PUB.

O brigantino Pedro Teixeira é considerado um dos quarenta gestores do futuro

ESTA NOTÍCIA É EXCLUSIVA PARA ASSINANTES

 

Se já é Assinante, faça o seu Login

INFORMAÇÃO EXCLUSIVA, SEMPRE ACESSÍVEL

Qui, 04/01/2018 - 10:06


Aos 35 anos, Pedro Teixeira, engenheiro civil e director geral de uma multinacional foi considerado um dos 40 melhores gestores portugueses com menos de 40 anos segundo o Fórum de Administradores e Gestores de Empresas (FAE) e o grupo Impresa. Depois de ter passado por Porto, Lisboa e Qatar, está actualmente em Singapura a trabalhar no grupo internacional Bureau Veritas, que tem actualmente 1400 escritórios em todo o mundo e dirige uma equipa de 160 engenheiros. O Jornal Nordeste entrevistou o gestor natural de Bragança para conhecer o seu percurso.

 

 

 

365 dias para viver e o ano todo para conviver

Qua, 03/01/2018 - 17:01


Olá familiazinha!
Já estamos a viver o ano 2018, com a particularidade de terem começado ao mesmo tempo o ano, o mês e a semana. No ano em que a Páscoa é “enganada”, pois calha dia 1 de Abril, dia das mentiras. Curioso também é o facto de o Dia dos Namorados ser na Quarta-Feira de Cinzas, dia em que não se come carne, mas há sempre a opção de uma ementa de peixe para o tradicional jantar de namorados…
Pelo quarto ano consecutivo a minha passagem de ano foi em Caravela, terra da minha esposa Leninha, com o jantar comunitário e o respectivo baile no pavilhão da casa do povo. É bom fazermos a viragem do ano na companhia daqueles que nos acompanham durante todo o ano. Embora eu seja de Bragança, já me sinto um lombardês.
Os últimos aniversariantes do ano foram o nosso Pedro Espanhol, que é o espanhol mais português da nossa família. Para mim é como um irmão e festejou os seus 52 anos. Que continue a acompanhar-nos nas viagens e nas festas, como tem feito até aqui. Também a tia Alcides, de Coelhoso (Bragança), completou 63 anos, o tio Ernesto Oliveira, de Bragança, fez 78 anos e o Henrique, de Rio Frio (Bragança), filho da tia Antónia Pastora, comemorou os seus 34 anos de idade. Que a todos eles lhe voltemos a comemorar o aniversário com muita saúde.
Estou ansioso pelo decorrer deste ano, pelas viagens que vamos realizar, sempre com o lema “vamos para fora cá dentro” e também pela curiosidade de saber onde se vai realizar o piquenicão, o magustão, o almoção e outros convívios, ainda sem lugar escolhido.
Quero também desejar a todos 365 dias a viver e o ano todo a conviver, como sempre temos tentado fazer, através do nosso programa de rádio e desta página. Mas, atenção! Sabemos que temos pela frente 365 dias de luta constante. Desejo a todos um ano com muitos mais sorrisos do que lágrimas e se estas caírem, que sejam de alegria.
Deixo-vos a tradição dos “Encamisados”, que se realiza todos os anos, nos dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro, em Vale das Fontes (Vinhais).

Vendavais - Quando Maduro ficou verde

As tradições são uma parte da memória de um povo e nessa memória reside uma grande parte da História da Humanidade. Por isso hoje referimo-nos constantemente às tradições deste ou daquele povo, país, região ou localidade. Elas diferem imenso, mas há umas que se mantêm e são quase que uma marca registada de um povo.
Nesta época onde o ano se esgota e os seus últimos estertores denunciam essas mesmas tradições, apercebemo-nos facilmente da necessidade de as mantermos e muito poucas vezes as esquecermos. No Natal, em Portugal, bacalhau e polvo significa tradição a cumprir e raras são as mesas onde não aparecem estes companheiros gastronómicos. Mas outros países há onde o bacalhau nada significa, até porque bacalhau mesmo, confecionado como o português sabe, só existe em Portugal. Deste modo, como poderia o fiel amigo ser amigo de mais alguém? Não há país no mundo inteiro que saiba cozinhar o bacalhau à moda portuguesa. Isto é uma realidade.
Enfim, à mesa de cada povo aparece nesta época uma especialidade gastronómica tradicional e ainda bem que assim é. Do bacalhau ao peru ou do pudim ao pernil, tudo parece ser pacífico em termos de tradição nacional. Mas claro que há tradições gastronómicas desta época muito diversas e até incríveis para nós, ocidentais, que estamos habituados a coisas diferentes. Evidentemente que cada povo tem o seu próprio costume e paladar e o que para nós é bom, para outros não presta, ou seja, não cabe no seu paladar.
A este propósito, ficámos a saber que na Venezuela o prato tradicional na época natalícia é o pernil de porco. A grande maioria de nós não estaria a par desta tradição se não fosse o recente acontecimento que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enfatizou nos canais de televisão, acusando Portugal de não lhe fazer chegar este produto tradicional para a ceia de Natal e que destinava, segundo ele, a chegar a todas as mesas dos venezuelanos. Maduro ficou verde (de raiva) por não poder cumprir o prometido e ao mesmo tempo a tradição nacional. Sabemos o que aconteceu depois. Afinal o pernil de porco estava na Colômbia e Portugal tinha efetivamente despachado tudo, mas parece que o pagamento da exportação é que não tinha chegado aos cofres de Portugal. A culpa deixou de ser de Portugal e passou a ser dos EUA, segundo Maduro. O que ele se esqueceu de dizer é que a Venezuela deve cerca de 40 milhões a Portugal de importações que recebeu, mas que não liquidou. No entanto, teve o desplante de afirmar que fez a importação e assinou o pagamento dela. Como é fácil mentir!
Não ficaria nada mal a este Maduro, ser mais honesto e não enganar tanto o seu povo que, esse sim, morre de fome e não tem dinheiro para comprar um simples pernil para cumprir a tradição. Um país que tinha todas as condições para ser uma potência económica, encontra-se à beira da falência e do descalabro e o seu presidente mantém-se à frente do leme deste navio desgovernado, sem se aperceber que está prestes a desfazer-se contra a rocha mais próxima. O poder ofusca a visão da realidade e nunca vemos o que se devia ver, mas são tantos os indícios de falta de visão e de receitas para curar tal deficiência, que seria fácil debelar tal doença se ele quisesse. Mas não quer e prefere ganhar votos e apoios à custa da falta de pernil de Portugal. Que pague o que deve. À sua mesa não faltou o pernil, já que ele disse que mandou comprar todo o pernil que havia na Venezuela. Não chegou! Foi pouco!
Não foi nada digno ver a multidão que se enfileirava ao longo das estradas à espera que chegasse o tão afamado pernil ou, na sua falta, algo com que se pudesse celebrar o Natal. As pessoas diziam mal da sorte e do seu presidente e queixavam-se de não ter dinheiro para nada e de passarem fome numa época em que a família deveria ter razões para celebrar e não para morrer de fome. Culpa de quem? Não. De Portugal nunca foi, porque Portugal não deve nada à Venezuela e porque não tem nada a ver com o que se passa na governação daquele país. E se o pernil não chegou a tempo, deveu-se a outros inconvenientes e a culpa de terceiros.
Eu fiquei sentido pelo que aquelas pessoas sentiram face ao incumprimento de uma promessa de uma pessoa que passa a vida a prometer e só dá desgraças. Sentido também porque elas não puderam cumprir uma tradição que lhes era muito cara. O sentimento de fracasso e impotência foi enorme e isso certamente destroçou os corações de quem esperava ter um momento de satisfação no meio de tanta desgraça. A tradição, ainda que simples, ficou por cumprir para muitos milhares de pessoas. Um simples pernil de porco! O suficiente para pôr Maduro completamente verde! E como ninguém quer culpas, lá as endereçou a Portugal. Francamente.
Esperemos que o próximo ano de 2018 lhes traga a eles e a todos nós a possibilidade de cumprirmos as tradições em paz porque será sinal de que estamos à beira de passar para 2019 e o ano da falta de pernil, já passou. Bom Ano Novo.

As festividades e as pessoas

Terminadas as quadras festivas penso que devemos falar sobre elas. O que correu bem, menos bem e mal. Isto já para começar a preparar este ano que agora começa, e não deixar tudo para a última, como sempre. Todos os anos penso comprar as prendas de Natal em Agosto, mas acabaram sempre por serem adquiridas e embrulhadas dia 24. Este é o meu "o que vou melhorar" neste 2018. Outra coisa é a roupa para a passagem de ano. Vi gente com combinações giríssimas mas com um toque de "foi a primeira coisa que me apareceu no armário, este vestido com lantejoulas e franjinhas", e um cabelo e maquilhagem que também não dizem nada "passei o último dia do ano metida em salões de beleza, enquanto contava às restantes clientes o que ia vestir e calçar". Para o ano... desculpem... este ano, vou fazer como toda a gente, e comprar a roupa em Agosto.
Isto do Ano Novo deixa-me pouco à-vontade. Primeiro, até quando podemos desejar "bom ano novo"? Há algum manual nesse sentido? E quando podemos esquecer as resoluções?
Mas, o que me tem deixado mais confusa, passadas as festividades, são os protocolos que regem a forma como gerimos as quadras festivas nas redes sociais, e já lá vamos. Não tenho registo de um postal de papel recebido. Tenho pena. Há uns dez anos, a febre eram as mensagens escritas no telemóvel. O pessoal tentava inovar e mandar textos originais. Com piadas malandras, a desejar "boas festas pelo corpo todo", ou muito sentimentais. Nos saudosos tempos dos Nokia, dava para mandar-mos símbolos com os "-" e os "*" que faziam bonecos alusivos ao momento. Como as mensagens se pagavam, ou se colocava um saldo de parte para mandar para todos os contactos, ou então tínhamos que selecionar os mais importantes. E retribuir todas, por cortesia. Havia aquele drama de não ter o número da pessoa que, pela escrita, parecia pertencer aos nossos amigos mais chegados. Alguns tentarem resolver esse problema, assinando com o primeiro nome. O que também não me ajudou em nada, porque só "Manel" é vago ao fim de 360 dias. Deviam começar a ser mais específicos, como "Manel que trabalha no talho, amigo da Ana que toma café às vezes no mesmo sítio do que tu". Se nos atrasávamos a enviar, a rede "entupia", e só dali a umas horas voltava a normalizar. Pior na passagem de ano, com os telefonemas pós-meia-noite.
Agora tudo se desenrola nas redes socais, onde podemos cear em simultâneo com amigos e conhecidos. Comparar mesas e presentes. Ver e conhecer famílias. E já ninguém deixa as mensagens a desejar boas festas para o dia dos acontecimentos. Foram mandando. E se recebemos dos amigos e familiares, recebemos ainda mais de pessoas que nem conhecemos. E não, não é engano. Não queriam falar, na verdade, com o Manel. Era mesmo para nós, uma lista aleatória onde se quer distribuir amor, paz, saúde, dinheiro e sucesso. Deixa-me confusa, mas feliz e agradecida ao mesmo tempo. Não há letras escritas, vem tudo em vídeo com vozes impessoais. Ali estão os votos.
Aproveito por fazer deles também os meus, para este 2018, não sabendo estar a infringir as leis da etiqueta ou não. Se sim, agora só me posso redimir em 2019.