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Perdizes que cantam em mirandês

Ter, 20/01/2009 - 11:17


A diminuição dos recursos cinegéticos registada nos últimos anos levaram Joaquim Vieira a criar um negócio virado para a criação e repovoamento de perdizes. Ao aperceber-se que muitos caçadores se deslocavam à vizinha Espanha, onde já era feito o repovoamento de espécies cinegéticas criadas em cativeiro, decidiu criar o seu negócio em Portugal, baptizando-o com o nome Perdidouro.

Sedeada nos arredores de Miranda do Douro, desde 1993, numa propriedade rural com oito hectares, a unidade ainda dispõe duma área coberta de 15 mil metros quadrados, onde estão instalados vários equipamentos como as chocadeiras, pista para as aves aprenderam a voar e áreas destinadas a procriação.
“Pelo contacto com caçadores e amigos apercebi-me que a caça à perdiz só teria futuro com aves criadas em cativeiro e que seria em investimento com futuro”, explicou o responsável. No entanto, com o passar do tempo e o aumento do preço dos factores de produção, “se fosse agora pensava duas vezes antes de arrancar, porque as pessoas já cortam nas actividades de lazer, como é o caso da caça”, desabafa o Joaquim Vieira.
Mesmo assim, a Perdidouro faz uma criação anual que varia entre as 13 a 15 mil aves (Alectoris-rufa) no pico da reprodução, assegurando todo o ciclo reprodutivo, desde o ovo aos perdigotos.
As perdizes criadas no ambiente natural das Arribas do Douro são um dos trunfos da empresa. Além de contribuir para reforçar o instinto selvagem das aves, torna-as mais resistentes aos rigorosos Invernos ou aos tórridos dias de Verão.
Com clientes espalhados por toda a região a norte do rio Mondego, Alentejo e Espanha, a Perdidouro já foi distinguida na Feira Internacional de Agricultura, que anualmente se realiza em Silleda (Galiza - Espanha).