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Clínica privada no hospital de Macedo

Ter, 22/05/2007 - 10:10


Na Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros (UHMC) há duas listas de espera para as consultas de Ortopedia. Quem optar pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem que esperar cerca de quatro meses, enquanto quem pode desembolsar 75 euros consegue uma consulta da especialidade dentro de dias e no interior do mesmo hospital. O Jornal NORDESTE tentou marcar uma consulta na UHMC, tendo sido encaminhado, de imediato para o serviço de consultas privadas do ortopedista Afonso Ruano, por via de contacto telefónico com a funcionária de serviço.

Através do SNS, a mesma funcionária informou que a espera pode chegar aos quatro meses, sendo necessária a prescrição do médico de família.
Mas, o cenário pode ser diferente, pois o mesmo médico que dá consultas no SNS também exerce clínica privada no mesmo hospital. Por isso, uma consulta pode demorar, apenas, alguns dias, mas mediante o pagamento de 75 euros. “Só é preciso fazermos a identificação e trazer algum exame que tenha. Vou-lhe já dizer o dia...”, informou a funcionária.

O decreto que regula as carreiras médicas do SNS permite o exercício de clínica privada em instalações hospitalares

A consulta foi marcada dentro de doze dias. Questionada sobre o local da mesma, a funcionária esclareceu: “Dirige-se à consulta externa, na entrada do hospital, do lado esquerdo”.
Recorde-se que o decreto que regula as carreiras médicas do SNS permite o exercício de clínica privada em instalações hospitalares “fora do horário de serviço”, mediante a assinatura de um protocolo com a administração. Por isso, à luz do documento, Afonso Ruano não está numa situação ilegal.
Questionado sobre esta situação, o conselho de administração do Centro Hospitalar do Nordeste informou que a prática de clínica privada nas instalações do hospital acontece ao abrigo de legislação própria, sendo as condições estabelecidas através de acordos entre a direcção e os médicos.
Quanto ao número de médicos que exercem clínica privada dentro do Centro Hospitalar, a direcção recusou-se a fornecer essa informação, afirmando que pertence, apenas, ao foro interno.
Recorde-se que um caso semelhante já foi noticiada pelo Jornal NORDESTE, em Janeiro passado, quanto ao serviço de Oftalmologia na Unidade Hospitalar de Bragança.