Azeite anima tertúlia

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Ter, 31/01/2006 - 16:01


O azeite foi o pretexto para uma tertúlia entre produtores, gastrónomos e consumidores, que teve lugar na passada quarta-feira, em Mirandela.

A iniciativa, intitulada “Encontro de Sabores de Azeite Novo”, permitiu avaliar as características de azeites produzidos em 2006 para elaborar, posteriormente, uma Carta de Azeites.
A oliveira e o azeite fazem parte da cultura e história transmontana, revelando-se dos bens mais prometedores para a região ao nível do turismo.
Esta ideia é corroborada pelo presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), Meneres Manso, para quem “ estes produtos servem de cartão de visita e referência aos turistas que queiram visitar estes lugares”.
A cultura da oliveira é uma actividade muito importante na Península Ibérica e na França, daí que a reunião tenha contado com a participação de membros destes países.
Um dos representantes da vizinha Espanha enalteceu a importância e versatilidade do azeite e da azeitona. “Somos herdeiros de uma cultura que conseguiu fazer de um alimento silvestre para cabras, um bem precioso”, afirmou.

Mercado com muitas potencialidades

Esta campanha insere-se num plano de sensibilização para o papel predominante da olivicultura na região de Mirandela. “Vai fazer com que os restaurantes que aderiram à iniciativa se especializem em pratos com azeite”, explica o presidente da Câmara Municipal de Mirandela (CMM), José Silvano, que acredita na importância deste produto para ajudar o desenvolvimento da região.
A questão da implementação dos galheteiros nos espaços de restauração não é encarada como um problema pelo autarca. Isto porque, segundo o edil, Mirandela antecipou-se relativamente a essa questão. “Havia já empresas e alguns produtores regionais que utilizavam os pacotes e as garrafas seladas, invioláveis”, esclarece José Silvano.
Esta medida, ainda que, na óptica do responsável, possa prejudicar algumas unidades de produção de azeite, também pode ser vista como um “estímulo para a criação de novas indústrias paralelas a este mercado”.