MIRANDELA quer Centro Tecnológico

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Qua, 31/05/2006 - 14:32


A abertura da Reginorde 2006 ficou marcada pelas propostas do presidente da Câmara Municipal de Mirandela (CMM), José Silvano, em torno da criação de um Centro Tecnológico naquela cidade.

O edil aposta numa estrutura para servir Trás-os-Montes e Alto Douro e garante que a candidatura ao financiamento do Plano Tecnológico Nacional estará concluída até final do ano.
Antes disso, José Silvano pretende reunir com o primeiro-ministro, José Sócrates, para discutir os pormenores do projecto.
Aproveitando a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Rui Baleiras, o autarca propôs “uma estrutura capaz de qualificar o sector da agro-indústria da região, envolvendo cooperativas, associações e instituições do ensino superior.
Para tal, a autarquia aposta em acordos de cooperação com o Instituto Piaget, Escola de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e Instituto Politécnico de Bragança.
Rui Baleiras ouviu as propostas de José Silvano, mas não deixou garantias. O governante apenas desafiou os autarcas, empresários e associações da região a estabelecerem parcerias. Segundo Rui Baleiras, apenas os projectos com dimensão à escala regional terão hipóteses de obter financiamento no âmbito do IV Quadro Comunitário de Apoio.

URBCOM comprometido

Outros dos momentos marcantes da Reginorde foi a assinatura de protocolos no âmbito do projecto URBCOM de Mirandela.
O programa contempla um investimento de dois milhões de euros, mas só um terço dos comerciantes da zona de intervenção é que vai apresentar candidaturas, pelo que uma parte muito significativa da comparticipação estatal poderá vir a ser devolvida.
A Associação Comercial e Industrial de Mirandela conseguiu que o prazo para apresentação dos projectos fosse dilatado até 5 de Junho, mas o número de candidaturas pode não ultrapassar as 65, ou seja, muito abaixo das 170 previstas inicialmente.
Segundo o presidente da ACIM, Jorge Morais, alguns comerciantes não aderiram ao URBCOM porque nem sequer têm contabilidade organizada. Outros não querem arcar com a fatia do investimento não comparticipada pelo Estado, que suporta as despesas em 35 ou 45 por cento.
No sentido de facilitar a vida aos empresários aderentes, a ACIM celebrou um protocolo com duas instituições bancárias, que garante taxas de juro mais favoráveis e um prazo de amortização mais alargado.
Outros dos acordos assinados pela ACIM prende-se com a certificação dos edifícios ao nível do telefone e Internet, que agora passa a beneficiar de um desconto para os associados, fruto duma parceria com uma empresa certificadora.