Ter, 12/08/2008 - 10:56
Os dois produtos são os primeiros Reserva lançados na região do Planalto Mirandês com Denominação de Origem Controlada (DOC).
Os novos néctares, à semelhança de outros vinhos ali engarrafados, como o “Pauliteiros” e “Lhéngua Mirandesa” (Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada), que já foram premidos em certames regionais, serão comercializados pela adega, sob uma gestão profissional em vigor naquela estrutura
Nesta primeira fase, a CVR já engarrafou cerca de 30 mil garrafas de vinho Ribeira do Corso branco e a mesma quantidade de tinto.
“A cooperativa encontrava-se numa situação debilitada do ponto de vista financeiro e com as instalações estavam degradadas. Agora, com uma gestão profissionalizada a situação inverteu-se e já não devemos nada aos sócios. Já em termos de dívidas à banca, o património da adega supera o passivo”, sustentou o presidente da ACR, José Almendra.
Garrafas de vinho tinto e branco serão vendidas a 5 e 3,5 euros, respectivamente
Recorde-se que os vinhos produzidos naquela cooperativa são elaborados a partir das castas dominantes da região do Planalto Mirandês, que em muito se assemelham às da do Douro, como Touriga Nacional, Tinta Roriz e Malvacia (vinhos brancos), entre outras, que, naquela região, adoptam outra designação.
“Como a quantidade engarrafada é pequena, esperamos não ter problemas na comercialização, já que os preços são convidativos. Assim, a garrafa de vinho tinto será vendida 5 euros e o branco a 3,5 euros”, adiantou o responsável.
A separação das uvas que eram depositadas na adega foi um dos factores que contribuiu para o sucesso de algumas campanhas, das quais resultam vinhos encorpados capazes de acompanhar qualquer tipo de prato, com principal incidência na gastronomia regional, onde as carnes, queijos e enchidos são as principais iguarias.
“Inicialmente, os associados não se mostravam motivados para a produção de uvas de qualidade, mas agora estão colaborantes e decididos a apostar na adega. De momento, sabemos, logo no início da recolha, quais as uvas que apresentam uma maior qualidade”, explicou José Almendra.
Os vinhedos da região são antigos, o que à partida confere um grau de qualidade as castas ali produzidas. No entanto, os responsáveis pela adega garantem que não estão dispostos a lançar muitas marcas no mercado para não confundir os apreciadores.
A CVR agrega cerca de dois mil associados espalhados pelos concelhos de Torre de Moncorvo e Miranda do Douro.