Agricultores divididos

Esta última, promovida pela Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), pretendeu demonstrar o descontentamento de milhares de agricultores face à falta de pagamento das candidaturas às medidas agro-ambientais.
Estes protestos resultaram na elaboração de uma petição, na qual a CAP exige a execução dessas remunerações e onde demonstram a sua discordância relativamente à política encetada por Jaime Silva.
Já os apoiantes da Administração Central levantavam cartazes onde se podiam ler frases como “Sr.Ministro acabe com os tubarões” ou “Os pequenos agricultores estão com o Sr. Ministro”, numa alusão à distribuição uniforme das ajudas à agricultura anunciada por Jaime Silva.
“Temos milhões de euros que vão ser distribuídos com toda a transparência e que vão dar sustentabilidade à agricultura”, referiu o ministro. O objectivo, segundo o responsável é apoiar a competitividade da agricultura portuguesa, desde a produção até à comercialização. A lavoura “é uma das poucas actividades no mundo rural que pode impedir a fuga dos agricultores para as cidades”, salientou o governante.

Aumentar dimensão da propriedade
Já José Sócrates não deixou de sublinhar o facto do Governo pretender investir na agricultura, de modo a dar alguma esperança aos produtores e promover uma lavoura competitiva que possa contribuir para o desenvolvimento do País.
Com vista ao progresso do mundo rural, o primeiro-ministro enumerou quatro medidas para a agricultura. Assim, o responsável salientou a importância de se lutar por uma dimensão média das propriedades agrícolas, uma vez que, “nos espaços maiores é onde há mais produção”, sublinhou.
A vitalidade da água para a agricultura foi, também, referida pelo governante, daí o forte investimento no sistema de regadio, que pretende garantir uma actividade agrícola mais produtiva.
As medidas agro-ambientais não deixaram de ser abordadas por José Sócrates, que enalteceu a intenção do Governo em ajudar quem pratica uma agricultura “amiga do ambiente”.
Finalmente, o responsável apelou a uma agricultura de fileiras. “Os produtores devem unir esforços, associar-se e lutar pela competitividade”, defendeu o líder do executivo.