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A sua saúde depende da sua atitude!

Se antes só íamos ao médico quando estávamos doentes e nele depositávamos a inteira responsabilidade de nos curar, hoje em dia sabemos que, afinal, o importante é, desde logo, prevenir a doença, e que devemos “trabalhar” em conjunto com a equipa de saúde que nos acompanha, de forma regular, e com ela dividir a missão de sermos pessoas saudáveis.

Um caixão de surpresas

Uma destacada militante do Partido Social Democrata, que também já foi sua líder mor, disse que o seu partido não era nenhum saco de gatos. Lamentavelmente muitos críticos entenderam exactamente o contrário, ou seja, que o PSD seria isso mesmo, sem apelo e com agravo.
Pessoalmente também entendo que não, que é por demais óbvio que não há gatos e muito menos ratos no PSD ou em qualquer partido que se preze. Tal seria um contra-senso, de resto, dado que gatos e ratos não se dão lá muito bem.
Quanto a mim o PSD é, isso sim, uma grande caixa de surpresas. Um caixão, melhor dizendo, tantas, tão grandes e tão surpreendentes elas são e tendo em conta também que o seu destino poderá ser a cova política. Ao fim e ao cabo o PSD é o espelho do Regime.
Já para os presunçosos partidos de esquerda o PSD é uma verdadeira caixa de Pandora, um jarro mais precisamente, dado que esse foi de facto o artefacto oferecido a essa primeira mulher da mitologia grega, no qual todos os males do mundo se acoitavam.
Jarro de vidro ou de barro, não importa, que Passos Coelho entreabriu e agora Rui Rio fragorosamente partiu, libertando inesperados infortúnios e malefícios, sem que se possa imaginar quando e como a tormenta irá terminar. Afinal o diabo de Passos Coelho morava dentro do próprio PSD, somos levados a concluir.
Tudo isto está a ser particularmente triste e frustrante para muitos portugueses, militantes ou simplesmente simpatizantes do PSD que, como agora se constata, depositavam infundadas esperanças em Rui Rio, a quem tinham como um político pragmático, um paladino da ética política e um acérrimo defensor das tão ansiadas reformas do Regime e do Estado e que, por isso mesmo acreditavam que ele iria acordar muitos abstencionistas, com efeitos salutares na deprimida democracia portuguesa.
Foi esta auréola de Rui Rio que se esfumou ruidosamente dando lugar à imagem de um líder titubeante, que dificilmente encontra pessoas credíveis que com ele queiram trabalhar e que ainda não mostrou saber lá muito bem o que quer e muito menos para onde vai.
Rui Rio, até mais ver, por azar ou inabilidade, apenas conseguiu transformar a esperança, que também estava aprisionada no jarro de Pandora do PSD, no pior dos malefícios.  
Porque o mais provável, agora, é mesmo que António Costa alcance a maioria absoluta nas próximas legislativas, que a Geringonça se desconjunte, que o presidente da república fique refém do PS e que o CDS de Assunção Cristas acolha a multidão de desiludidos do PSD, uma vez que Rui Rio não será capaz de fazer o pleno no seu próprio partido.
Contudo, manda o bom senso que se diga que ninguém pode prever com rigor o comportamento do PSD nos próximos tempos e muito menos se António Costa será capaz de corrigir e fazer esquecer os fragorosos fracassos da sua administração, por mais que os ventos económicos continuem de feição.
Em qualquer caso a maioria absoluta do Partido Socialista seria um mal maior que o próprio monstro do Bloco Central, só mesmo comparável à de um governo do PS com o BE. A má memória da governança de José Sócrates, que ainda queima, aí está para o sugerir.
Uma coisa é certa: a democracia portuguesa precisa de ser reformada ou mesmo refundada. Portugal não pode continuar a sofrer eternamente as injúrias sistemáticas de um Regime imoral, por mais legítimo que ele seja.
Bem pode o PSD, portanto, tratar de arranjar uma nova imagem, um novo líder, uma nova direcção e um novo rumo, enquanto é tempo. Para bem de Portugal e da democracia.
 
Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.

O factor P

Um dos temas quentes da atualidade, prende-se com a forma como o Facebook foi usado pela empresa britânica Cambridge Analytica para ifluenciar as últimas eleições presidenciais americanas. A partir deste caso choveram críticas, gritos de revolta, sinais de alarme, declarações inflamadas, rasgamento de vestes e anúncios apocalíticos, sobre o risco de morte da democracia. À mistura com muita verdade, verdadeira reflexão sobre o papel das redes sociais e denúncia de metodologias desapropriadas veio igualmente muita demagogia, falsa indignação e hipocrisia, de politólogos, comentadores e, sobretudo, políticos. Estamos a falar de quê? Ao que parece uma empresa de marketing vendeu os seus serviços à campanha de Donald Trump tendo em vista contribuir para a vitória nas respetivas eleições. Esta, no âmbito do trabalho que lhe foi encomendado, estudou o universo eleitoral e preparou uma série de ações destinadas a influenciar o sentido de voto dos oponentes, sobretudo o dos indecisos. Um dos casos relatados tem a ver com a contratação de última hora de um anúncio na Google Ads para que uma notícia favorável ao magnata surgisse em primeiro lugar sempre que alguém pedisse ao motor de busca, informações sobre a guerra no Iraque (“Hilary votou a favor, Trump opôs-se-lhe”). Este anúncio só foi possível porque a campanha da senadora que tinha reservado o espaço na gigante tecnológica, desistiu do mesmo por estar confiante na vitória. Afinal o “crime” da consultora terá sido o de aproveitar uma oportunidade rejeitada pelos democratas. 
Não se limitou a esse aproveitamento fortuito e providencial. Terá igualmente cozinhado e divulgado notícias em que o papel do seu candidato era exageradamente exaltado por contrapartida da depreciação da sua oponente. Vejam só! E, pasme-se, para além disso, adequou a mensagem ao perfil conhecido dos destinatários. Essa agora! O que é que isto tem de inédito? Ah, já sei, tudo isto baseado num algoritmo científico! Bom, em boa verdade isso é novo! “So what”? 
Consta ainda que foram recolhidos dados de quase cinquenta milhões de utentes do Facebook para construir os vários perfis e, com base nisso, estratificar o público alvo de forma a melhor personalizar e dirigir a mensagem pretendida. A classe política entrou em pânico: estão a destruir a Democracia! Se estudar o universo eleitor (ou parte dele) e moldar o discurso ao que é esperado e suposto agradar aos ouvintes é a sentença de morte do regime democrático... então a condenação não é de agora!
Ah, mas a recolha de informação foi feita, recorrendo às redes sociais e sem o devido consentimento explícito. Pois. Sem o consentimento, mas não sem o conhecimento, a menos que fôssemos ingénuos! Quem quer que seja que navegue no ciberespaço não deve ignorar que a cada clique, a cada like, a cada comentário, a cada publicação, a cada partilha, a cada recusa, está a dar sinais claros do que é, do que gosta, do que detesta, do que o identifica, do que o diferencia e até do que pensa, apoia ou rejeita. Mas não é só quando “navega” nas redes sociais. Igualmente quando viaja com o GPS ligado, quando reserva um hotel ou uma viagem de avião, quando telefona de um telemóvel, quando paga a crédito, quando levanta dinheiro ou quando muda de canal de televisão. Quando usa a tecnologia atual ao seu dispôr (e que a pouco e pouco invade total e inevitavelmente a vida de cada um) está a definir um percurso e uma opção de vida, está a esculpir uma identidade. Que não haja qualquer ilusão: do outro lado do ecrã olhando para esta movimentação, recolhendo esta exposição, tratando-a em conjunto (e em particular se tal for adequado) estão, já há muito tempo, grandes corporações digitais desde a Google, à Apple, passando pela Amazon e Facebook. E é por isso que dominam o mercado e apresentam valores estratosféricos de Goodwill. 
O facto novo é apenas este: a possibilidade de conhecer, estratificar e manipular a opinião deixou de ser um exclusivo da classe política. Será talvez isso que tanto os perturba, mas não há nada a fazer. O velho caciquismo tem agora novas formas e novo paradigma: chama-se fator F. Amigos, familiares, apoiantes e seguidores (em inglês friends, family, fans and followers) são quem mais condiciona a opinião de cada um.
E, cada vez mais vai ser assim, já que é assumido que em 2025, mais de 90% da população mundial estará conectada, gratuitamente, à Internet. 

É mails e códigos postais

Boa tarde nobre gente. Como têm passado? Parece que este Março está a ser realmente Marçagão para as plantas, fontes e ribeiras. Bem haja ele! São óptimas notícias após tanta secura. Depois de tantos meses em que as águas dos ribeiros não chegavam à altura de “meia telha” (esta tem direitos de autor) eis que as coisas estão mais compostas. Neste mês caiu uma chuvica bem caída. Chuvica, atentem bem no meu elevado grau de trasmontanismo. Em Lisboa “tá de chuva”, “a península inteira a chorar”, diz o Rui Reininho. O mau tempo vai continuar, anunciam. O mau tempo é a chuva, portanto. Para início de conversa estamos conversados. Ai a seca, a seca, mas afinal a chuva é que é uma grande seca. Felizmente há quem lhe dê valor, quem precise dela, quem goste simplesmente de sentir o cheiro da terra recém-molhada. Por isso, ela que fique para jantar e na próxima não passe tanto tempo sem nos vir visitar. As esplanadas bem podem esperar. Quem me fez uma visita um dia destes foi a Dona Autoridade Tributária. Senhora essa que embora eu mal conheça - nunca fez questão de me convidar sequer para um cafezinho - é sempre muito solícita quando se trata de dizer que lhe devo dinheiro porque algum misterioso prazo já passou há muito. Desta vez teve o bom senso de me alertar para a importância de eu limpar os meus terrenos para que no Verão os pobres dos jornalistas estagiários não tenham de comer golfadas de fumo por causa da minha irresponsabilidade. Para bem dos estagiários e para mal dos seus patrões. De modo que mal acabem de ler as minhas valiosíssimas e primorosas palavras saltem da cadeira e vão roçar essas silvas, podar essas árvores cheias de barbas, arrancar essas plantas daninhas e cortar a erva que espigou com as chuvas. Mas rápido, porque se o caro leitor não é proprietário de nenhum banco, se não é um oficial militar que possa fazer uns truques de camuflado, se não tem bilhetes de um espectáculo minimamente interessante para oferecer, se sai alegremente nas capas de revista enquanto dirige uma associação de voluntariado daquelas em que é tudo à grande para si e para os seus familiares até à quarta geração ou se por ventura não tem um primo ou conhecido com acesso a passwords de funcionários, juízes e da própria AT (peço desculpa pelo excesso de confiança, minha senhora), então ela não costuma ser mesmo nada, nada meiga. Indelicada, mazinha até. Por isso o meu sincero conselho é de que se ponha a pau e não queira fazer farinha com ela. No feliz caso de o estimado leitor se enquadrar numa das individualidades mencionadas anteriormente, se não se importa, por obséquio, diga àquele seu amigo que diariamente lhe deposita carradas de dinheiro na conta, na carteira e no sótão lá de casa que este mês me dava particularmente jeito uma ajudinha para pagar a creche da filha... Epá, não estava à espera que fosse assim tão rápido. Muito obrigado caro leitor, apanhou-me de surpresa. Certo, o meu IBAN segue em anexo. Sim, completamente de acordo consigo, os angolanos são uns corruptos, nada a fazer com essa gente. Está, vou então ao multibanco ver se está tudo ok. Afirmativo, confirma. Obrigadinho. O caro leitor é um indivíduo cinco estrelas. Estou sem palavras. Olhe, sabe que tenho um tio que tem uma mercearia ali logo quem vira na segunda saída da auto-estrada, você vai encontrar um ferro-velho, não é aí, é na rua de cima. Depois passe lá por alturas da Páscoa que não se vai arrepender. Estão lá umas “pilhas” à sua espera. Exacto, uma pessoa tem de ser inteligente e arranjar estes códigos ridículos e nada reveladores. Ah, sim? Tá bom, tá bom, então vou ligar já de seguida. Tou? Tudo bem? Olhe, estive a falar com o “Sierra Madre” e ele disse-me que o senhor aí na “Plasticina” tem umas “folhas” para o meu carro, não sei quando é que tem disponibilidade. Sim, se puderem ser os quatro novos seria ouro sobre azul. Perfeito, quarta-feira à tardinha passo aí. Mas é que não tenha dúvidas, italianos, gregos, marroquinos, é tudo igual, bando de mafiosos. Força, adeusinho. Tou, senhor leitor, perdão, “Sierra Madre” como está? O meu tio falou-me muito bem de si. E a sua esposa gostou da “nova telenovela”? Isso é que é preciso. É o seguinte, chegaram-me umas multas a casa, uma delas até foi naquela vez em que fui ao “Talho” para me encontrar com o “PBX”, diga lá ao seu contacto na “horta” se não me pode pôr “um cheirinho no café”. Isso, isso. Outra coisa, a minha filha mais velha anda numa idade difícil, este período teve umas quantas negativas, se tiver tempo dê um toque ao “Sr. Abade” para “trazer o martelo da sapateira”. Ok, correcto, e diga-lhe que ao lado da casa dele trabalha o “Ribeiro Manso”. Não, o “Ribeiro Manso” é o meu cunhado. Mesmo ao lado da casa dele. Faz umas taxas de amigo para quem quer “arranjar os estores”. Se precisar está à vontade. Russos? E os chineses, só vivem de esquemas, isso é tudo gente que não vale a pena. Então fica assim combinado, para a semana no “chilindró” do “Joca” para um peixinho de espada grelhado. “Chilindró”, salvo seja, ehehe. Não se esqueça dos “óculos de sol” nem do “vinagre balsâmico”. Força, um abraço!

Mangas um dos esteios da defesa alvinegra

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Ter, 03/04/2018 - 17:10


Ricardo Mangas chegou esta temporada à formação alvinegra por empréstimo do Desportivo das Aves, depois de ter feito formação no S.L. Benfica.
O defesa esquerdo tem apenas 20 anos mas mostra já uma grande maturidade dentro das quatro linhas.