Argozelo passa com distinção

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Ter, 10/10/2006 - 11:26


As duas equipas partiram para este jogo com motivações diferentes. O G.D. Talhas queria apagar a má imagem deixada na primeira jornada e o Minas de Argozelo queria dar continuidade à boa prestação em Alfândega.

Logo no pontapé de saída, o Talhas quase marcava com um remate a mais de 50 metros, a bater na trave. Porém, não passou disso. A partir daí só deu Argozelo, que teve inúmeras ocasiões de golo e só não marcou por alguma displicência dos avançados. Refira-se que o árbitro e o assistente Carlos Neves também não deixaram os argozelenses marcar, anulando mal um golo por off-side e outras jogadas de risco eminente de golo.
Contra a corrente do jogo, o Talhas beneficia de um pénalti aos 20”, que foi concretizado por André.
Se o Talhas era uma equipa apática com a vantagem no marcador, ainda entrou mais num futebol pesado e primitivo. Ao invés, o Argozelo continuou a mostrar um jogo fluido, jovem e atacante, que remava contra a arbitragem e a abulia da casa. Perto do intervalo, Nuno, o capitão e patrão da defesa, marcou, também, de penalti. Deste modo, estava reposta alguma justiça no marcador, pois o Argozelo merecia mais.
Os aspectos negativos dos visitantes na 1ª parte recaem, somente, nos exageros das críticas do banco, que em dados momentos foram mesmo abusivas, onde mais uma vez a equipa de arbitragem esteve péssima.

O domínio materializou-se em golos
A segunda parte iniciou-se como acabara a primeira, com uma boa circulação de bola e objectividade ofensiva dos visitantes. Passados 2” do reinício de jogo, na melhor jogada do encontro, Hugo marca de cabeça, após grande jogada colectiva. A rapidez e a garra dos argozelenses foram os substantivos desta, ainda curta vantagem. Quem desanimava com o encontro era o público presente, que assobiava o futebol do Talhas. De resto, os comentários na bancada resumiam-se à diferença deste clube em relação ao segundo lugar alcançado na temporada passada.
Os da casa tanto a ganhar, a empatar como a perder nunca mostraram alegria e entrosamento no seu jogo. Com uma defesa permeável, um meio-campo pesado e um ataque amistoso, o Talhas viu Assis, Nelson, José, comandante Nuno e companhia a controlarem o jogo, com saídas rápidas para o contra-ataque.
Só ocorridos 65” de jogo é que os locais responderam com um livre, marcado por André, ao poste. Posto este lance, o Talhas tentou atabalhoadamente chegar perto da baliza defendida por Pedro, mas sempre sem perigo.
Ao minuto 88, Nuno faz o 1-3 final, premiando um bom jogo do Argozelo e resignando meia dúzia de adeptos do concelho de Macedo.
Em suma, um Argozelo consistente a defender e organizado a atacar, que levou praticamente a passagem na pré-eliminatória perante uns visitados mal fisicamente e com enorme deficiência táctica, que torna esta equipa tão dissemelhante à da época anterior.

Estádio do Calvário

Árbitro – Armando Rodrigues
Assistente (bancada) – Carlos Neves
Assistente (peão) – Licínio Gomes

G. D. Talhas – Gemas; Avelino, Inácio (45” Edmur), Nuno Miguel, Gabriel (45” Pedro); Valente, Azevedo e João Paulo; André, Jorge e Nuno.
Treinador – João Correia
Amarelos – Jorge 59”, Valente 93”.

Minas de Argozelo – Pedro; Machado (90” David), Hilário, Nuno, João; António Pedro, Raí, José, Nelson; Hugo e Assis (84” Mota).
Treinador – José João
Amarelos – Machado 57”, José 70”,

1ª parte – 1-1
Marcadores – André 20” (Pen) e Nuno 43” (Pen).