obedecias toda a vida», «tudo pela Nação, nada contra a Nação», as qualidades pedagógicas das Mestras e Mestres faziam-nos gostar da Escola.

Os tempos mudaram, o Mundo evoluiu, no que tange à Escola perdeu-se o cívico respeito pelos professores em geral, em particular os do Ensino Secundário foram menorizados no estatuto e no vencimento comparativamente com profissões de exigência académica e profissional idênticas, o abastardamento singrou até ao corolário de agressões a professores por parte de alunos e pais passar à condição de banalidade. Os Ministros e Secretários de Estado fingem preocupação aos costumes dizem nada, ao invés tudo muda de figura. Não quero continuar a carpir evidências negativas, no entanto, não podemos ficar surpreendidos quando os pedagogos e as pedagagas (imensas e muitos) vomitam imprecações justificativas dos denominados chumbos. Por essa e outras razões o Ministro, os ministros, tentam ocultar os números dos chumbos e lançam planos sobre planos, mágicos ou milagreiros a fim de as estatísticas do desaire baixarem, a todo o tempo desmentidas pela crescente iliteracia a atingirem níveis preocupantes. Prevalece a propaganda e a ilusão.

Em todos anos da instrução primária fui submetido a prova de exame, não fiquei traumatizado, nem o Francisco Cepeda, o José Luís, o Mansilha, o Romeu, o Augusto e por aí adiante, íamos a pé para a Escola, os livros e os cadernos em pastas de cartão e sacolas de pano, reguadas corrigidos os ditados, as cópias e as contas. Até cantávamos as estações de comboio da linha da Beira Alta. Passaram seis dezenas de anos, inovações materiais de tomo facilitam a vida dos meninos e das meninas, experiências  pedagógicas a rodos não cessam, a Escola continua a ser laboratório alquimista, só que o segredo da água de vida obriga a disciplina, rigor, trabalho e novamente trabalho. Dizem que trabalhar dá saúde, responde o sistema educativo: que trabalhem os doentes.

Não chumbar ninguém é que dava jeito!!!