Bombeiros de Bragança reclamam obras

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Ter, 03/05/2005 - 17:37


O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bragança (AHBVB), Francisco Alves, alerta o Governo para o elevado estado de degradação em que se encontra o quartel.

As infiltrações de água, as fissuras nas paredes, o abatimento do piso do pavilhão e o desabamento do tecto do balneário são alguns dos problemas que afectam diariamente o trabalho dos soldados da paz.
Na óptica de Francisco Alves os defeitos de construção do edifício podem estar na origem dos problemas que afectam as infra-estruturas. “O quartel tem 15 anos e nunca sofreu obras de beneficiação, pelo que está está num estado lastimável”, lamenta o responsável.
As tentativas de fazer chegar estes problemas à Administração Central continuam, dado que as promessas feitas pelo Governo ainda não foram cumpridas
“O anterior secretário de Estado da Administração Interna prometeu que ia disponibilizar apoio para a execução das obras, mas o actual Governo devolveu os pedidos de financiamento, alegando que tínhamos que esperar meio ano, porque fomos contemplados há pouco com um Trabalho de Natureza Simples (TNS)”, relata o presidente dos BVB.

Situação no limite

Segundo Francisco Alves, a TNS destinou-se à substituição dos antigos portões por uns portões automáticos, que eram, também, uma prioridade para a associação.
“Não vamos ficar de braços cruzados, porque este subsídio não tem nada a ver com o apoio para a recuperação das instalações”, garante o responsável.
Para resolver o problema e mostrar o estado das instalações em que operam diariamente, a AHBVB já marcou uma reunião com o governador civil de Bragança. “Queremos dar a conhecer ao governador civil os nossos problemas para que ele intervenha junto da Administração Central, pois é impossível passar mais um ano sem obras”, assevera Francisco Alves.
No âmbito da melhoria dos meios para dar resposta às necessidades da população do concelho, a AHBVB refere que a associação comprou duas ambulâncias mas, até ao momento, não recebeu qualquer comparticipação.
“Pedimos ajuda ao Governo Civil, mas ainda estamos à espera duma resposta. Enquanto isso, tivemos que pedir um empréstimo bancário, que ronda os 70 mil euros, para saldar as aquisições”, lamenta o dirigente.