Ter, 30/10/2007 - 14:28
Se em terras lusas o ordenamento do território arrancou na década de 90 e ainda não está concluído, na província de Zamora as zonas de caça são geridas por profissionais e representam fontes de rendimento para populações e associações.
Só este ano já foram caçados 18 veados na serra de La Culebra, enquanto na Zona Nacional de Caça da Lombada (ZNCL) nem sequer abriu a caça a esta espécie. Porquê? Porque o processo para criar um novo modelo de gestão ainda não está definido e, mais escandaloso, o Estado não contratou batedores para guiar as caçadas naquela área.
Não se sabe se Jesus Palácios ficou a conhecer as causas da interdição na ZNCL, mas a verdade é que dificilmente compreenderia como é que Portugal consegue privar o Nordeste Transmontano das receitas que podem resultar da caça grossa.
A título de exemplo, basta lembrar que abater um veado em La Culebra pode levar um caçador a desembolsar 16 mil euros, incluindo a taxa de inscrição e o troféu, no caso da caçada ser bem sucedida. E Jesus Palácios garante que os caçadores pagam de bom grado, pois sabem que abatem um veado. Na ZNCL as probabilidades de abater esta espécie também são imensas, mas falta ao Estado português aquilo que sobra no lado espanhol: formação, meios financeiros e profissionalismo na gestão da caça.