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Sancho Cruz vence I Volta ao Nordeste

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Ter, 24/04/2018 - 10:27


Sancho Cruz da ACDC Trofa / Trofense é o primeiro vencedor da Volta ao Nordeste em bicicleta. A prova foi para a estrada no sábado e domingo, com mais de uma centena de ciclistas de vários pontos do país que percorrem seis concelhos, num total de 220 quilómetros. 

NÓS, TRASMONTANOS, SEFARDITAS E MARRANOS - Francisco da Costa Henriques (n. Vimioso, 1623)

Francisco da Costa Henriques nasceu em Vimioso, cerca de 1623, filho de António da Costa e Beatriz Lopes. Tinha meia dúzia de irmãos e quantidade de tios paternos e maternos, muitos dos quais assentaram morada em Castela. Sim, que à época os dois reinos ibéricos estavam unidos pela coroa dos reis Filipes e as rotas comerciais de Vimioso e do Nordeste trasmontano se dirigiam especialmente para aquelas bandas. Aliás, as cidades então capitais da Ibéria (Valhadolid e Madrid) eram mais próximas que Lisboa.
Também Francisco cedo começaria a viajar com mercadorias para Castela, certamente acompanhando seu pai. Não sabemos que géneros de mercadorias levavam e traziam, mas pegariam a tudo o que aparecia, como era normal entre os da etnia. Das andanças por Castela, Francisco dirá que assistiu em Toledo e Valhadolid.
Teria uns 15 anos quando foi viver para a cidade do Porto, parecendo haver coincidência com idêntico movimento de seu tio materno, António Henriques da Costa, mercador, natural de Vimioso que, depois de viver 15 anos em Castela, (1) regressou ao reino para casar em Vila Franca de Lampaças, com Isabel Cardosa e ali viver por 9 anos, posto o que a família se mudou para o Porto. Eles seriam os sogros de Francisco, que, por 1648, casou com Leonor Henriques, filha única do casal, nascida em Vila Franca, por 1630.
Não sabemos onde e como viveria Francisco Henriques no Porto antes de casar. Viveria já em casa do tio e com ele trabalharia, como viveu e trabalhou depois de casado, “porque viviam na mesma casa e tratavam de tudo misticamente”, como ele próprio declarou?
Ao Porto foram ter com Francisco seus dois irmãos mais novos, Manuel e João da Costa (2) que, por 1656 se embarcaram para Pernambuco, Brasil, onde vivia Bento Cardoso, natural de Lampaças, tio materno de Leonor Henriques da Costa.
Adivinha-se a existência de uma rede familiar de negócios, baseada na importação de açúcar do Brasil e sua distribuição a partir do Porto, não apenas em Portugal mas também para Castela e principalmente para os países do Norte da Europa. De contrário, receberiam e fazendas e manufaturas que seriam enviadas para o Brasil. Isso não impedia Francisco de fazer constantes viagens de negócio, nomeadamente a Lisboa, Trás-os-Montes e terras da raia de Espanha onde, nem a guerra da Restauração impedia as transações comerciais.
Floresciam os negócios de Francisco da Costa Henriques e podemos com certeza afirmar que ele integrava a elite da burguesia mercantil da cidade, a avaliar pelo seu relacionamento com outros poderosos mercadores da época. Esta classe viria a ser completamente arrasada pela inquisição que, ao início do verão de 1658, lançou uma terrível operação de limpeza, que levaria à prisão mais de uma centena de pessoas. E muitos mais fugiam, conforme as informações dos familiares do santo ofício que chegavam a Coimbra dizendo:
- A gente da nação desta cidade anda de alevanto para se ausentar da mesma (…) lembro em termo de 6 dias não fica aqui cristão-novo algum… (3)
Logo na primeira vaga de prisões seguiu o nosso biografado, assim como o sogro, António da Costa. Dias depois, levaram também a mulher, Leonor Henriques da Costa. (4) No Porto ficaram 2 filhos e 2 filhas do casal, o mais velho contando apenas 9 anos. Quando o prenderam, Francisco trazia 4 dobrões de ouro que valiam 28. 800 réis, “cosidos no gibão” e mais 150 réis em prata.
No inventário dos seus bens móveis ressaltam 4 cofres, mobiliário de escritório, e mobiliário de casa feito de madeira de castanho, jacarandá, pau-preto ou pau-Brasil… tudo peças marchetadas de marfim, assim como bufetes, cadeiras e tamboretes de couro do Brasil, painéis e espelhos com boas molduras… reveladoras de um ambiente burguês.
Porém, o que verdadeiramente importa do mesmo inventário, são as janelas que se abrem sobre o mundo empresarial deste homem de 35 anos. Vejamos, antes de mais, as mercadorias que estavam embarcadas.
No porto de Viana do Castelo, chegadas no navio do mestre Cosme Vaz Carneiro, à responsabilidade de Heitor Tinoco, tinha 2 caixas de açúcar branco, pesando 47 arrobas.
Em um navio acostado na Foz do rio Douro, que havia de seguir para Hamburgo, tinha, carregadas, 10 caixas de açúcar “e um feito de mascavado” vendidas a Fernando Álvares e António Correia da Mesquita, ali moradores. Na margem do processo aparece desenhado o sinal identificativo destas caixas. Desenho diferente também, para identificar 3 caixas de açúcar branco que iam destinadas a António Henriques do Vale, mercador em Hamburgo. No mesmo navio estavam embarcadas mais 12 caixas de açúcar branco e 10 de mascavado, cujo destinatário não aparece identificado, sendo apenas a terça parte de Francisco, pertencendo as outras duas a Jorge Garcia de Leão.
Imperador Octaviano era o nome de um navio, dirigido pelo mestre João Bernardo, vindo de Hamburgo e atracado no rio Douro, com fazendas dali remetidas por Duarte e José de Lemos a ele e ao sogro e antecipadamente “vendidas” a Domingos Lopes Pereira, filho de Francisco Vaz Artur, mercador no Porto, natural de Segóvia, Castela, significando isso que o nosso biografado era um verdadeiro importador / exportador, ganhando nisso a sua comissão.
Pena que não tenhamos o preço das mercadorias para avaliar a grandeza dos negócios. De contrário, sabemos que ele devia “perto de 200 mil réis” à firma de António Rodrigues Mogadouro, (5) com sede em Lisboa, na Rua das Mudas, se bem que as contas do ano ainda não estivessem apuradas, significando isso que eram parceiros comerciais, não se antevendo o tipo de mercadorias fornecidas. De contrário, devia 20 mil réis a Diogo Lopes Dias, estabelecido na ilha Terceira, Açores, respeitantes a despesas havidas com o embarque de uma caixa de açúcar. Também ao mestre de navios, Manuel Álvares dos Santos, devia 7 mil réis que gastou com o embarque de uma caixa de açúcar. De tudo isto e mais dívidas se acharia registo concreto e preciso no seu “livro da razão” e no “livro que tem do recebimento das caixas que vêm do Brasil”.
Se as dívidas passivas são poucas e quase exclusivamente relativas a embarque ou transporte de açúcar, já as dívidas ativas são mais e de natureza diversa, mostrando que o nosso biografado vendia mercadorias tão diversas como sedas a um mercador portuense morador à Ponte de S. Domingos ou madeiras a um tanoeiro de Aveiro, certamente para a construção naval. E agora, veja-se um estranho tipo de negócio, contado nas próprias palavras de Francisco da Costa Henriques:
- Comprou ele de uns homens de junto a Bragança, cujo nome não se lembra, a herança do padre Amaro Martins que faleceu na Baía, estando no Brasil, do qual padre ficaram testamenteiros Miguel Carneiro e Pedro Vargas Carneiro, da Baía, e remeteram já a ele declarante o que lhe tocava; mas ainda lhe está devendo, da dita herança um Francisco Nunes da Mota, morador no Rio de S. Francisco, do mesmo estado, uma dívida grande, não sabe a quantia ao certo, e era procedida de gados, de que pertence a metade aos herdeiros do dito padre, conforme o contrato que fizeram; e todos os papéis tocantes à compra e cobrança desta herança tinha ele declarante no seu escritório. 
Não vamos analisar o processo de Francisco Henriques que logo começou a confessar as suas culpas e a denunciar familiares e amigos, particularmente trasmontanos e marranos, tal como fizeram a sua mulher e o seu sogro. E foi a partir das suas denúncias que a inquisição lançou em terras de Vimioso e Carção uma grande operação contra a heresia judaica, na qual foram parar ao tribunal de Coimbra umas 7 dezenas de pessoas.
Notas:
1-Em Espanha, António Henriques da Costa viveu 2 anos em Medina de Rio Seco; 7 em Ávila dos Cavaleiros e 5 em Segóvia. Tinha 2 irmãs, uma em Castela e outra em Livorno e um irmão, também morador em Castela, na cidade de Sevilha.
2-João da Costa faleceu em 1657, ainda solteiro, em pleno mar, em viagem de regresso ao Porto. Manuel da Costa continuava no Brasil em 1658 e Bento Cardoso morreu, na tomada de Pernambuco aos Holandeses, em 1654, conforme informação da sobrinha, Leonor Cardosa.
3-ANTT, inq. Lisboa, pº 4603, de Vasco Fernandes Campos, mercador, natural de Vila Flor, morador no Porto, assistente em Lisboa.
4-IDEM, inq. Coimbra, pº 280, de Francisco da Costa Henriques; pº 2256, de António Henriques da Costa; pº 7102, de Leonor Henriques da Costa. 
5-ANDRADE e GUIMARÃES – A Tormenta dos Mogadouro na Inquisição de Lisboa, Ed. Vega, Lisboa, 2009.

Vendavais - O poder a par da burrice

Portugal é um país pequeno, todos sabemos disso. Nascemos de um pequeno território que graças à perseverança e denodo de um rei que não o era efetivamente, mas acabou por ser reconhecido como tal, resolveu ir contra tudo e contra todos, acrescentando palmo a palmo, toda a terra que conseguiu conquistar. Nasceu, pois, um país resultado de muito esforço, muita luta e muita conquista.
Desde então, a vontade de crescer não morreu e nos séculos que se seguiram isso foi demonstrado pelo mundo inteiro onde aportámos, ficámos e aculturámos. Significa isto que ensinámos a muitos povos a nossa língua e a nossa cultura. Até hoje, ainda se fala por lá, a língua de Camões. Infelizmente ou não, não chegámos à América do Norte. Foi pena!
No meio de tantas viagens que os portugueses fizeram, no meio de tantas riquezas transportadas e aureolados pela importância que chegámos a ter, nunca conseguimos ter relacionamentos chegados com a América que se tornaria os EUA. Ficámos pelo sul e para lá levámos o nosso saber tão completo e perfeito que fizemos o que hoje é um país imenso. O Brasil deve-nos essa quota-parte, mas nem por isso somos mais alguma coisa do que a semente que cresceu e floriu. Até a nossa língua querem que se torne subserviente da multidão que por lá pulula, mesmo a mais ignorante.
Entretanto, a América cresceu sem a influência lusa o que lhe permitiu continuar a ignorar o grande povo que descobriu o mundo, mas que por azar não chegou à baía do Hudson ou a outra mais propícia à demanda das nossas caravelas. Coisas do acaso!
Talvez por isso mesmo, passados séculos os americanos continuam a ignorar-nos. Sim, ignorar-nos no sentido de não saberem exatamente quem somos e onde ficamos. Será possível?
Hoje a América é um país poderoso, é verdade, mas é talvez o mais ignorante do planeta. Só se interessam pelo imediato e pelo que lhes diz respeito diretamente. Não sei o que ensinam à juventude deste país, mas sobre o mundo que os rodeia não será grande coisa.
A Jetcost levou a cabo um inquérito cultural e entrevistou um pouco mais de 4.000 norte-americanos com mais de 18 anos. O resultado é triste. 49% dos inquiridos acredita que a África é um país, 39% pensa que o Polo Norte não existe e 9% acredita que a Terra é plana. É preciso dizer que os jovens inquiridos tinham um emprego estável e tinham efetuado pelo menos uma viagem nos últimos dois anos. Isto é inacreditável.
De facto, não chega ser poderoso para saber muitas coisas. É preferível ser pobre e ter conhecimentos do que rico e ignorante! Mas eles são pobres em sabedoria, em conhecimentos o que não supera a riqueza e o poder. São, é verdade, os mais poderosos e mais ricos do mundo, mas de que adianta se nem sequer sabem que Portugal existe? Questionados sobre os países que existiam na Península Ibérica, disseram que só havia um: a Ibéria. Será possível? Para que lhes serve a riqueza e o poder se são completamente ignorantes?
Há uns anos atrás, questionados sobre quem era Al Gore, 25% desconhecia que era o vice-presidente dos EUA. Ora quando nem sobre o seu país conhecem quem os governa, como poderão saber o que vai nos outros países ou onde é que eles ficam?
Realmente fico com pena de os nossos marinheiros não terem chegado às costas da América do Norte. É que pelo menos hoje eles falariam a língua lusa, teriam uma cultura muito maior sobre o mundo e com a riqueza que conseguiram acumular ao longo destes anos todos, seriam não só os mais ricos e poderosos, mas também os mais cultos e com certeza saberiam onde fica Portugal. É que ser pobre e burro é triste, mas mais triste ainda é ser rico e poderoso e ignorante. É a sua sina, talvez. Também quando a rapaziada anda aos tiros dentro das escolas e mata os colegas e professores como forma de afirmação ou vinganças mesquinhas, não se pode esperar grande coisa! O mundo não pode girar só à volta deles!

Passadores e passantes

O género do negócio – furar a fronteira – redundava em pingues lucros para os furadores, os passadores embrenhados numa controversa teia de transportarem gado humano para uma terra, terras sem guerra colonial, onde as padarias vendiam pão a todos quantos o podiam pagar.
A notícia informa-me de o Museu Abade de Baçal ter inaugurado uma exposição referente à emigração clandestina ocorrida no Nordeste desde a eclosão da guerra colonial. Não vi a exposição, li o artigo de fundo de Teófilo Vaz que calou fundo na plataforma de palavras, sons e sentidos do que entendo ser a nossa memória colectiva, no caso em apreço de toda a negregada e forçada fuga ao opróbio, ao analfabetismo, à miséria e funesta opressão conduzida por «educadores» de um sistema político antidemocrático e amigo das medidas de segurança instituídas por um Ministro bragançano.
Tais medidas inspiradas nas leis fascistas produziram muito sofrimento, muita miséria e, graças aos militares de Abril, macias retaliações, o Catedrático legislador foi saneado, todos os sequazes ficaram de férias uns tempos sendo reintegrados sem perda de direitos ou regalias de estatuto e mesura.
Ora, o editorial de Teófilo Vaz teve o condão de remexer o baú da memória, daí o recrudescer centrado em actores que de uma forma ou outra desempenharam papéis na grotesca peça do negócio que no essencial, a cupidez, conseguiu superar as negociatas do volfrâmio onde se espalhavam semienterrados bocados e vestígios do metal levando os lorpas ao engano de forma a vender-lhes a ilusão. Sobre o volfrâmio escreverei um dia!
No tocante à exposição não sei se contempla relatos sonoros e descrições proferidas e descritas por passadores, alguns estarão vivos, vivi e ouvi conversas no café Progresso e esporadicamente em duas casas de pasto bragançanas onde pontificavam passadores quase sempre de samarra colada às costas, de olho vivo e pé-ligeiro mormente nos dias de feira pois propiciavam recrutamentos e prisões ou não existisse bem perto (Quintanilha) um posto da PIDE dirigido por frenético agente nascido em Moimenta da Raia que o Senhor José Reis enfrentou olhos nos olhos e punhos cerrados.
Alguns passadores corriam parados a recolherem e segregarem informações na potenciação (como agora se diz) do negócio longe das evocações daquela Senhora Clímaco que escreveu uns pitorescos livros relativos aos clandestinos, longe da cesura higiénica de autores austeros e longe da escrita de Pugalle. Eu disse cesura, não disse censura!
Seria estultícia enunciar sacerdotes, escritores e publicitas que conseguiam furar a cortina censória do Estado Novo escrevendo acerca dos dramas decorrentes dos saltos quantas vezes mortais advindos das custosas transposições de obstáculos naturais e humanos, no entanto, felizmente, também surgiram vozes de apoio aos desgraçados caídos nas garras de ladrões de tudo. Neste vaivém emigratório deve-se incluir os transportadores muito bem pagos, estes comparsas ganharam muito dinheiro apesar de untarem as mãos visando o fechar de olhos de vigilantes de raias secas e molhadas, sem esquecer os celerados a depositarem as vítimas onde calhava.
No tocante a documentação também ignoro o trazido a lume, penso que o meu amigo Professor Doutor Francisco Cepeda deve possuir e saber onde se pode encontrar para além das instituições habituais, o Centro de Documentação 25 de Abril e o Museu da Resistência e a Biblioteca de Pacheco Pereira terão documentos de várias origens referentes ao tema em bora hora ressuscitado pelo Museu. O Dr. Ochôa trabalhou junto de emigrantes na Alemanha, de qualquer modo, o importante seria convencer os homens e as mulheres a testemunharem as suas errâncias no grande palco francês e luxemburguês prioritariamente, no alemão na primeira fase e no espanhol um pouco na qualidade de comprido corredor até à fronteira francesa. Seria vaidade pacóvia indicar este ou aquela nos diversos patamares do drama, a mala de cartão da maioria dos atingidos não se esvaneceu, continua a perdurar no seu imaginário sem canções a acompanhar, sim imagens de dormirem em barracas, de trabalharem de sol a sol, de amealharem sorrisos de troça e humilhações porque a instrução era escassa e a míngua de conhecimento da língua hospedeira aumentavam as provações. 
Nas festas estivais descendentes dos forçados foragidos vêm as aldeias dos ascendentes, não acreditam no antigo modo de vida dos avós, às vezes já nem eles querem acreditar porque preferem esquecer, só que tão funda e forte ferida aberta a golpes de infortúnio não ser cerzida porque continua a purgar, esta exposição tem o mérito de possibilitar o reforço da nossa identidade colectiva, neste caso pelas piores razões.
O desafortunado e eminente historiador Lucien Febvre escreveu uma obra que, pelo menos, todos os professores de História deviam ler e meditar, trata-se de Combates pela História, o autor argutamente aponta o papel da História para o conhecimento do Mundo, de nós próprios. Ora, o período de passadores e passantes nas nossas aldeias e cidade (naquela época ainda não se tinham multiplicado as vilas e cidades) devia fazer parte das preocupações educacionais e culturais dos nossos burgos para sem peias e resguardos estudarmos a documentação existente nos mais variados suportes, os discutirmos e cicatrizarmos a referida ferida. É melindroso, é. O mesmo melindre que encerram duas canções de Zeca Afonso, uma a contrastar com a outra, as duas invocando dois homens há pouco tempo desaparecidos.
O restauro da democracia cuja efeméride comemoramos amanhã também se fez a fim de permitirmos abriras arcas encoiradas de toda e qualquer natureza porque a História pode ser branqueada, mutilada, distorcida, falseada, pura e simplesmente arrasada como no século XX os ditadores e tiranos pretenderam, porém a história deixa sempre um vestígio a denunciar os regimes criminosos e os apagadores cheios de invisível pó de giz a surgir imitando o nariz do Pinóquio. 25 de Abril sempre!

Tiago Antunes faz hat-trick e evita derrota do Mirandês

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Ter, 24/04/2018 - 10:15


Foi uma tarde difícil para a formação de Luís Preto, que jogou, no domingo, no terreno do GD Mós, oitavo classificado.
Os locais estiveram a vencer por 2-0 e ameaçaram a liderança do Mirandês já que o Vila Flor vencia o Rebordelo por 1-0.

Meio século de vida partilhada a dois

Ter, 24/04/2018 - 10:11


Olá familiazinha!
Aí está a azáfama dos trabalhos nos escritórios da terra. Afinal a Primavera parece que já veio para ficar.
A tia Neves, de Nuzedo de Baixo (Vinhais), disse-nos que “agora para jungir os ossos é que é complicado e quem as paga são os quadrizes!”. Também nos disseram que por estes dias se gasta muito ferro a lavrar as terras. Amigos tractoristas: conduzir um tractor é uma grande responsabilidade. E que ninguém pense que o mal só acontece aos outros. As terras agora estão muito falsas. Segundo nos contou a tia Maria do Céu, de S. Pedro da Veiga do Lila (Valpaços), no dia 19 deste mês, quinta-
-feira, foi encontrado nesta localidade um agricultor de 50 anos, já sem vida, debaixo do seu tractor.
No dia do seu 85.º aniversário, o tio Isaac, de Espinhoso, contou-nos que dia 9 de Abril fez 100 anos que o seu pai foi ferido na batalha de La Lys. Continuando com os que festejaram a vida na passada semana, contam-se a tia Ana Marcos (85), de Saldanha (Mogadouro); a tia Teresa Tomeno (78), de Bragança; o tio Ramiro (66), do Castro (Vinhais); o tio Belmiro dos Santos (72), de Grijó (Bragança); a tia Natividade (78), de Sobreiró de Baixo; o tio Carlos Alberto (47), de Vilarandelo (Valpaços); o Cristiano (24) de Rebordelo (Vinhais); o tio Domingos Meirinhos (81), de Bragança e a tia Joaquina (68), de S. Julião (Bragança). Parabéns e muita saúde para todos.
Agora vamos falar de dois casais que comemoraram as suas Bodas de Ouro com grande festa.