Ministro garante execução da estrada Vinhais Bragança mesmo que governo mude

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Ter, 09/11/2021 - 10:06


O ministro das Infra-estruturas passou pela feira da Castanha em Vinhais e reforçou que a melhoria da estrada de ligação a Bragança será uma realidade nos próximos anos

Pedro Nuno Santos deixou garantias de que, independentemente de haver mudanças de governo, a estrada será feita. “A estrada de Vinhais/ Bragança está no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e vamos fazê-la. Aliás, vai ter de ser feita, se nós não a fizermos até final de 2025, 2026, perdemos o dinheiro, temos mesmo que a fazer. Está neste momento em estudo de impacto ambiental, terminada essa fase segue-se o projecto de execução e depois a obra”, garante o governante que afirmou, ainda, que “não é nenhum favor” concretizar a melhoria da ligação. “Não é nada de extraordinário, já devia estar feita há muito tempo”, mas é uma questão de justiça. Também a ligação de Bragança a Puebla de Sanabria será uma realidade nos próximos 5 anos, assegurou o ministro. “Estas duas vias estão as duas no PRR vão as duas ser feitas até 2026”, afirmou. Quanto a algumas divergências com o município de Bragança acerca do perfil da estrada Pedro Nuno Santos explicou que estão “a trabalhar muito bem com a Câmara Municipal de Bragança para encontrar uma solução”. Quanto à ligação rodoviária transfronteiriça entre Macedo de Cavaleiros, Vinhais e A Gudiña, em Espanha, o ministro não deixou garantias, mas afirmou que “quando houver disponibilidade orçamental, mais uma vez temos de fazer justiça a este povo”. O ministro afirmou que fez questão de estar na cerimónia de inauguração da Rural Castanea, apesar de não ser um sector da sua tutela, porque entende que o país não é apenas o Litoral. “Um problema neste país é acharmos que Portugal é apenas uma estreita faixa entre Braga e Setúbal e deixarmos o resto do país sempre para depois. Eu faço questão de estar aqui porque o país é um todo e todo o povo português deve ser respeitado e deve-se sentir como povo de primeira”, afirmou. O ministro das Infra-estruturas falou ainda dos problemas de cobertura das telecomunicações móveis e de internet. “Essa é outra área que mostra que uma parte considerável do território foi deixada para depois e chega a uma altura em que nós todos temos que dizer, de facto, basta e investir no nosso território de forma igual”. Pedro Nuno Santos reforçou que com o leilão do 5G será imposta obrigação de cobertura “de grande parte do território”. No que diz respeito à fibra óptica, até ao final do ano os ministérios das Infra-estruturas, da Coesão Territorial e da Economia vão “lançar um concurso para garantir a cobertura integral do território”. “Se nós quisermos contrariar o despovoamento temos de dar condições, não só para as pessoas, mas para as empresas se poderem fixar aqui”, acrescentou.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro