Ter, 10/07/2007 - 10:13
Na óptica de António Teixeira, representante da empresa COBA, o IP4 tem um bom traçado, pelo que o aproveitamento do troço já existente se revela eficaz sob o ponto de vista ambiental e financeiro. “Há alguns pontos negros que vão ser corrigidos com um traçado fluído, que contempla curvas com raios mais amplos, e com a colocação do separador central”, frisou o responsável.
O troço entre Mirandela e o nó das Amendoeiras (Macedo de Cavaleiros) é o que exige mais prudência por parte dos automobilistas, devido às características montanhosas da via, que, em cerca de 7 quilómetros, terá uma inclinação de 5,2 por cento.
Também está contemplada a construção de um viaduto entre a ribeira da Açoreira e o nó de ligação à zona industrial de Macedo, visto que, nalguns locais, o actual IP4 não possui traçado adaptável à auto-estrada. Já na zona do Romeu (Mirandela), a A4 deverá seguir o troço do IP4, após algumas correcções e melhoramentos do ponto de vista da segurança dos automobilistas.
Já o “majestoso” cruzamento do Azibo vai ser desnivelado, bem como todos os nós de acesso às diferentes localidades servidas pela auto-estrada.
Auto-estrada vai ter nó de acesso a Mós, mas também é reivindicada a ligação à estrada de Alfaião
Para os pontos com condições favoráveis à formação de gelo, nomeadamente as zonas de Rossas, Quintela e Vale de Nogueira, foram estudadas alternativas para desviar a via para as encostas mais a sul, de forma a resolver o problema das condições atmosféricas adversas.
Entre Rossas e Bragança, o actual piso será mantido e está prevista a criação de mais um nó de acesso à localidade de Mós, onde a Câmara Municipal de Bragança perspectiva a construção de uma zona industrial.
Na chegada à capital de distrito, a auto-estrada muda o rumo do IP4, contornado a cidade pela zona sul, próximo das localidades de Samil e S.Pedro de Sarracenos. Este desvio faz levantar a voz do presidente da Junta de Freguesia de Alfaião, João Rodrigues, que garante que vai lutar pelo nó de ligação à estrada que serve aquela localidade, como forma de desencravar toda a área situada a nascente de Bragança.
Já o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, mostra-se satisfeito com o traçado apresentado para a Auto-Estrada Transmontana, lembrando que a via vai contribuir para que Bragança ganhe uma nova centralidade.
Recorde-se que o Estudo de Impacte Ambiental está em consulta pública até 2 de Agosto, prevendo-se o início do lançamento da concessão até ao primeiro trimestre de 2008. A fase de construção perspectiva-se entre 2010 e 2012.