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Rionor realizou Conselho Raiano sobre acessibilidades transfronteiriças

Ter, 29/10/2019 - 11:04


Nas últimas eleições legislativas “todos os partidos” incluíam um “capítulo” que era a ferrovia e por isso “é só por mãos à obra e começar a fazê-la”, acredita José Mário Leite, director adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian e gestor de ciência na Fundação Champalimaud, que falou da “Ferrovia, Cooperação Transfronteiriça e Desenvolvimento”, no Conselho Raiano, promovido pela associação Rionor, sábado, em Alcanices, na Espanha.

Não acreditando que a ferrovia seja a “panaceia” para todos os problemas, não tem dúvidas que “é um factor de desenvolvimento”. O conselho debruçou-se sobre a falta de investimento nas infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias na região, que seriam, segundo entende a organização, formas de combater o despovoamento. José Mário Leite, que defende que ferrovia “é um óptimo meio de cooperação”, defendeu ainda que a cultura das “capelinhas”, em que cada autarca “puxa para seu lado”, será “um dos maiores problemas do desenvolvimento nordestino”. Em Alcanices esteve ainda o director geral das estradas e infra-estruturas da Junta de Castilla y León. Sobre a ligação Bragança-León, cuja construção é reclamada há mais de duas décadas, pelos autarcas e eleitos regionais dos dois lados da fronteira, Jesús García defendeu que “a conexão é um benefício para todos” pois “daria possibilidade, à zona portuguesa, de ir à estação do AVE, na Sanabria”, uma via “interessante”, que “traria possibilidades de turismo para a zona”. O desinvestimento nas ligações ferro e rodoviárias, segundo o presidente da Rionor, deve-se a “guerras” em torno da questão. “Enquanto os autarcas estejam uns contra os outros, os cidadãos não se interessarem pela sua terra e todos não nos unirmos, não vamos ter infra-estruturas. Basta uma pequena divergência para em Lisboa e Bruxelas baterem palmas e dizerem que o problema está resolvido, o dinheiro das infra-estruturas do comboio até à Puebla de Sanabria pode ir para o metro de Lisboa porque não há problema nenhum”, explicou Francisco Alves. A política de cooperação educativa transfronteiriça foi outro dos temas que esteve em cima da mesa. Foi ainda apresentada a tradução para português do livro “Conservação Cultural da Natureza”, de Jaime Izquierdo Vallina. A entidade só se constituiu em 2016 mas os Conselhos Raianos já existem desde 2014 porque já havia um movimento cívico do qual nasceu a associação.

Jornalista: 
Carina Alves